Prefeituras querem aumentar fiscalização em boates
Após o incêndio que matou 231 pessoas na boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, governos anunciam medidas de controle
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Última atualização em 11 de outubro de 2016 às 11h43.
São Paulo - Após o incêndio que matou 231 pessoas na boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, e o pedido da presidente Dilma Rousseff para que seja reforçada a fiscalização das casas noturnas, prefeituras, governos estaduais e associações de moradores mostram preocupação com esse tipo de estabelecimento e anunciam medidas de controle.
No caso mais extremo, a prefeitura de Americana, no interior paulista, cassou na segunda-feira (28) o alvará de todas as boates da cidade para confirmar a presença de brigadistas nos locais.
Em Alagoas, o secretário de Estado da Defesa Social, Dário Cesar, escreveu ontem, em seu perfil no Twitter, que se reuniu com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros e que determinou que fosse feita vistoria em todas as "casas de diversão", a fim de verificar se os proprietários cumprem as exigências legais para o seu funcionamento. "Tragédias também têm que servir de ensinamento!" disse ele, na rede de microblog.
As prefeituras de Fortaleza e de Manaus anunciaram que já estão com a fiscalização em andamento. Em São Paulo, o Corpo de Bombeiros informou que nos últimos dois anos a corporação vetou 70% dos pedidos para atestar a segurança de boates e outros locais de festa.
Cidade histórica
A preocupação com a segurança desses locais também mobiliza moradores de cidades históricas, como Paraty, no Rio de Janeiro.
A Associação de Moradores do Centro Histórico de Paraty (Amap Paraty) subscreveu ofício no início desta semana, encaminhado ao Ministério Público, à prefeitura da cidade e ao Corpo de Bombeiros, alertando para as irregularidades de um estabelecimento situado na antiga Rua da Matriz.
O ofício diz que o local não tem alvará de funcionamento e nem do Corpo de Bombeiros, não tem saídas de emergência e nem equipamentos de combate a incêndio, o volume do som é muito acima do permitido em lei e o madeiramento do telhado está com risco de ruir.
"As casas são antigas, a maioria delas de madeira, fácil à propagação de fogo, não têm porta de emergência, então a nossa preocupação é ainda maior", diz o presidente da entidade Ricardo Rameck.
Ontem, a presidente Dilma cobrou dos prefeitos reunidos em Brasília fiscalização das casas noturnas. "Diante dessa tragédia (ocorrida em Santa Maria), temos o dever de assumir o compromisso de evitar que coisa semelhante jamais venha a se repetir", disse ela.
Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), vai criar hoje uma comissão parlamentar para redigir uma proposta de legislação que unifique as normas básicas de segurança em edificações para todo o território nacional.
São Paulo - Após o incêndio que matou 231 pessoas na boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, e o pedido da presidente Dilma Rousseff para que seja reforçada a fiscalização das casas noturnas, prefeituras, governos estaduais e associações de moradores mostram preocupação com esse tipo de estabelecimento e anunciam medidas de controle.
No caso mais extremo, a prefeitura de Americana, no interior paulista, cassou na segunda-feira (28) o alvará de todas as boates da cidade para confirmar a presença de brigadistas nos locais.
Em Alagoas, o secretário de Estado da Defesa Social, Dário Cesar, escreveu ontem, em seu perfil no Twitter, que se reuniu com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros e que determinou que fosse feita vistoria em todas as "casas de diversão", a fim de verificar se os proprietários cumprem as exigências legais para o seu funcionamento. "Tragédias também têm que servir de ensinamento!" disse ele, na rede de microblog.
As prefeituras de Fortaleza e de Manaus anunciaram que já estão com a fiscalização em andamento. Em São Paulo, o Corpo de Bombeiros informou que nos últimos dois anos a corporação vetou 70% dos pedidos para atestar a segurança de boates e outros locais de festa.
Cidade histórica
A preocupação com a segurança desses locais também mobiliza moradores de cidades históricas, como Paraty, no Rio de Janeiro.
A Associação de Moradores do Centro Histórico de Paraty (Amap Paraty) subscreveu ofício no início desta semana, encaminhado ao Ministério Público, à prefeitura da cidade e ao Corpo de Bombeiros, alertando para as irregularidades de um estabelecimento situado na antiga Rua da Matriz.
O ofício diz que o local não tem alvará de funcionamento e nem do Corpo de Bombeiros, não tem saídas de emergência e nem equipamentos de combate a incêndio, o volume do som é muito acima do permitido em lei e o madeiramento do telhado está com risco de ruir.
"As casas são antigas, a maioria delas de madeira, fácil à propagação de fogo, não têm porta de emergência, então a nossa preocupação é ainda maior", diz o presidente da entidade Ricardo Rameck.
Ontem, a presidente Dilma cobrou dos prefeitos reunidos em Brasília fiscalização das casas noturnas. "Diante dessa tragédia (ocorrida em Santa Maria), temos o dever de assumir o compromisso de evitar que coisa semelhante jamais venha a se repetir", disse ela.
Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), vai criar hoje uma comissão parlamentar para redigir uma proposta de legislação que unifique as normas básicas de segurança em edificações para todo o território nacional.