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PT propõe acordo para que Skaf dê apoio a Dilma em SP

O PT vai argumentar que o palanque duplo no Estado será uma espécie de via de mão dupla

Paulo Skaf, presidente da Fiesp: ele resiste à aliança (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2014 às 09h13.

São Paulo - Coordenador da candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff no Estado de São Paulo, o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho ( PT ), disse nesta segunda-feira, 21, que vai pedir ao PMDB estadual que o partido participe "para valer" da campanha da petista.

A legenda, aliada ao PT no plano nacional, tem como candidato ao governo o presidente licenciado da Fiesp, Paulo Skaf, que tem resistido a abrir palanque para a petista.

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Em São Paulo, o PT lançou a candidatura do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha. Ele, porém, não decolou nas pesquisas de intenção de voto - aparece com 4% na mais recente pesquisa Datafolha - e Dilma apresenta um alto índice de rejeição no Estado. Skaf aparece em segundo lugar nas pesquisas, atrás do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

"O que está claro é que ela (Dilma) precisa de uma forte presença em São Paulo", disse Marinho, durante caminhada de apoio a Padilha em São Bernardo. O prefeito já conversou com o presidente estadual do PMDB, deputado Baleia Rossi, e pretende se reunir com o vice-presidente da República Michel Temer e com o próprio Skaf, para tratar do assunto.

"Queremos saber como o PMDB vai participar para valer da campanha da presidente Dilma. Como o PMDB vai ajudar neste processo."

Aos peemedebistas paulistas, Marinho vai argumentar que o palanque duplo no Estado será uma espécie de via de mão dupla. Segundo ele, o crescimento de Padilha e Skaf é importante para garantir o segundo turno na disputa.

"Passar as intenções de votos da presidenta Dilma para seus candidatos aqui em São Paulo também é importante para provocar o segundo turno", disse.

Nesta segunda, Rui Falcão, presidente nacional do PT, conversou com Temer em Brasília sobre a participação de Dilma na campanha de Skaf.

A "fórmula" do palanque duplo para garantir o segundo turno em São Paulo já foi defendida por Dilma e tem Temer como principal articulador dentro do PMDB.

O vice-presidente, inclusive, recomendou um pacto de não agressão entre Padilha e Skaf. Mas a ideia ainda esbarra na resistência do candidato peemedebista. Skaf não quis se pronunciar sobre o assunto ontem, mas sua assessoria reafirmou a posição de que PT e PMDB são concorrentes em São Paulo, e o candidato de Dilma é Padilha.

Baleia Rossi confirmou a conversa com Marinho e disse que o vice-presidente da República participará diretamente da campanha, mas reforçou que a disputa direta em São Paulo é com o petista. "Não há como misturar ".

Padilha diz que o único adversário de sua candidatura é o governador Geraldo Alckmin - mas nos discursos não é raro ele criticar o concorrente peemedebista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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