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Secretário do RJ avalia implantar plano de recuperação até julho

A calamidade pública está prevista para acabar ao final deste ano, mas a Alerj vota nesta terça pedido do executivo de extensão por mais um ano

Alerj: o secretário disse que o plano de recuperação prevê incremento de receitas e redução de despesas (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de maio de 2017 às 21h04.

Rio - O secretário da Casa Civil do Rio , Christino Áureo, afirmou que o pedido de prorrogação do prazo de calamidade pública das finanças do Estado para 2018 ocorreu diante do atraso na tramitação do projeto que cria o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) para Estados em calamidade pública.

A previsão do secretário é que o plano de recuperação só será efetivamente implantado em junho ou julho, enquanto março era o prazo esperado inicialmente.

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"A nossa preocupação é que ao garantir os efeitos da calamidade para o exercício que vem nós possamos fazer isso de maneira mais tranquila no que diz respeito a eventuais desenquadramentos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)", afirmou o secretário à reportagem.

A calamidade pública das finanças está prevista para acabar ao final deste ano, mas a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vota nesta terça-feira, 16, pedido do executivo de extensão por mais um ano.

Áureo lembrou que o Rio assinou uma carta de intenções com o governo federal para aprovação de um plano de recuperação fiscal em 26 de janeiro.

"Os impactos desse plano não se darão de maneira imediata. Mesmo com a aprovação dele, isso é uma rampa e já teremos consumido metade do exercício de 2017 na tramitação dessa lei", afirmou.

O secretário disse que o plano de recuperação prevê incremento de receitas e redução de despesas.

"A busca por receitas a gente vem fazendo. Tem uma série de ações sendo feitas, como cobrança mais incisiva em grupamento de devedores e securitização de dívida ativa", disse.

Ainda assim, ele acredita que os ajustes irão extrapolar o período inicialmente previsto.

"Certamente as metas não serão obtidas dentro de 2017, terão que ser calibradas para 2018. Com isso, os desenquadramentos possíveis têm que ser previstos com o adiamento do prazo de vigência da lei de calamidade", disse.

Áureo destacou que o Rio não está aumentando o endividamento. No entanto, em função da crise de receita, o Estado não tem tido condições de se manter em patamares de enquadramento.

"O pedido não é para manter o endividamento crescente, já acertamos isso. Queremos oportunidade de crescer a receita. Se eu não peço tempo maior, vou ter que comprimir todo meu esforço para seis meses", afirmou.

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