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Questionado sobre Bolsonaro, diretor da OMS frisa seriedade do coronavírus

Presidente da República tem minimizado gravidade de pandemia e pediu que comércio volte a ser aberto no Brasil

Tedros Adhanom Ghebreyesu: "A história nos julgará sobre como responderemos às comunidades mais pobres em sua hora mais difícil" (Denis Balibouse/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de março de 2020 às 13h29.

Última atualização em 25 de março de 2020 às 13h30.

A Organização Mundial de Saúde ( OMS ) e outras entidades internacionais subordinadas à Organização das Nações Unidas, como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançaram nesta quarta-feira, 25, um Plano de Resposta Humanitária Global contra os efeitos do coronavírus.

Na teleconferência sobre o assunto, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, foi questionado pelo correspondente do UOL, Jamil Chade, sobre declarações recentes do presidente Jair Bolsonaro de que a doença seria similar a um "resfriado".

Ghebreyesus não quis se estender no assunto, mas comentou que em várias nações há muita necessidade agora de atendimentos de urgência, por causa da doença. "Em muitos países, o coronavírus é uma doença muito séria", afirmou.

 

Na teleconferência, que contou também com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, as autoridades detalharam medidas para ajudar no combate ao coronavírus nos países mais pobres e vulneráveis, pedindo apoio, inclusive financeiro, a essas iniciativas. "A história nos julgará sobre como responderemos às comunidades mais pobres em sua hora mais difícil", afirmou Ghebreyesus.

O diretor-geral da OMS voltou a lembrar da seriedade do quadro atual sobre o coronavírus. "Como vocês sabem, a pandemia tem acelerado nas duas últimas semanas e, embora o coronavírus seja uma ameaça para todas as pessoas, o que é mais preocupante é o risco que o vírus representa para pessoas já afetadas pela crise", afirmou. Ghebreyesus também insistiu na importância de haver condições adequadas para profissionais de saúde, dizendo que eles "são heróis, mas também são humanos" e correm riscos.

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