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Prefeitura de São Paulo libera passe livre para o dia da eleição; veja como vai funcionar

Segundo turno das eleições 2022 acontece no próximo domingo, 30 de outubro, e terá passagem gratuita nos ônibus da capital paulista; situação do metrô está indefinida

Transporte público em São Paulo: gratuidade de ônibus no segundo turno da eleição (Roberto Parizotti/Fotos Públicas)
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Carolina Riveira

Publicado em 24 de outubro de 2022 às 17h24.

Última atualização em 24 de outubro de 2022 às 18h19.

A Prefeitura de São Paulo anunciou que o uso dos ônibus na capital será gratuito no dia do segundo turno das eleições, no próximo domingo, 30 de outubro.

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Uma série de cidades têm autorizado a gratuidade no segundo turno, como forma de reduzir a abstenção (veja abaixo). São Paulo não havia tido gratuidade no primeiro turno.

A Justiça havia dado 48 horas para que a Prefeitura se manifestasse sobre o tema, após ação da vereadora e eleita deputada federal, Erika Hilton (PSOL) e manifestação favorável do Ministério Público do estado (MP-SP).

Inicialmente, a Prefeitura havia informado que não iria disponibilizar gratuidade e argumentou na ocasião que as tarifas já não estavam sendo reajustadas de acordo com a inflação nos últimos anos.

Como funcionará passe livre em São Paulo

O transporte nos ônibus será gratuito das 6 horas da manhã até às 20 horas na cidade, com "catraca livre", isto é, passageiros entrando e descendo pela porta da frente dos ônibus, segundo o prefeito.

A gratuidade será livre para todos, inclusive para os que não tiverem Bilhete Único (cartão usado para locomoção em ônibus e metrô na cidade).

Também não será necessário apresentar nenhum tipo de documento que mostre que o passageiro está indo votar. Nunes afirmou que não seria viável a operação de controlar o deslocamento.

O prefeito também anunciou que, como no primeiro turno, estarão nas ruas 2 mil ônibus a mais do que usualmente circulam no domingo, para fortalecer a operação no dia da eleição.

Metrô ainda não confirma gratuidade

O serviço de ônibus em São Paulo é gerido pela Prefeitura e o de trilhos, como trens e metrô, pelo governo estadual. O governo do estado, hoje comandado por Rodrigo Garcia (PSDB), ainda não havia se pronunciado sobre a cobrança de passagens no transporte sobre trilhos até o fechamento desta reportagem.

Em pronunciamento, Nunes afirmou que falou com Garcia sobre a gratuidade e que o governador viu a questão com "simpatia", mas disse que ainda iria se reunir com sua equipe para definir detalhes.

Nunes e Garcia apoiam Tarcísio de Freitas (Republicanos), que disputa o governo de São Paulo contra Fernando Haddad (PT). Garcia disputou o primeiro turno da eleição para governador, mas não teve votos suficientes para ir à segunda etapa, ficando em terceiro lugar.

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Uma série de cidades têm anunciado nos últimos dias a gratuidade no transporte para o dia da eleição. O ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), indicou que a medida não configura improbidade administrativa, em decisão que foi depois confirmada pelo plenário do STF.

Mais de 20 capitais já anunciaram gratuidade, como Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

2 milhões não votaram em São Paulo

O debate sobre a gratuidade no transporte público ganhou força com a abstenção recorde de eleitores no primeiro turno. Mais de 32 milhões de brasileiros aptos não se deslocaram para votar, e números mostram que a abstenção foi maior entre eleitores menos escolarizados e em bairros mais pobres.

Na capital paulista, quase 2 milhões de pessoas não votaram no primeiro turno, uma abstenção de 21,3%, acima da média nacional, de 20,9%.

Analistas apontam que a abstenção tende a prejudicar sobretudo a campanha do ex-presidente Lula, que venceu em bairros da periferia de São Paulo no primeiro turno.

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Puxado pelos votos da periferia, Lula venceu na cidade de São Paulo, com 47,5% dos votos contra 38% de Bolsonaro. Mais do que o percentual, como a EXAME mostrou, a capital paulista deu ao ex-presidente o maior saldo de votos contra Bolsonaro do Brasil (foram quase 658 mil votos a mais do que Bolsonaro).

Lula defende transporte gratuito

Nesta segunda-feira, em pronunciamento, Lula disse que o foco da campanha nesta última semana será "convencer as pessoas que não foram votar que compareçam para votar". O combate à abstenção tem sido um dos pontos de atenção da campanha petista.

O ex-presidente defendeu que municípios ofereçam transporte gratuito à população e elogiou a decisão de Barroso. "(Vamos) tentar ganhar cada voto, tentar facilitar que as pessoas vão votar", disse Lula.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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