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Curtas – o que houve de mais importante ontem

ÀS SETE - Líderes do PSDB deixam para a bancada da Câmara a decisão sobre como se posicionar em relação à denúncia contra Temer.

Venezuela: onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro completou cem dias. (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2017 às 05h54.

Última atualização em 11 de julho de 2017 às 08h21.

PSDB não decide

Os líderes do PSDB adiaram a definição sobre o desembarque do governo de Michel Temer após quatro horas de reunião na noite de ontem, em São Paulo. Deixaram, assim, para a bancada da Câmara a decisão sobre como se posicionar em relação à denúncia contra Temer. Segundo o líder da bancada, Ricardo Tripoli, o tema deve ser discutido entre hoje e amanhã, mas a maioria deve fincar pé contra o presidente. Em mais um sinal de que o partido está se afastando do Planalto, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso cancelou uma reunião com Temer alegando falta de agenda.

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Conta apertada

O relatório do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018 aponta que a expansão do gasto dos governos pode ser de apenas 39 bilhões de reais. Com a emenda constitucional do Teto de Gastos, o orçamento do governo fica limitado e gastos além do estimado seriam inconstitucionais. Na avaliação do relator, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), o valor é insuficiente para abrigar o avanço previsto das despesas obrigatórias no ano que vem. Quanto a este ano, o diretor executivo da Instituição Fiscal Independente do Senado, Felipe Salto, reafirmou nesta segunda-feira a estimativa do órgão de que o governo não conseguirá cumprir a meta de déficit primário — pelas contas, o saldo negativo do governo federal ficará em 144,1 bilhões de reais neste ano, acima da meta de 139 bilhões.

Taxa de Longo Prazo continua

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, afirmou nesta segunda-feira que dentro do governo não há nenhuma discussão para mudar o projeto que cria a Taxa de Longo Prazo para empréstimos do banco de fomento BNDES. A declaração acontece após o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmar, em entrevista na semana passada, que a taxa poderia prejudicar as empresas por reduzir a previsibilidade das condições dos financiamentos do BNDES. Oliveira afirmou ainda que o BNDES é um “transatlântico”, que não muda suas políticas operacionais “da noite para o dia”, e que Castro continuará complementando o trabalho deixado por sua antecessora, Maria Silvia Bastos Marques.

Cabral critica denúncia

O ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB) disse que foi condenado à prisão em Curitiba pelo juiz Sergio Moro com base numa “denúncia mentirosa” da empreiteira Andrade Gutierrez. A afirmação foi feita em interrogatório conduzido pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, nesta segunda-feira. Segundo ele, “tem delator que distorce tudo”. “Fui condenado em Curitiba por denúncia mentirosa da Andrade Gutierrez, uma denúncia que não fica de pé. É completamente estapafúrdio”, queixou-se Cabral ao juiz. Cabral também defendeu que praticou caixa dois, “um fato que existe no Brasil há décadas”, mas que as doações foram legais, e não uma forma de propina.

UTC fecha leniência

A empreiteira UTC, investigada na Operação Lava-Jato, assinou nesta segunda-feira acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU) e com a Advocacia-Geral da União (AGU). Pelo acordo, a empresa se comprometeu a pagar 574 milhões de reais de multa em ressarcimento aos cofres públicos. Segundo a AGU, é o primeiro acordo de leniência firmado pelo governo federal com base na Lei Anticorrupção, conhecida também como Lei da Delação Premiada. Nas investigações da Lava-Jato, Ricardo Pessoa, dono da UTC e um dos delatores, confirmou que participava de um cartel de empresas que fraudavam licitações da Petrobras e que pagou propina a ex-diretores em contratos obtidos com a estatal.

O saldo da Venezuela

A onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro completou cem dias na Venezuela com um saldo de 3.666 detidos e 283 condenados à prisão por tribunais militares, segundo a ONG Foro Penal. A ONG afirmou ainda que há 431 presos políticos no país, e voltou a exigir liberdade para o líder da oposição, Leopoldo López, transferido no sábado para prisão domiciliar. O governo proibiu, ontem, López de falar sobre os 3 anos e 5 meses que ficou preso.

Trump Jr.: nova versão

Donald Trump Jr., filho do presidente americano, mudou de versão sobre o encontro com uma advogada russa em meio às eleições de 2016. Segundo o jornal The New York Times, Trump Jr. havia se encontrado com Natalia Veselnitskaya no dia 9 de julho, numa reunião em que também participou o genro do presidente, Jared Kushner. No sábado, Trump Jr. afirmou que discutira com a russa um programa de adoção de crianças russas; agora, disse que havia tratado de informações sobre a presidenciável Hillary Clinton. É o primeiro encontro entre membros do alto escalão de Trump e russos. O Kremlim afirmou que não sabe quem é Veselnitskaya.

EUA vai sozinho?

O governo Trump está se organizando para impor unilateralmente novas sanções contra a Coreia do Norte, mirando empresas chinesas e bancos que, segundo Washington, financiam com dinheiro o programa militar do país. As informações são do Wall Street Journal, que afirmou que a Casa Branca continua considerando como melhor opção uma ação via Nações Unidas com apoio da China. A Coreia do Norte conseguiu, nos últimos anos, evitar sanções com negociações internacionais por intermédio da China.

França: cortes para ricos?

A França está estudando cortar impostos dos mais ricos em 2018 para atrair mais empreendedores e mais investimentos, segundo afirmou o primeiro ministro Edouard Philippe ao jornal Financial Times. A decisão marca uma guinada em relação à política do antecessor, François Hollande, que levou a uma fuga de milionários com taxas de até 75%. Também mostra que o governo de Emmanuel Macron está disposto a adotar medidas pró-mercado mesmo que elas apertem ainda mais o déficit do país.

Snap questionada

As ações da Snap, empresa que é dona da rede social Snapchat, caíram 1,1% nesta segunda-feira e fecharam em 16,99 dólares, pela primeira vez abaixo dos 17 dólares da abertura do capital em 1o de março. A companhia é alvo de cada vez mais questionamentos sobre sua capacidade de crescer tão rápido quanto o prometido, e tem dificuldades para se manter inovadora enquanto suas principais ferramentas são copiadas pelo concorrente Facebook.

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