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Previsão do tempo: chuva forte ameaça Nordeste e frio começa a ceder no Sul

Preocupação maior de meteorologistas é com a possibilidade de pancadas fortes de chuva em Pernambuco e Alagoas, no sábado

Chuvas em Pernambuco: 126 mortos e mais de 9,3 mil desabrigados. (Sergio MARANHAO / AFP/AFP)

Chuvas em Pernambuco: 126 mortos e mais de 9,3 mil desabrigados. (Sergio MARANHAO / AFP/AFP)

AO

Agência O Globo

Publicado em 3 de junho de 2022 às 10h41.

Última atualização em 3 de junho de 2022 às 12h39.

Projeções feitas por especialistas da MetSul Meteorologia alertam para a possibilidade de que chuva forte volte a cair em quase todo o litoral nordestino, do norte da Bahia ao Maranhão, nos próximos dias. A preocupação maior é com Alagoas e Pernambuco estado já castigado por inundações e deslizamentos de terra nos últimos dias, que deixaram até agora 126 mortos e mais de 9,3 mil desabrigados.

Baseado em modelos de previsão como do Centro Meteorológico Europeu, espera-se precipitação forte a torrencial entre esta sexta e o domingo, mas principalmente durante o sábado, nos litorais desses dois estados.

O sol só deve voltar a aparecer nessas regiões na segunda-feira, embora haja possibilidade de pancadas isoladas típicas da área tropical voltarem na terça-feira. Apenas no decorrer da quarta-feira da semana que vem é que se aguarda a volta à normalidade, principalmente na região de Recife, capital pernambucana.

Frio no Sul

As madrugadas desta sexta e do sábado seguem com previsão de temperatura baixa e geada em diversas áreas do Rio Grande do Sul. Porto Alegre deve registrar entre 15 ºC a 16 ºC durante a tarde de hoje. Já no sábado, a mínima deve ficar em torno de 7 ºC, podendo baixar até 5 ºC na área metropolitana. No interior, o frio perde força na maioria das cidades, segundo análise da meteorologista Estael Sias.

No domingo, o frio deve ceder lugar à chuva na região. Mesmo assim, as temperaturas máximas ainda devem ficar abaixo da média do mês de junho, apesar da ausência esperada de ar polar atuando.

Junho terá nova onda de frio no meio do mês, diz meteorologista

Segundo análise publicada pela MetSul, "o mês de junho vai transcorrer sob influência do fenômeno La Niña. Desde 1999, o Pacífico Equatorial não estava tão frio nesta época do ano". La Niña é normalmente associada a seca no Sul e chuva mais abundante no Nordeste do Brasil, o que explicaria, em parte, a tragédia vivida com as inundações recentes em Pernambuco.

Já na região central do país e em grande parte do Sudeste e Centro-Oeste, a tendência é de chuva abaixo a muito abaixo da média, neste mês de junho.

Com o frio começando a dar uma trégua na Região Sul, e sem previsão de alta frequência de frentes frias ou massas de ar frio chegando ao Brasil Central, a expectativa é de aumento da temperatura.

Com o predomínio de ar mais seco, os estados do centro vão experimentar noites mais amenas ou frias e tardes quentes. No entanto, não se descarta a possibilidade de dias com temperatura muito alta no Centro-Oeste, durante junho, o que agrava o risco de incêndios, principalmente no cerrado.

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