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Secom paga R$ 5,3 mi em campanha sobre ações do governo contra a covid-19

O mote da campanha que exalta as ações do governo federal é “trabalhar para proteger a vida e os empregos"

" O governo Bolsonaro está sempre preocupado com a vida e os empregos dos brasileiros", disse Wajngarten (Ueslei Marcelino/Reuters)
AO

Agência O Globo

Publicado em 15 de abril de 2020 às 09h37.

Última atualização em 15 de abril de 2020 às 09h50.

A Secretaria Especial de Comunicação da Presidência ( Secom ) lançou nesta terça-feira uma campanha publicitária que exalta ações do governo federal no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus , que custou R$ 5,3 milhões. O mote das peças é “trabalhar para proteger a vida e os empregos". "Esse é o nosso compromisso”, conclui o narrador no filmete da campanha.

O vídeo começa mostrando ruas vazias em cidades brasileiras enquanto o texto diz que "a pandemia do coronavírus desafia governos em todo o mundo". E prossegue apontando medidas adotadas pelo governo do presidente Jair Bolsonaro: o investimento de R$ 16 bilhões na compra de respiradores, ventiladores pulmonares, equipamentos de segurança e medicamentos; a distribuição de 22 milhões de testes em todo o país; a destinação de R$ 50 milhões em pesquisas; e a garantia de "ajuda financeira" de R$ 3 bilhões para estados e municípios.

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"A prioridade é proteger a vida dos brasileiros, mas não podemos deixar de lado questões fundamentais para vencermos essa crise, como preservar empregos e manter a renda da população", diz o narrador, enquanto a peça aponta que o governo aprovou auxílio emergencial de R$600 "para os mais vulneráveis" e destinou R$ 40 bilhões em crédito para as micro e pequenas empresas. "Novas medidas continuarão a ser tomadas, porque a vida dos brasileiros vem em primeiro lugar", acrescenta.

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A campanha foi paga com recursos da Secom à Agência Calia, conforme aponta um termo de execução descentralizada assinado na última sexta-feira pelo secretário adjunto de Comunicação, Samy Liberman, e pelo secretário executivo do Ministério da Cidadania, Antônio José Barreto de Araújo Junior.

Segundo o documento, a pasta comandada pelo ministro Onyx Lorenzoni assumiu a execução da campanha porque existe disponibilidade orçamentária, mas "não há margem de execução contratual junto às agências de propaganda contratadas pela Secom, na finalização das despesas de serviços especializado de produção e de veiculação".

A justificativa para a iniciativa foi a "necessidade de divulgação e informação da população acerca das ações governamentais que estão sendo implementadas em virtude das consequências que a pandemia trouxe à realidade de todos". Ao publicar o vídeo, o secretário de Comunicação, Fabio Wajngarten, afirmou que o governo Bolsonaro está "sempre preocupado com a vida e os empregos dos brasileiros". "O nosso povo é abençoado, VENCEREMOS", escreveu.

Ainda de acordo com o termo, a agência Calia - Y2 Propaganda e Marketing Ltda, que é contratada pela Secom para prestação de serviços de publicidade, identificou a necessidade de informar a sociedade sobre as ações do governo, apresentando a proposta da campanha por iniciativa própria. "A Secom considerou a proposta adequada e conveniente, no entanto, não possui margem contratual para sua execução", diz o documento.

Segundo a secretaria, haverá ainda outros filmes e peças para internet, que "atualizarão os esforços empreendidos pelo governo nas frentes da saúde, economia, agricultura e abastecimento". "As ações de comunicação mostrarão como estão sendo aplicados os R$ 800 bilhões que até este momento foram destinados pelo Governo Federal para o combate à pandemia e as suas consequências sociais, econômicas e humanitárias", aponta o órgão.

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