Quem será o sucessor de Cunha?
A semana começa com as atenções voltadas para a sucessão de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados. O fim de semana foi de intensas negociações entre o governo e os parlamentares e, após acordo, a eleição deve ser realizada na quarta-feira. Dezenas de políticos têm ingresse no cargo. O acordo feito pelas principais lideranças […]
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2016 às 06h25.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h54.
A semana começa com as atenções voltadas para a sucessão de Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados. O fim de semana foi de intensas negociações entre o governo e os parlamentares e, após acordo, a eleição deve ser realizada na quarta-feira. Dezenas de políticos têm ingresse no cargo.
O acordo feito pelas principais lideranças da Casa terá de ser referendado na reunião da Mesa Diretora da Câmara nesta segunda-feira. A princípio, a votação estava marcada para a quinta, por determinação do presidente interino, Waldir Maranhão. O tempo é curto porque na sexta-feira se inicia o “recesso branco”, quando os parlamentares não participarão de sessões. Os trabalhos só voltam normalmente em agosto.
Por isso, o Palácio do Planalto é um dos mais interessados no processo. Michel Temer sabe que precisa de um presidente simpático para conduzir os trabalhos de acordo com seus interesses. O governo de Dilma Rousseff, vale lembrar, teve muitas dificuldades de governar por ter um opositor na presidência da Câmara – Eduardo Cunha.
Entre tantos, há dois nomes favoritos: o deputado Rogério Rosso (PSD-DF) e Rodrigo Maia (DEM-RJ). Rosso é o candidato do Centrão, e favorito do governo e de Eduardo Cunha. Representante da antiga oposição ao governo de Dilma, Rodrigo Maia tentará buscar o voto de siglas mais tradicionais, como PSDB, PSB e PPS. Além disso, ele deve tentar o apoio do PT, apresentando-se como a oposição a Cunha.
Até a quarta-feira, muitos candidatos devem sumir do mapa para dar lugar aos favoritos. Em troca, é claro, de muitos favores futuros. Enquanto isso, quem quiser comandar a Câmara até o final do ano terá que convencer, no mínimo, 257 deputados. Semana, portanto, de intensas negociações, e de a calculadora voltar a trabalhar com afinco na capital federal.