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Sarney Filho diz não se preocupar em ser tirado do Meio Ambiente

Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária acusam o ministro de estar fazendo uma "condução ideológica" da pasta

Sarney Filho: além de exporem a Temer as críticas ao ministro, devem até sugerir um candidato para substituí-lo (Luiz Xavier/Câmara dos Deputados)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de novembro de 2016 às 15h22.

São Paulo - O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, disse nesta quinta-feira, 24, que não está preocupado em perder o cargo, em resposta à ameaça feita na quarta-feira por deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária de que iriam pedir ao presidente Michel Temer a saída do ministro.

"Eu respeito muito meus colegas parlamentares. Sabe que eu fui, durante muitos anos, presidente da Frente Parlamentar Ambientalista. Eu só soube dessa notícia pela imprensa. Até vou chamá-los para uma conversa, para um café da manhã, para entender realmente qual é a preocupação deles", disse à reportagem.

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Questionado sobre se não está preocupado em perder o emprego, disse somente. "Não estou."

Sarney Filho falou rapidamente com a reportagem após participar de um evento em São Paulo sobre gestão de parques promovido pelo Instituto Semeia.

Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária estão se mostrando descontentes com o trabalho do ministro, que classificam estar fazendo uma "condução ideológica" da pasta.

Eles têm uma audiência prevista para a próxima quarta-feira, 30, no Palácio do Planalto.

Além de exporem a Temer as críticas ao ministro, devem até sugerir um candidato para substituí-lo. O nome do ex-ministro e ex-líder do governo de Luis Inácio Lula da Silva, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) está cotado para ser colocado na mesa.

"É muito grande a insatisfação e o que mais nos machuca é que vão lá para fora, como fizeram em Marrakesh, contam as conquistas que o Brasil teve no avanço da preservação ambiental e chegam aqui e fazem quase um boicote", disse o deputado Marcos Montes (PSD-MG), presidente da FPA. "Vamos colocar ao presidente a extrema preocupação do setor rural com a atuação ideológica no ministério. Ajudamos a tirar o governo passado e agora temos que abrir o caminho para o presidente governar."

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