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Relator do impeachment, Anastasia deixa sessão antes do fim

O senador Antonio Anastasia abriu mão de sua conduta perfeccionista na comissão especial do impeachment na noite desta terça

Anastasia: Anastasia deixou a sala mais cedo e não acompanhou toda a discussão com os convidados convocados pela defesa de Dilma (Ueslei Marcelino / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2016 às 22h37.

Brasília - O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) abriu mão de sua conduta perfeccionista na comissão especial do impeachment na noite desta terça-feira, 3.

Ele que, para dar o exemplo, era o primeiro a chegar e o último a sair das sessões, deixou a sala mais cedo e não acompanhou toda a discussão com os convidados convocados pela defesa de Dilma Rousseff .

"Quero pedir licença, vou me retirar nesse momento, porque vou fazer acertos de conclusão do relatório a ser apresentado amanhã", disse Anastasia ao deixar a comissão às 19h20.

Apesar da justificativa de finalização do parecer, foi a primeira vez que o relator deixou de acompanhar a sessão integralmente. Mesmo quando as sessões se estenderam pela madrugada, Anastasia se mostrou resistente e prestigiou os convidados até o fim.

Na sessão desta terça-feira, dedicada a ouvir especialistas que defendem a presidente Dilma Rousseff, os senadores agora interpelam os convidados com questões. Anastasia deixou a sala após a participação do líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), e não esperou a resposta dos convidados.

Anastasia, que está sempre presente, permanece calado e só fala em situações institucionais. Na semana passada, após mais de 20 horas de sessão, ele havia falado por menos de dez minutos. Na tentativa de argumentar uma conduta isenta, após muitas críticas de senadores governistas e numa estratégia de discurso ético do PSDB, ele não costuma opinar durante as sessões, tampouco entrar em discussões.

Relatório

O tucano apresenta nesta quarta-feira, às 13h30, o seu relatório. Interlocutores do PSDB afirmam que não há hipótese de Anastasia negar o pedido de impeachment, mas não entram em detalhes sobre o relatório.

Na semana passada, deputados estaduais de Minas Gerais vieram ao Congresso demonstrar, com documentação do Tribunal de Contas do Estado (TCU-MG) que Anastasia também editou créditos suplementares enquanto governador de Minas, mesma acusação que recai sobre a presidente da República. Governistas estão preparados para defender que, caso Anastasia condene as práticas da presidente, vai atestar irregularidades em sua própria administração.

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"Quero pedir licença, vou me retirar nesse momento, porque vou fazer acertos de conclusão do relatório a ser apresentado amanhã", disse Anastasia ao deixar a comissão às 19h20.

Apesar da justificativa de finalização do parecer, foi a primeira vez que o relator deixou de acompanhar a sessão integralmente. Mesmo quando as sessões se estenderam pela madrugada, Anastasia se mostrou resistente e prestigiou os convidados até o fim.

Na sessão desta terça-feira, dedicada a ouvir especialistas que defendem a presidente Dilma Rousseff, os senadores agora interpelam os convidados com questões. Anastasia deixou a sala após a participação do líder do PSDB, Cássio Cunha Lima (PB), e não esperou a resposta dos convidados.

Anastasia, que está sempre presente, permanece calado e só fala em situações institucionais. Na semana passada, após mais de 20 horas de sessão, ele havia falado por menos de dez minutos. Na tentativa de argumentar uma conduta isenta, após muitas críticas de senadores governistas e numa estratégia de discurso ético do PSDB, ele não costuma opinar durante as sessões, tampouco entrar em discussões.

Relatório

O tucano apresenta nesta quarta-feira, às 13h30, o seu relatório. Interlocutores do PSDB afirmam que não há hipótese de Anastasia negar o pedido de impeachment, mas não entram em detalhes sobre o relatório.

Na semana passada, deputados estaduais de Minas Gerais vieram ao Congresso demonstrar, com documentação do Tribunal de Contas do Estado (TCU-MG) que Anastasia também editou créditos suplementares enquanto governador de Minas, mesma acusação que recai sobre a presidente da República. Governistas estão preparados para defender que, caso Anastasia condene as práticas da presidente, vai atestar irregularidades em sua própria administração.

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