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Quase mil brasileiros estão presos no exterior por tráfico

De acordo com o Itamaraty, além do brasileiro que será executado na Indonésia, outros 962 estão detidos no exterior por tráfico ou porte de drogas

Marco Archer Cardoso Moreira: número representa 30% dos 3.209 brasileiros em prisões fora do país (Beawiharta/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 16h18.

Brasília - O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, preso na Indonésia , deve ter sua pena de morte executada neste fim de semana. Além dele, pelo menos outros 962 brasileiros estão detidos no exterior por tráfico ou porte de drogas , de acordo com o Itamaraty.

O número, atualizado em 31 de dezembro de 2013, representa 30% dos 3.209 brasileiros em prisões fora do país.

Em países como Turquia (45 brasileiros presos),  África do Sul (36), Austrália (seis) e China (quatro), todos estão detidos pelo crime de tráfico ou porte de drogas.

Outras nações onde 100% dos prisioneiros brasileiros respondem a este crime são Indonésia, Cingapura, Tailândia, Cabo Verde, Moçambique, Líbano, Jordânia, Catar, Nicarágua, República Dominicana e Nova Zelândia. Nestes países o número de presos nascidos no Brasil varia entre um e três.

Nos vizinhos da América do Sul, são 128 brasileiros presos por envolvimento com drogas no Paraguai, 48 na Bolívia, 34 na Argentina, 23 no Peru, 17 na Venezuela, 14 na Colômbia e 12 no Uruguai. Um terço dos 864 brasileiros em prisões de outras nações do continente foram detidos por este crime. Na América Central, a média se mantém, com seis dos 18 brasileiros presos.

Na América do Norte, o percentual é o menor entre todos. Representam apenas 2%, com 14 brasileiros presos nos Estados Unidos e um no México, entre 726 por diferentes delitos.

Na África, todos os 40 brasileiros presos no fim de 2013 respondiam por envolvimento com drogas. Na Ásia, a proporção é de 26%, com 110 dos 417 brasileiros presos. Somente no Japão, 101 respondiam por tráfico ou porte de drogas.

No Oriente Médio, chega a 50%, com dez dos 20 presos. Na Oceania, sobe para 69%, com nove entre os 13 detidos. A maior quantidade de brasileiros presos por causa do crime está na Europa, com 496, ou 44%, de um total de 1.108.

Eles são 150 na Espanha, 118 na Itália, 76 em Portugal, 45 na França, 45 na Turquia, 36 na Alemanha, 13 na Bélgica e 13 no Reino Unido.

Os demais 2.246 brasileiros presos no exterior respondem a crimes leves ou pesados, como situação migratória irregular, falsificação de documentos, desacato, roubo, fraude, dano material, violência doméstica, porte ilegal de armas, formação de quadrilha, tráfico de pessoas, latrocínio, garimpo ilegal e até suspeita de atividade terrorista.

Entre os 3.209 brasileiros em prisões estrangeiras no fim de 2013, os registros mostram que 2.459 são homens, 496 mulheres e 36 transexuais. Os 218 restantes não foram especificados. Apesar de presos, pelo menos 1.421 ainda aguardavam julgamento.

O Itamaraty informou que, por meio dos consulados, o governo brasileiro presta assistência psicológica e jurídica aos presos, o que não inclui pagamento de honorários dos advogados.

No caso de Marco Archer, o acompanhamento psicológico ocorre desde 2012, quando sua situação piorou, após a recusa dos dois pedidos de clemência a que tinha direito.

O estado psíquico dele é considerado pelo governo brasileiro mais do que suficiente para que fosse aceito o pedido de clemência, feito mais uma vez hoje (16) pela presidente Dilma Rousseff e negado pelo presidente da Indonésia, Joko Widodo.

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Brasília - O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, preso na Indonésia , deve ter sua pena de morte executada neste fim de semana. Além dele, pelo menos outros 962 brasileiros estão detidos no exterior por tráfico ou porte de drogas , de acordo com o Itamaraty.

O número, atualizado em 31 de dezembro de 2013, representa 30% dos 3.209 brasileiros em prisões fora do país.

Em países como Turquia (45 brasileiros presos),  África do Sul (36), Austrália (seis) e China (quatro), todos estão detidos pelo crime de tráfico ou porte de drogas.

Outras nações onde 100% dos prisioneiros brasileiros respondem a este crime são Indonésia, Cingapura, Tailândia, Cabo Verde, Moçambique, Líbano, Jordânia, Catar, Nicarágua, República Dominicana e Nova Zelândia. Nestes países o número de presos nascidos no Brasil varia entre um e três.

Nos vizinhos da América do Sul, são 128 brasileiros presos por envolvimento com drogas no Paraguai, 48 na Bolívia, 34 na Argentina, 23 no Peru, 17 na Venezuela, 14 na Colômbia e 12 no Uruguai. Um terço dos 864 brasileiros em prisões de outras nações do continente foram detidos por este crime. Na América Central, a média se mantém, com seis dos 18 brasileiros presos.

Na América do Norte, o percentual é o menor entre todos. Representam apenas 2%, com 14 brasileiros presos nos Estados Unidos e um no México, entre 726 por diferentes delitos.

Na África, todos os 40 brasileiros presos no fim de 2013 respondiam por envolvimento com drogas. Na Ásia, a proporção é de 26%, com 110 dos 417 brasileiros presos. Somente no Japão, 101 respondiam por tráfico ou porte de drogas.

No Oriente Médio, chega a 50%, com dez dos 20 presos. Na Oceania, sobe para 69%, com nove entre os 13 detidos. A maior quantidade de brasileiros presos por causa do crime está na Europa, com 496, ou 44%, de um total de 1.108.

Eles são 150 na Espanha, 118 na Itália, 76 em Portugal, 45 na França, 45 na Turquia, 36 na Alemanha, 13 na Bélgica e 13 no Reino Unido.

Os demais 2.246 brasileiros presos no exterior respondem a crimes leves ou pesados, como situação migratória irregular, falsificação de documentos, desacato, roubo, fraude, dano material, violência doméstica, porte ilegal de armas, formação de quadrilha, tráfico de pessoas, latrocínio, garimpo ilegal e até suspeita de atividade terrorista.

Entre os 3.209 brasileiros em prisões estrangeiras no fim de 2013, os registros mostram que 2.459 são homens, 496 mulheres e 36 transexuais. Os 218 restantes não foram especificados. Apesar de presos, pelo menos 1.421 ainda aguardavam julgamento.

O Itamaraty informou que, por meio dos consulados, o governo brasileiro presta assistência psicológica e jurídica aos presos, o que não inclui pagamento de honorários dos advogados.

No caso de Marco Archer, o acompanhamento psicológico ocorre desde 2012, quando sua situação piorou, após a recusa dos dois pedidos de clemência a que tinha direito.

O estado psíquico dele é considerado pelo governo brasileiro mais do que suficiente para que fosse aceito o pedido de clemência, feito mais uma vez hoje (16) pela presidente Dilma Rousseff e negado pelo presidente da Indonésia, Joko Widodo.

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