Curtas – o que houve de mais importante ontem
ÀS SETE - Líderes do PSDB deixam para a bancada da Câmara a decisão sobre como se posicionar em relação à denúncia contra Temer.
Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2017 às 05h54.
Última atualização em 11 de julho de 2017 às 08h21.
PSDB não decide
Os líderes do PSDB adiaram a definição sobre o desembarque do governo de Michel Temer após quatro horas de reunião na noite de ontem, em São Paulo. Deixaram, assim, para a bancada da Câmara a decisão sobre como se posicionar em relação à denúncia contra Temer. Segundo o líder da bancada, Ricardo Tripoli, o tema deve ser discutido entre hoje e amanhã, mas a maioria deve fincar pé contra o presidente. Em mais um sinal de que o partido está se afastando do Planalto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso cancelou uma reunião com Temer alegando falta de agenda.
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Conta apertada
O relatório do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018 aponta que a expansão do gasto dos governos pode ser de apenas 39 bilhões de reais. Com a emenda constitucional do Teto de Gastos, o orçamento do governo fica limitado e gastos além do estimado seriam inconstitucionais. Na avaliação do relator, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), o valor é insuficiente para abrigar o avanço previsto das despesas obrigatórias no ano que vem. Quanto a este ano, o diretor executivo da Instituição Fiscal Independente do Senado, Felipe Salto, reafirmou nesta segunda-feira a estimativa do órgão de que o governo não conseguirá cumprir a meta de déficit primário — pelas contas, o saldo negativo do governo federal ficará em 144,1 bilhões de reais neste ano, acima da meta de 139 bilhões.
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Taxa de Longo Prazo continua
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta segunda-feira que dentro do governo não há nenhuma discussão para mudar o projeto que cria a Taxa de Longo Prazo para empréstimos do banco de fomento BNDES. A declaração acontece após o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmar, em entrevista na semana passada, que a taxa poderia prejudicar as empresas por reduzir a previsibilidade das condições dos financiamentos do BNDES. Oliveira afirmou ainda que o BNDES é um “transatlântico”, que não muda suas políticas operacionais “da noite para o dia”, e que Castro continuará complementando o trabalho deixado por sua antecessora, Maria Silvia Bastos Marques.
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Cabral critica denúncia
O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) disse que foi condenado à prisão em Curitiba pelo juiz Sergio Moro com base numa “denúncia mentirosa” da empreiteira Andrade Gutierrez. A afirmação foi feita em interrogatório conduzido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, nesta segunda-feira. Segundo ele, “tem delator que distorce tudo”. “Fui condenado em Curitiba por denúncia mentirosa da Andrade Gutierrez, uma denúncia que não fica de pé. É completamente estapafúrdio”, queixou-se Cabral ao juiz. Cabral também defendeu que praticou caixa dois, “um fato que existe no Brasil há décadas”, mas que as doações foram legais, e não uma forma de propina.
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UTC fecha leniência
A empreiteira UTC, investigada na Operação Lava-Jato, assinou nesta segunda-feira acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com a Advocacia-Geral da União (AGU). Pelo acordo, a empresa se comprometeu a pagar 574 milhões de reais de multa em ressarcimento aos cofres públicos. Segundo a AGU, é o primeiro acordo de leniência firmado pelo governo federal com base na Lei Anticorrupção, conhecida também como Lei da Delação Premiada. Nas investigações da Lava-Jato, Ricardo Pessoa, dono da UTC e um dos delatores, confirmou que participava de um cartel de empresas que fraudavam licitações da Petrobras e que pagou propina a ex-diretores em contratos obtidos com a estatal.
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O saldo da Venezuela
A onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro completou cem dias na Venezuela com um saldo de 3.666 detidos e 283 condenados à prisão por tribunais militares, segundo a ONG Foro Penal. A ONG afirmou ainda que há 431 presos políticos no país, e voltou a exigir liberdade para o líder da oposição, Leopoldo López, transferido no sábado para prisão domiciliar. O governo proibiu, ontem, López de falar sobre os 3 anos e 5 meses que ficou preso.
- Reforma trabalhista será votada pelo Senado hoje
- Presidente do Peru conversa sobre libertação de Fujimori
- PPS e PDT se reúnem para decidir votos
- Theresa May vai tentar convencer oposição
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Trump Jr.: nova versão
Donald Trump Jr., filho do presidente americano, mudou de versão sobre o encontro com uma advogada russa em meio às eleições de 2016. Segundo o jornal The New York Times, Trump Jr. havia se encontrado com Natalia Veselnitskaya no dia 9 de julho, numa reunião em que também participou o genro do presidente, Jared Kushner. No sábado, Trump Jr. afirmou que discutira com a russa um programa de adoção de crianças russas; agora, disse que havia tratado de informações sobre a presidenciável Hillary Clinton. É o primeiro encontro entre membros do alto escalão de Trump e russos. O Kremlim afirmou que não sabe quem é Veselnitskaya.
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EUA vai sozinho?
O governo Trump está se organizando para impor unilateralmente novas sanções contra a Coreia do Norte, mirando empresas chinesas e bancos que, segundo Washington, financiam com dinheiro o programa militar do país. As informações são do Wall Street Journal, que afirmou que a Casa Branca continua considerando como melhor opção uma ação via Nações Unidas com apoio da China. A Coreia do Norte conseguiu, nos últimos anos, evitar sanções com negociações internacionais por intermédio da China.
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França: cortes para ricos?
A França está estudando cortar impostos dos mais ricos em 2018 para atrair mais empreendedores e mais investimentos, segundo afirmou o primeiro ministro Edouard Philippe ao jornal Financial Times. A decisão marca uma guinada em relação à política do antecessor, François Hollande, que levou a uma fuga de milionários com taxas de até 75%. Também mostra que o governo de Emmanuel Macron está disposto a adotar medidas pró-mercado mesmo que elas apertem ainda mais o déficit do país.
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Snap questionada
As ações da Snap, empresa que é dona da rede social Snapchat, caíram 1,1% nesta segunda-feira e fecharam em 16,99 dólares, pela primeira vez abaixo dos 17 dólares da abertura do capital em 1o de março. A companhia é alvo de cada vez mais questionamentos sobre sua capacidade de crescer tão rápido quanto o prometido, e tem dificuldades para se manter inovadora enquanto suas principais ferramentas são copiadas pelo concorrente Facebook.