Reforma ministerial perde urgência, diz fonte
Segundo fonte, a reforma ministerial que incluiria redução do número de ministérios perdeu urgência no governo após trégua política
Da Redação
Publicado em 17 de agosto de 2015 às 20h56.
Brasília - A reforma ministerial que incluiria redução do número de ministérios perdeu urgência no governo da presidente Dilma Rousseff após o alívio conquistado pelo Palácio do Planalto nos últimos dias e o tema não deverá ser tratado no curto prazo, disseram duas fontes do governo à Reuters nesta segunda-feira.
Uma dessas fontes, que falou sob condição de anonimato, afirmou que o assunto pode ser retomado no final deste ano ou no início de 2016.
"A reforma ministerial não será feita agora. Esse tema voltará a ser analisado talvez no fim deste ou início do próximo ano", disse a fonte, que tem informações sobre as conversas para recomposição da base do governo no Legislativo.
Há cerca de duas semanas, quando não havia sinais de alívio na crise política, o governo analisava a possibilidade de trocar ministros dentro de uma reforma administrativa para reduzir o número de pastas. Nesse processo, a divisão de poder com o PMDB e os demais partidos aliados da base seria revista
Mas a última semana trouxe algum alívio para Dilma, após aproximação com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e decisões favoráveis à presidente no poder Judiciário, atenuando riscos de um processo de impeachment.
Embora a situação política siga delicada pela fragilidade do governo na Câmara dos Deputados, presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por temores associados à operação Lava Jato e deterioração da economia, o governo entende que o momento é oportuno para concentrar esforços na pauta legislativa.
A aproximação do Executivo com o presidente do Senado se deu justamente pela definição de uma agenda de enfrentamento da crise com a busca de melhoria do ambiente de negócios, equilíbrio fiscal e proteção social.
Segundo a fonte ouvida pela Reuters, o governo dará prioridade à votação de medidas que complementam o ajuste fiscal, como a redução da desoneração da folha de pagamento, o projeto que regulariza ativos não declarados de brasileiros no exterior e a reforma do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS).
Uma segunda fonte do governo, essa ligada à equipe econômica, confirmou que os planos para mexer nos cargos de primeiro escalão saíram do radar no curto prazo.
"O Ministério do Planejamento está elaborando propostas de reforma administrativa. Isso está em curso e será apresentado à presidente somente quando ela solicitar e não deverá ocorrer no curto prazo", informou essa fonte.
No fim da semana passada, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, minimizou a necessidade de se reduzir ministérios para melhorar as contas públicas. Em evento na sexta-feira, Levy afirmou que a maior parte das pastas são secretarias que já existiam e que, portanto, a quantidade de ministérios não "é uma discussão central para montante dos gastos públicos".
Brasília - A reforma ministerial que incluiria redução do número de ministérios perdeu urgência no governo da presidente Dilma Rousseff após o alívio conquistado pelo Palácio do Planalto nos últimos dias e o tema não deverá ser tratado no curto prazo, disseram duas fontes do governo à Reuters nesta segunda-feira.
Uma dessas fontes, que falou sob condição de anonimato, afirmou que o assunto pode ser retomado no final deste ano ou no início de 2016.
"A reforma ministerial não será feita agora. Esse tema voltará a ser analisado talvez no fim deste ou início do próximo ano", disse a fonte, que tem informações sobre as conversas para recomposição da base do governo no Legislativo.
Há cerca de duas semanas, quando não havia sinais de alívio na crise política, o governo analisava a possibilidade de trocar ministros dentro de uma reforma administrativa para reduzir o número de pastas. Nesse processo, a divisão de poder com o PMDB e os demais partidos aliados da base seria revista
Mas a última semana trouxe algum alívio para Dilma, após aproximação com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e decisões favoráveis à presidente no poder Judiciário, atenuando riscos de um processo de impeachment.
Embora a situação política siga delicada pela fragilidade do governo na Câmara dos Deputados, presidida por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por temores associados à operação Lava Jato e deterioração da economia, o governo entende que o momento é oportuno para concentrar esforços na pauta legislativa.
A aproximação do Executivo com o presidente do Senado se deu justamente pela definição de uma agenda de enfrentamento da crise com a busca de melhoria do ambiente de negócios, equilíbrio fiscal e proteção social.
Segundo a fonte ouvida pela Reuters, o governo dará prioridade à votação de medidas que complementam o ajuste fiscal, como a redução da desoneração da folha de pagamento, o projeto que regulariza ativos não declarados de brasileiros no exterior e a reforma do imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS).
Uma segunda fonte do governo, essa ligada à equipe econômica, confirmou que os planos para mexer nos cargos de primeiro escalão saíram do radar no curto prazo.
"O Ministério do Planejamento está elaborando propostas de reforma administrativa. Isso está em curso e será apresentado à presidente somente quando ela solicitar e não deverá ocorrer no curto prazo", informou essa fonte.
No fim da semana passada, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, minimizou a necessidade de se reduzir ministérios para melhorar as contas públicas. Em evento na sexta-feira, Levy afirmou que a maior parte das pastas são secretarias que já existiam e que, portanto, a quantidade de ministérios não "é uma discussão central para montante dos gastos públicos".