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Rio tem cerca de 50 áreas críticas para fazer campanha

Segundo desembargador, candidatos têm encontrado dificuldade de acessar ou são impedidos de fazer campanha nas áreas

Pezão durante caminhada no bairro Campo Lindo em Seropédica (Lucas Figueiredo/Pezão 15)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de agosto de 2014 às 21h47.

Rio de Janeiro - O Estado do Rio de Janeiro tem cerca de 50 áreas críticas, entre favelas e comunidades pacificadas, nas quais os candidatos às eleições deste ano têm encontrado dificuldade de acessar ou são impedidos de fazer campanha, segundo o desembargador eleitoral Fábio Uchôa.

Um mapeamento com essas áreas críticas foi feito pela Secretaria de Segurança Pública do Estado e encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral, que avalia a possibilidade de convocar a presença das Forças Armadas.

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“São umas 50 comunidades e a dificuldade de campanha é confirmada pela Secretaria de Segurança”, disse Uchôa a jornalistas nesta segunda-feira.

“Pelo o que eu vi, as adjacências do Rio de Janeiro, Grande Rio e cidades mais próximas estão dominadas por tráfico ou milícias, o que prejudica o acesso. Estão cobrando, danificando propaganda e (cometendo) outros crimes eleitorais graves”, acrescentou.

As áreas onde estão os chamados currais eleitorais incluem favelas, algumas delas já com Unidades de Polícia Pacificadoras, as UPPs.

Entre essas áreas estão o complexo do Alemão e o conjunto de favelas da Maré, ambas na zona norte da capital. O Alemão foi pacificado em 2010 e a Maré está ocupada por tropas federais desde o primeiro semestre.

O mapeamento revela ainda problemas de acesso de candidatos a favelas da Baixada Fluminense e de Niterói, na região metropolitana.

O TRE adiou para a próxima quarta-feira a discussão sobre a necessidade de convocação das Forças Armadas para atuarem nas eleições do Rio de Janeiro.

O presidente do tribunal aguarda parecer do governador Luis Fernando Pezão.

"A responsabilidade constitucional da segurança da população é do governador, que deve se expressar com clareza", afirmou o presidente do TRE-RJ, Bernardo Garcez.

Para o Ministério Público Eleitoral e para o desembargador eleitoral Fábio Uchôa, há clara necessidade do emprego das Forças Armadas uma vez que as forças do Estado não darão conta sozinhas das demandas dos candidatos.

A presença das Forças Armadas em eleições no Rio de Janeiro não seria uma novidade.

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