Rio tem critério para fechar ciclovia Tim Maia por mau tempo
O subsecretário de defesa civil, coronel bombeiro Marcio Motta, admitiu que o protocolo poderia ter evitado a tragédia que deixou 2 mortos durante uma ressaca
Da Redação
Publicado em 1 de setembro de 2016 às 12h01.
O trecho da ciclovia Tim Maia - que ligará a orla da Barra da Tijuca a São Conrado - será inaugurado no próximo sábado (3), e a prefeitura do Rio de Janeiro divulgou hoje (1º) os critérios e procedimentos para o fechamento da via em caso de chuvas .
Em 21 de abril deste ano, o outro trecho da ciclovia, ligando o Leblon a São Conrado, desabou e deixou dois mortos durante uma ressaca.
Segundo o subsecretário de defesa civil, coronel bombeiro Marcio Motta, o plano apresentado hoje também será usado na outra parte da via e é fruto de um "amadurecimento". Ele admitiu que o protocolo poderia ter evitado a tragédia.
"Se esse conhecimento nós já tivéssemos - com relação ao comportamento das ondas e a algumas outras questões - obviamente os protocolos já estariam implantados e muito provavelmente o fato [o desabamento] não teria ocorrido", disse Motta. "É um processo de amadurecimento, de evolução e de conhecimento, mesmo que as normas técnicas brasileiras tenham sido totalmente cumpridas para a construção daquele trecho".
O percurso que liga São Conrado ao Leblon ainda não tem previsão para ser reaberto e, segundo a prefeitura, a reinauguração depende da conclusão de estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias.
Condições marítimas serão monitoradas pela Marinha
O protocolo apresentado hoje pela prefeitura contará com o auxílio de outros órgãos. As condições marítimas serão monitoradas pela Marinha, que vai alertar o Centro de Operações da prefeitura sobre ressacas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) fará o mesmo se um dia registrar rajadas de vento superiores a 75 km/h.
Se um desses critérios for constatado, a prefeitura entrará em estado de prontidão e poderá fechar a pista se os ventos superarem os 90 km/h ou se as ondas atingirem 2 metros de altura em períodos de pico iguais ou maiores de 15 segundos.
Nessas circunstâncias, será utilizado plano de contingência da ciclovia, que prevê a utilização de semáforos com sinal vermelho e placas de bloqueio para impedir que ciclistas e pedestres acessem as entradas da ciclovia, na Praia dos Amores e na região onde pousam as asas-delta, na praia de São Conrado.
Segundo a prefeitura, os acessos poderão ser fechados em questão de minutos, porque o estado de prontidão deslocará agentes para o local.
O chefe-executivo do Centro de Operações Rio, Pedro Junqueira, disse que as condições climáticas não costumam mudar de forma instantânea. Elas se agravam progressivamente, o que dá ao poder público mais tempo de resposta.
"É muito difícil acontecer um dia de calmaria e, de repente, ter um vendaval [com mais de 90 km/h]", afirmou. Ele disse que o Rio nunca registrou ondas que atingissem o Elevado do Joá, onde boa parte da ciclovia de 3,2 km foi construída.
O trecho da ciclovia Tim Maia - que ligará a orla da Barra da Tijuca a São Conrado - será inaugurado no próximo sábado (3), e a prefeitura do Rio de Janeiro divulgou hoje (1º) os critérios e procedimentos para o fechamento da via em caso de chuvas .
Em 21 de abril deste ano, o outro trecho da ciclovia, ligando o Leblon a São Conrado, desabou e deixou dois mortos durante uma ressaca.
Segundo o subsecretário de defesa civil, coronel bombeiro Marcio Motta, o plano apresentado hoje também será usado na outra parte da via e é fruto de um "amadurecimento". Ele admitiu que o protocolo poderia ter evitado a tragédia.
"Se esse conhecimento nós já tivéssemos - com relação ao comportamento das ondas e a algumas outras questões - obviamente os protocolos já estariam implantados e muito provavelmente o fato [o desabamento] não teria ocorrido", disse Motta. "É um processo de amadurecimento, de evolução e de conhecimento, mesmo que as normas técnicas brasileiras tenham sido totalmente cumpridas para a construção daquele trecho".
O percurso que liga São Conrado ao Leblon ainda não tem previsão para ser reaberto e, segundo a prefeitura, a reinauguração depende da conclusão de estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias.
Condições marítimas serão monitoradas pela Marinha
O protocolo apresentado hoje pela prefeitura contará com o auxílio de outros órgãos. As condições marítimas serão monitoradas pela Marinha, que vai alertar o Centro de Operações da prefeitura sobre ressacas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) fará o mesmo se um dia registrar rajadas de vento superiores a 75 km/h.
Se um desses critérios for constatado, a prefeitura entrará em estado de prontidão e poderá fechar a pista se os ventos superarem os 90 km/h ou se as ondas atingirem 2 metros de altura em períodos de pico iguais ou maiores de 15 segundos.
Nessas circunstâncias, será utilizado plano de contingência da ciclovia, que prevê a utilização de semáforos com sinal vermelho e placas de bloqueio para impedir que ciclistas e pedestres acessem as entradas da ciclovia, na Praia dos Amores e na região onde pousam as asas-delta, na praia de São Conrado.
Segundo a prefeitura, os acessos poderão ser fechados em questão de minutos, porque o estado de prontidão deslocará agentes para o local.
O chefe-executivo do Centro de Operações Rio, Pedro Junqueira, disse que as condições climáticas não costumam mudar de forma instantânea. Elas se agravam progressivamente, o que dá ao poder público mais tempo de resposta.
"É muito difícil acontecer um dia de calmaria e, de repente, ter um vendaval [com mais de 90 km/h]", afirmou. Ele disse que o Rio nunca registrou ondas que atingissem o Elevado do Joá, onde boa parte da ciclovia de 3,2 km foi construída.