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"Se tiver 100 votos é muito", diz deputado sobre Previdência

Segundo o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho, a grande maioria dos deputados expressa dificuldade em votar o texto, já flexibilizado pelo governo

O vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 19h29.

Última atualização em 22 de novembro de 2017 às 19h42.

BRASÍLIA (Reuters) - Pouco antes da apresentação formal do novo texto da reforma da Previdência a líderes da base em jantar no Palácio da Alvorada, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), afirmou que a proposta não conta nem com um terço dos votos necessários para ser aprovada.

O deputado relatou que em conversas com colegas, a grande maioria deles expressa dificuldade em votar o texto, flexibilizado pelo governo na tentativa de facilitar sua aprovação.

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"Ninguém vai votar a reforma da Previdência", afirmou. "Se tiver 100 votos é muito", acrescentou. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), são necessários os votos de 308 dos 513 deputados para que a medida seja aprovada na Câmara, em dois turnos de votação.

O deputado fez questão de dizer que se dependesse dele, a reforma iria a voto, mas admitiu que o cenário é desfavorável ao governo.

Líderes da base devem participar, na noite desta quarta-feira, de um jantar com o presidente Michel Temer no Palácio da Alvorada, ocasião em que será formalmente apresentada a versão enxuta da reforma da Previdência.

Para tornar a medida mais palatável, o novo texto deverá manter a idade mínima, a regra de transição e irá combater o que vem sendo chamado nas campanhas governamentais de "privilégios" dos que ganham mais.

Se for aprovada pela Câmara, a reforma ainda precisa passar pelo Senado, onde precisará dos votos de 49 dos 81 senadores, também em dois turnos de votação.

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