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Promotor defende fim das torcidas organizadas de futebol

Castilho mostrou-se indignado com a série de confrontos ocorridos neste domingo (3) envolvendo integrantes das torcidas Mancha Verde e da Gaviões da Fiel

Torcida organizada: além de danos ao patrimônio público, uma pessoa que nada tinha a ver com as brigas entre torcedores morreu (REUTERS/Joao Castellano)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 16h23.

O promotor Paulo Sérgio Castilho, do Juizado Especial Criminal (Jecrim), afirmou hoje (4) que o país precisa tornar mais rigorosa a punição contra a violência que vem sendo praticada por integrantes de torcidas organizadas de times de futebol .

De acordo com Castilho, para isso, seria necessário mudar a legislação.

Castilho mostrou-se indignado com a série de confrontos ocorridos neste domingo (3) em vários locais da capital e da região metropolitana, envolvendo integrantes das torcidas Mancha Verde e da Gaviões da Fiel antes e depois do clássico entre Palmeiras e Corinthians, no Estádio do Pacaembu.

Além de danos ao patrimônio público, uma pessoa que nada tinha a ver com as brigas entre torcedores morreu em frente à Estação São Miguel Paulista, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

A Secretaria de Segurança Pública informou que ocorreram ontem quatro confrontos e que 60 pessoas foram detidas. Houve confrontos em São Miguel Paulista, em Guarulhos, na Estação Brás do metrô e no Pacaembu.

Segundo o promotor de Justiça, todos os detidos já tinham sido liberados. Paulo Sérgio Castilho observou que, após a adoção de algumas medidas de segurança, as desavenças estavam mais controladas nos estádios e no entorno dele, com as cenas de violência aumenando nos espaços mais distantes.

Todas essas ações são praticadas sob o comando dos dirigentes das torcidas organizadas, diz o promotor.

Plebiscito “Nos moldes em que estão agindo, essas associações não deveriam existir”, afirma Castilho.

Ele sugere a realização de um plebiscito para saber se a sociedade quer o fim dessas entidades e acredita que o resultado seria favorável ao banimento das torcidas organizadas.

O promotor considera as medidas tomadas até agora contra a violência entre torcidas organizadas ”insuficientes para coibí-la”.

Castilho destaca que se trata de uma “subcultura delinquente” em que jovens tomam o futebol como pretexto para extravasar os atos de violência.

Para Castilho, o Estado não pode ser tão leniente com torcidas que praticam todo tipo de crime, têm ligações com o tráfico de drogas, assaltos, roubos e outros delitos.

Ele informou que, atualmente, há mais de 180 torcedores obrigados a se manter afastados dos campos de futebol por terem cometido alguma infração contra o Estatuto do Torcedor e que, em 95% dos casos, a punição é cumprida.

A situação da violência entre as torcidas organizadas e a questão da segurança nos estádios serão discutidas ainda na tarde desta segunda-feira (4), em reunião com o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, representantes da Federação Paulista de Futebol, do Ministério Público e do Poder Judiciário. A reunião está prevista para as 17h30.

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O promotor Paulo Sérgio Castilho, do Juizado Especial Criminal (Jecrim), afirmou hoje (4) que o país precisa tornar mais rigorosa a punição contra a violência que vem sendo praticada por integrantes de torcidas organizadas de times de futebol .

De acordo com Castilho, para isso, seria necessário mudar a legislação.

Castilho mostrou-se indignado com a série de confrontos ocorridos neste domingo (3) em vários locais da capital e da região metropolitana, envolvendo integrantes das torcidas Mancha Verde e da Gaviões da Fiel antes e depois do clássico entre Palmeiras e Corinthians, no Estádio do Pacaembu.

Além de danos ao patrimônio público, uma pessoa que nada tinha a ver com as brigas entre torcedores morreu em frente à Estação São Miguel Paulista, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

A Secretaria de Segurança Pública informou que ocorreram ontem quatro confrontos e que 60 pessoas foram detidas. Houve confrontos em São Miguel Paulista, em Guarulhos, na Estação Brás do metrô e no Pacaembu.

Segundo o promotor de Justiça, todos os detidos já tinham sido liberados. Paulo Sérgio Castilho observou que, após a adoção de algumas medidas de segurança, as desavenças estavam mais controladas nos estádios e no entorno dele, com as cenas de violência aumenando nos espaços mais distantes.

Todas essas ações são praticadas sob o comando dos dirigentes das torcidas organizadas, diz o promotor.

Plebiscito “Nos moldes em que estão agindo, essas associações não deveriam existir”, afirma Castilho.

Ele sugere a realização de um plebiscito para saber se a sociedade quer o fim dessas entidades e acredita que o resultado seria favorável ao banimento das torcidas organizadas.

O promotor considera as medidas tomadas até agora contra a violência entre torcidas organizadas ”insuficientes para coibí-la”.

Castilho destaca que se trata de uma “subcultura delinquente” em que jovens tomam o futebol como pretexto para extravasar os atos de violência.

Para Castilho, o Estado não pode ser tão leniente com torcidas que praticam todo tipo de crime, têm ligações com o tráfico de drogas, assaltos, roubos e outros delitos.

Ele informou que, atualmente, há mais de 180 torcedores obrigados a se manter afastados dos campos de futebol por terem cometido alguma infração contra o Estatuto do Torcedor e que, em 95% dos casos, a punição é cumprida.

A situação da violência entre as torcidas organizadas e a questão da segurança nos estádios serão discutidas ainda na tarde desta segunda-feira (4), em reunião com o secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, representantes da Federação Paulista de Futebol, do Ministério Público e do Poder Judiciário. A reunião está prevista para as 17h30.

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