Prefeitura do Rio passa a administrar Hospital Rocha Faria
As unidades atendem 10 mil pacientes por dia em uma das áreas mais populosas da cidade
Da Redação
Publicado em 11 de janeiro de 2016 às 07h42.
Adotada para melhorar a gestão de dois hospitais estaduais de urgência e emergência, em crise por falta de recursos, a municipalização, que avança hoje (11) com a entrega das chaves do Hospital Rocha Faria, em Realengo, à prefeitura do Rio de Janeiro , encontra resistência.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a Defensoria Pública cobram informações que justifiquem a escolha do Rocha Faria e do Albert Schweitzer – e não de outros – e como será a partir de agora.
As unidades atendem 10 mil pacientes por dia em uma das áreas mais populosas da cidade.
Profissionais de saúde e parlamentares alegam que a medida foi tomada sem critérios claros e sem transparência.
Segundo o vereador Paulo Pinheiro (PSOL), a transferência da gestão à prefeitura de hospitais de urgência, conforme orienta o Ministério da Saúde, era desejada, mas desde que planejada para melhorar as unidades mais precárias.
“A municipalização precisa ter recursos e ser detalhada tecnicamente. Aliás, nesta crise, quem precisava ser municipalizado e estava em piores condições era o Getúlio Vargas, na Penha – que deveria ser o primeiro, depois o Carlos Chagas, seguindo a Avenida Brasil”, afirmou.
Da Comissão de Saúde, o vereador chama a atenção para a ausência de uma discussão aberta sobre o modelo de gestão, já que a Secretaria de Saúde cogitou entregá-la a organizações sociais (OS). Segundo Pinheiro, a administração própria é mais barata e eficiente.
A gestão pelas organizações de saúde também preocupa profissionais do setor contra a municipalização.
O Sindicato dos Médicos divulgou nota afirmando que a prefeitura não tem sido eficiente nas fiscalizações da OS e cita como exemplo os hospitais municipalizados Ronaldo Gazolla e Pedro II.
“A OS que gerenciava essas unidades se envolveu em desvio de verba e a prefeitura, que deveria ter fiscalizado todos os repasses, nunca fez nada, permitindo que o dinheiro público fosse utilizado de uma forma criminosa”, disse o presidente, Jorge Darze.
Paulo Pinheiro lembra que a prefeitura não separou dinheiro no orçamento de 2016 para arcar com os novos custos, que devem chegar a R$ 500 milhões por ano com as novas unidades e podem prejudicar outras áreas.
O prefeito disse que cortará programas sociais e pequenas obras.
Diante da situação, o vereador acredita que o município pode ficar sobrecarregado e chegar a ter de devolver os hospitais, como ocorreu em 2005, quando duas unidades federais municipalizadas, por falta de recursos e condições de atendimento, também chegaram a fechar .
A prefeitura se comprometeu a investir R$ 100 milhões no Rocha Faria e no Albert Schweitzer e a fazer reformas, inclusive no entorno, construindo, por exemplo, estacionamentos.
Mudanças nas rotinas, com a ampliação do horário de visitas, também estão previstas.
Adotada para melhorar a gestão de dois hospitais estaduais de urgência e emergência, em crise por falta de recursos, a municipalização, que avança hoje (11) com a entrega das chaves do Hospital Rocha Faria, em Realengo, à prefeitura do Rio de Janeiro , encontra resistência.
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro e a Defensoria Pública cobram informações que justifiquem a escolha do Rocha Faria e do Albert Schweitzer – e não de outros – e como será a partir de agora.
As unidades atendem 10 mil pacientes por dia em uma das áreas mais populosas da cidade.
Profissionais de saúde e parlamentares alegam que a medida foi tomada sem critérios claros e sem transparência.
Segundo o vereador Paulo Pinheiro (PSOL), a transferência da gestão à prefeitura de hospitais de urgência, conforme orienta o Ministério da Saúde, era desejada, mas desde que planejada para melhorar as unidades mais precárias.
“A municipalização precisa ter recursos e ser detalhada tecnicamente. Aliás, nesta crise, quem precisava ser municipalizado e estava em piores condições era o Getúlio Vargas, na Penha – que deveria ser o primeiro, depois o Carlos Chagas, seguindo a Avenida Brasil”, afirmou.
Da Comissão de Saúde, o vereador chama a atenção para a ausência de uma discussão aberta sobre o modelo de gestão, já que a Secretaria de Saúde cogitou entregá-la a organizações sociais (OS). Segundo Pinheiro, a administração própria é mais barata e eficiente.
A gestão pelas organizações de saúde também preocupa profissionais do setor contra a municipalização.
O Sindicato dos Médicos divulgou nota afirmando que a prefeitura não tem sido eficiente nas fiscalizações da OS e cita como exemplo os hospitais municipalizados Ronaldo Gazolla e Pedro II.
“A OS que gerenciava essas unidades se envolveu em desvio de verba e a prefeitura, que deveria ter fiscalizado todos os repasses, nunca fez nada, permitindo que o dinheiro público fosse utilizado de uma forma criminosa”, disse o presidente, Jorge Darze.
Paulo Pinheiro lembra que a prefeitura não separou dinheiro no orçamento de 2016 para arcar com os novos custos, que devem chegar a R$ 500 milhões por ano com as novas unidades e podem prejudicar outras áreas.
O prefeito disse que cortará programas sociais e pequenas obras.
Diante da situação, o vereador acredita que o município pode ficar sobrecarregado e chegar a ter de devolver os hospitais, como ocorreu em 2005, quando duas unidades federais municipalizadas, por falta de recursos e condições de atendimento, também chegaram a fechar .
A prefeitura se comprometeu a investir R$ 100 milhões no Rocha Faria e no Albert Schweitzer e a fazer reformas, inclusive no entorno, construindo, por exemplo, estacionamentos.
Mudanças nas rotinas, com a ampliação do horário de visitas, também estão previstas.