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Quem é Rogério Fraveto, o desembargador plantonista que mandou soltar Lula

Antes de ser desembargador, Fraveto ocupou cargos em gestões petistas, inclusive na era Lula

Rogério Favreto: Nos governos Lula, ele esteve em quatro ministérios diferentes antes de ser desembargador (Sylvio Sirangelo/TRF-4/Flickr)

Rogério Favreto: Nos governos Lula, ele esteve em quatro ministérios diferentes antes de ser desembargador (Sylvio Sirangelo/TRF-4/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de julho de 2018 às 14h54.

Última atualização em 8 de julho de 2018 às 16h12.

O desembargador federal Rogério Favreto, que mandou soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva neste domingo, 8, trabalhou no primeiro governo do petista ao lado de ex-ministro José Dirceu e com a presidente cassada Dilma Rousseff na época em que ela era ministra da Casa Civil.

Fraveto estava de plantão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, desde sexta-feira, 6. Ele acolheu pedido de três deputados do PT, Paulo Teixeira (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ), suspendendo a execução provisória da pena até que a condenação em segundo grau contra o ex-presidente transite em julgado.

Antes de ser desembargador, Fraveto ocupou cargos em gestões petistas, inclusive na era Lula e na gestão de Tarso Genro (PT) à frente da Prefeitura de Porto Alegre. Ao longo de 1996, coordenou a assessoria jurídica do Gabinete do Prefeito. 

Nos governos Lula, esteve em quatro ministérios diferentes. Primeiro, foi para a Casa Civil em 2005, onde trabalhou na Subchefia para Assuntos Jurídicos sob a chefia de José Dirceu e, depois, de Dilma Rousseff.

Nos anos seguintes, foi chefe da consultoria jurídica do Ministério do Desenvolvimento Social, cujo titular era o também petista Patrus Ananias. Depois, passou pela Secretária de Relações Institucionais e pelo Ministério da Justiça, nos anos em que Tasso comandava as pastas.

Revogação

No início da tarde deste domingo, o relator da Lava Jato no TRF-4, João Pedro Gebran Neto, revogou o habeas corpus concedido pelo desembargador a Lula. Gebran Neto tomou a decisão após decisões conflitantes entre o desembargador e o juiz federal Sérgio Moro.

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