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Raquel Dodge pede a manutenção da prisão do ex-ministro Antonio Palocci

Procuradora-geral defende a manutenção da prisão preventiva "para manter a ordem pública" e "para fazer cessar a prática do crime de lavagem de dinheiro"

Antonio Palocci: juiz Sérgio Moro sentenciou o ex-ministro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão (Rodolfo Buhrer/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de abril de 2018 às 16h07.

Brasília - Em sua fala na sessão do Supremo Tribunal Federal ( STF ) que julga hoje o pedido de liberdade de Antonio Palocci , ex-ministro dos governos Lula e Dilma, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge , defendeu a manutenção da prisão preventiva do petista. "Peço o não conhecimento do habeas corpus, mas, se ultrapassada a questão preliminar, que a ordem seja denegada", afirmou a chefe do Ministério Público Federal.

De acordo com Raquel, Palocci é um "homem poderoso, com conexão com homens poderosos, e, caso seja concedido o habeas corpus e ele seja liberado, pode influenciar no andamento da ação penal". A procuradora-geral defende a manutenção da prisão preventiva "para manter a ordem pública, para fazer cessar a prática do crime de lavagem de dinheiro para a aplicação da lei penal". Ela destaca, ainda, que a prisão preventiva serve também para interromper a prática de crimes.

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A prisão preventiva de Palocci foi decretada nove meses antes da condenação em primeira instância. O juiz Sérgio Moro sentenciou o ex-ministro a 12 anos, 2 meses e 20 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Seu caso ainda não foi julgado em segunda instância.

"A culpa do réu foi, portanto, confirmada. Mas havia também o perigo de o condenado continuar a lavar dinheiro", afirmou Raquel. A procuradora-geral cita que entre janeiro de 2013 e março de 2017, mesmo depois de preso, o petista aplicou R$ 7,6 milhões, com resgate posterior, e transferiu R$ 415 mil para o plano de Previdência privada de sua família.

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