Queiroga diz que pode faltar vacina se estados não seguirem plano federal
O ministro da Saúde detalhou como será a dose de reforço da vacinação contra a covid-19, que começa no dia 15 de setembro
Gilson Garrett Jr
Publicado em 25 de agosto de 2021 às 18h02.
Última atualização em 25 de agosto de 2021 às 19h32.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez uma coletiva de imprensa no fim da tarde desta quarta-feira, 25, para detalhar como será a dose de reforço da vacinação contra a covid-19, que começa a partir do dia 15 de setembro com idosos acima de 70 anos e imunossuprimidos.
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O público-alvo é diferente do que foi anunciado pelo governo do estado de São Paulo, no início da tarde desta quarta-feira, que incluiu a faixa dos 60 a 69 anos anos, e excluiu os imunossuprimidos. Queiroga não citou especificamente o governo paulista, mas criticou diretrizes diferentes do que o preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações.
“Se cada um quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde lamentavelmente não vai ter condição de entregar doses de vacinas. Temos de nos unir para falarmos a mesma língua. E não adianta ficar noticiando na imprensa que o Ministério atrasou, e se for diferente vai faltar dose”, disse.
Na fala, Queiroga disse que o objetivo do Ministério da Saúde é equalizar a distribuição de doses. “Não adianta um estado vacinar 18 anos enquanto o outro está vacinando 30 anos”, afirmou.
De acordo com o ministro, a dose de reforço será feita preferencialmente com a vacina da Pfizer porque será o imunizante “mais disponível” no mês de setembro. Apesar disso, a população pode receber qualquer outra vacina. Serão chamados os idosos que foram vacinados há, pelo menos, seis meses. No caso dos imunossuprimidos, a orientação é para receberem a dose adicional após 28 dias.
"Anteriormente a intercambialidade só estava prevista para gestantes que tomaram AstraZeneca. Agora, a é com a vacina da Pfizer. Esta vacina já foi testada em intercambialidade, e o ministério se preparou para ter esta vacina em quantidade que nos dá a possibilidade de tomar esta decisão", garantiu o ministro da Saúde.
Nas contas do governo federal, o mês de agosto vai fechar com uma entrega total de 80 milhões de doses de vacinas, e em setembro serão 60 milhões, sendo a maior parte da Pfizer. Por conta disso, a priorização da dose de reforço será com o imunizante, mas pode ocorrer de ser de qualquer outra vacina aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O ministro Queiroga disse que até o dia 15 de setembro toda a população adulta, com mais de 18 anos, terá pelo menos a primeira dose, e que a inclusão da dose de reforço não vai impactar na imunização de adolescentes entre 12 e 17 anos.
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