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Privatização da Sabesp: sessão é retomada após confusão entre PMs e manifestantes; veja vídeo

A sessão de votação foi suspensa após uma confusão que envolveu o público presente nas galerias da Assembleia e a Polícia Militar

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 6 de dezembro de 2023 às 19h12.

Última atualização em 6 de dezembro de 2023 às 21h44.

A sessão de votação na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) sobre o projeto de lei que autoriza o governo Tarcísio de Freitas a privatizar a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) foi suspensa após uma confusão que envolveu o público presente nas galerias da Assembleia e a Polícia Militar. 

Privatização da Sabesp: projeto que autoriza desestatização é aprovado na Alesp

Nas primeiras horas da sessão que deve definir o futuro da companhia, líderes do PT, do PSOL e do PSB declararam que as bancadas votarão contra o projeto. Após cada fala, os manifestantes presentes contrários ao projeto gritavam palavras de ordem contra a privatização da Sabesp.

Em determinado momento, o público presente forçou o vidro que separa o plenário das galerias. O presidente da Casa, deputado estadual André do Prado (PL), pediu reforço da segurança. A partir desse momento, uma confusão generalizada se instaurou, com deputados da base do governo se aproximando dos vidros e PMs com dificuldade para conter os manifestantes. A PM lançou gás de pimenta nas galerias para tentar conter o público. Do Prado mandou a Polícia esvaziar as galerias, por considerar que a segurança estava comprometida, e suspendeu a sessão.

Segundo informações de pessoas presentes na Alesp, o plenário foi totalmente esvaziado após o tumulto. Vivian Mendes, líder da Unidade Popular pelo Socialismo (UP), e candidata ao Senado por São Paulo nas últimas eleições, foi detida durante o confronto. A sessão foi retomada às 20h10 sem a presença da oposição. Do Padro afirma que a votação vai acontecer ainda hoje.

Governo espera aprovação

Mais cedo, em entrevista à EXAME, o relator do projeto, o deputado estadual Barros Munhoz (PSDB), disse que a base do governo tem entre 55 e 60 votos para aprovar a proposta. "Vamos ter duas sessões extraordinárias para concluir essa votação. Estamos bem tranquilos sobre a aprovação", disse em rápida conversa por telefone. 

A proposta deu entrada na casa legislativa do estado no dia 18 de outubro e, durante a tramitação em regime de urgência, recebeu 173 emendas, que propõem acrescentar ou alterar dispositivos da matéria, e quatro substitutivos contrários à desestatização da companhia.

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