Saída do PT no Rio fica indefinida até dia 12 ao menos
Cabral quer o apoio do petismo à candidatura de Luiz Fernando Pezão à sua sucessão
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 17h08.
Rio de Janeiro - O PT do Rio paralisou sua discussão sobre a saída do governo Sérgio Cabral Filho (PMDB) pelo menos até o próximo dia 12, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Lindbergh Farias, pré-candidato a governador, se reunirão para discutir o assunto. O parlamentar quer o desembarque imediato - defende-o desde julho, e já houve pelo menos dois adiamentos, o último a pedido de Lula -, mas o ex-presidente indica procurar uma solução que não piore a situação do governador. Cabral quer o apoio do petismo à candidatura de Luiz Fernando Pezão à sua sucessão. Pesquisa divulgada anteontem pelo DataFolha mostrou que o governador chegou a seu pior nível de popularidade desde 2007: apenas 20% dos fluminenses consideram seu governo bom ou ótimo.
Em reunião com dirigentes petistas anteontem em São Paulo, Lula contou ter dito a integrantes do comando nacional do PMDB, com quem se reuniu com a presidente Dilma Rousseff no último sábado, não ser possível apoiar Pezão. Pouco conhecido, o pré-candidato do PMDB, que é vice-governador, aparece sempre nos últimos lugares nas pesquisas e depende da popularidade do governador - em crise desde junho - para crescer. "É pior do que o Cabral como candidato", teria dito aos peemedebistas. Diante desse quadro, Lula afirmou aos petistas que será o PT do Rio que decidirá a saída - agora, o PMDB pede que os petistas fiquem até o fim de março, quando Cabral deverá renunciar. Os petistas do Rio, porém, nada querem fazer sem o aval do ex-presidente.
Até agora, Cabral venceu Lindbergh na disputa em torno da saída do governo. O governador tem conseguido impedir que o PT deixe a administração estadual, na qual os petistas ocupam as Secretarias de Ambiente e de Direitos Humanos e controlam cerca de 150 cargos. A última vez foi na semana passada, quando o diretório regional adiou, sem nova data e depois de um pedido de Lula, a reunião marcada para 30 de novembro, na qual oficializaria o desembarque. Talvez por seu empenho nesse episódio, Lula sinalizou liberar o PT fluminense para sair. Ele não gostou porque integrantes do PMDB, logo após o anúncio do adiamento, fizeram provocações ao PT. Uma delas foi a afirmação de que os petistas adiavam a saída para garantir que receberiam o 13º salário.
Lula marcara para a segunda-feira passada uma conversa com Lindbergh. O senador também queria conversar com o ex-presidente, para aprofundar os motivos que o levam a querer deixar a administração estadual - ficar livre para articular sua candidatura é um deles - e tentar acertar um desembarque sem traumas e com apoio de Lula, que considera fundamental. Mas a morte do governador licenciado de Sergipe, Marcelo Déda (PT), impediu que acontecesse a reunião. Ela teria também a participação dos presidentes nacional (Rui Falcão) e fluminense (Washington Quaquá) da legenda e estava programada para depois de um encontro de Lula com presidentes regionais petistas.
O primeiro encontro se prolongou além do previsto e, quando terminou, aproximava-se a hora do embarque de Lula para Aracaju, onde acontecia o velório. Houve apenas uma rápida conversa. A reunião, que deve demorar, ficou para o dia 12.
Rio de Janeiro - O PT do Rio paralisou sua discussão sobre a saída do governo Sérgio Cabral Filho (PMDB) pelo menos até o próximo dia 12, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o senador Lindbergh Farias, pré-candidato a governador, se reunirão para discutir o assunto. O parlamentar quer o desembarque imediato - defende-o desde julho, e já houve pelo menos dois adiamentos, o último a pedido de Lula -, mas o ex-presidente indica procurar uma solução que não piore a situação do governador. Cabral quer o apoio do petismo à candidatura de Luiz Fernando Pezão à sua sucessão. Pesquisa divulgada anteontem pelo DataFolha mostrou que o governador chegou a seu pior nível de popularidade desde 2007: apenas 20% dos fluminenses consideram seu governo bom ou ótimo.
Em reunião com dirigentes petistas anteontem em São Paulo, Lula contou ter dito a integrantes do comando nacional do PMDB, com quem se reuniu com a presidente Dilma Rousseff no último sábado, não ser possível apoiar Pezão. Pouco conhecido, o pré-candidato do PMDB, que é vice-governador, aparece sempre nos últimos lugares nas pesquisas e depende da popularidade do governador - em crise desde junho - para crescer. "É pior do que o Cabral como candidato", teria dito aos peemedebistas. Diante desse quadro, Lula afirmou aos petistas que será o PT do Rio que decidirá a saída - agora, o PMDB pede que os petistas fiquem até o fim de março, quando Cabral deverá renunciar. Os petistas do Rio, porém, nada querem fazer sem o aval do ex-presidente.
Até agora, Cabral venceu Lindbergh na disputa em torno da saída do governo. O governador tem conseguido impedir que o PT deixe a administração estadual, na qual os petistas ocupam as Secretarias de Ambiente e de Direitos Humanos e controlam cerca de 150 cargos. A última vez foi na semana passada, quando o diretório regional adiou, sem nova data e depois de um pedido de Lula, a reunião marcada para 30 de novembro, na qual oficializaria o desembarque. Talvez por seu empenho nesse episódio, Lula sinalizou liberar o PT fluminense para sair. Ele não gostou porque integrantes do PMDB, logo após o anúncio do adiamento, fizeram provocações ao PT. Uma delas foi a afirmação de que os petistas adiavam a saída para garantir que receberiam o 13º salário.
Lula marcara para a segunda-feira passada uma conversa com Lindbergh. O senador também queria conversar com o ex-presidente, para aprofundar os motivos que o levam a querer deixar a administração estadual - ficar livre para articular sua candidatura é um deles - e tentar acertar um desembarque sem traumas e com apoio de Lula, que considera fundamental. Mas a morte do governador licenciado de Sergipe, Marcelo Déda (PT), impediu que acontecesse a reunião. Ela teria também a participação dos presidentes nacional (Rui Falcão) e fluminense (Washington Quaquá) da legenda e estava programada para depois de um encontro de Lula com presidentes regionais petistas.
O primeiro encontro se prolongou além do previsto e, quando terminou, aproximava-se a hora do embarque de Lula para Aracaju, onde acontecia o velório. Houve apenas uma rápida conversa. A reunião, que deve demorar, ficou para o dia 12.