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Por melhor transporte, protestos interditam rodovias do DF

De acordo com o coronel Jaílson, que comandou a operação da PM, por volta das 8h30, ficou acertado que a DF-290 seria liberada em um sentido pelos manifestantes

Protestos no Entorno DF: até o início da tarde, pelo menos, 11 manifestantes tinham sido detidos e levados para a 33ª Delegacia de Polícia (Antonio Cruz/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 17h03.

Brasília - Manifestantes protestaram hoje (17) em cinco pontos diferentes por melhoria do transporte público na capital federal e no Entorno, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal. Três deles na BR-040 e dois na DF-290. Em todos, houve, por alguns momentos, interdição total das vias. Todas as estradas já estão liberadas.

No bairro Jardim Céu Azul, em Valparaíso 2, município goiano a 40 quilômetros de Brasília, cerca de 300 manifestantes e a Polícia Militar (PM) entraram em confronto no início da manhã na DF-290.

A situação foi controlada às 14h30. De acordo com o coronel Jaílson, que comandou a operação da PM, por volta das 8h30, ficou acertado que a DF-290 seria liberada em um sentido pelos manifestantes, após cinco deles serem encaminhados à prefeitura para apresentarem as reivindicações a representantes da empresa Viação Anapolina (Vian), do município, do governo do Distrito Federal e do DF Trans, autarquia responsável pelo transporte urbano.

“Levamos os cinco até a prefeitura. O acordado era que, com isso, a situação melhorasse, o que não ocorreu. Quando a Tropa de Choque chegou foi agredida e então começou novo confronto”, disse à Agência Brasil.

Estudante de Sociologia na Universidade de Brasília (UnB), Marcos Nogueira, que mora na cidade, foi um dos escolhidos para participar da reunião com as autoridades. Segundo ele, os problemas ocorridos se devem “à relação negativa entre policiais e moradores do Ceú Azul, decorrente dos abusos policiais comumente praticados” na região.

“O transporte é uma reclamação antiga aqui. Por exemplo, o fluxo de estudantes para a UnB é muito grande. Não conseguimos passe estudantil porque a empresa não é do DF. É uma situação muito chata para quem precisa ir a Brasília para estudar”, disse o estudante, escolhido como porta-voz dos manifestantes.


Até o início da tarde, pelo menos, 11 manifestantes na DF-290 tinham sido detidos e levados para a 33ª Delegacia de Polícia, em Santa Maria, cidade do Distrito Federal.

Os manifestantes atearam fogo a ônibus, fizeram barricadas, jogaram pedras e fogos de artifício. Os policiais revidaram com bombas de gás lacrimogêneo. Policiais de Goiás também participaram da operação.

Segundo o motorista da Viação Anapolina (Vian), empresa que atua no local, Manoel Bertozo Oliveira, 40 anos, o problema começou por volta das 4h, quando os funcionários da empresa, insatisfeitos por não receber salário, recusaram-se a sair da garagem, que está fechada desde sexta-feira.

“A população se revoltou com isso e porque os nossos ônibus não têm a menor condição de circular. Já dirigi veículos quase sem freio, com pneu liso, que depois até estourou, e com o banco escorado com madeira. A insatisfação é muito grande e se recusar a sair com ônibus desse jeito eles descontam três dias do pagamento”, disse o motorista à Agência Brasil.

Na reunião, segundo o universitário Marcos Nogueira, as autoridades informaram que, em 30 dias, duas empresas irão fazer a mesma rota da Vian para atender à demanda e que serão feitos estudos de viabilidade para melhorar o transporte público e a implantação do passe estudantil.

De acordo com ele, mais de 20 pessoas foram detidas acusadas de depredação do patrimônio público. Algumas delas, disse o estudante, não estavam envolvidas na manifestação. "Identificamos casos de violação de direitos humanos e pessoas agredidas".

A Agência Brasil tentou contato com a prefeitura de Valparaíso de Goiás e com a administração de Ceú Azul, mas não obteve retorno até a publicação do texto.

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Brasília - Manifestantes protestaram hoje (17) em cinco pontos diferentes por melhoria do transporte público na capital federal e no Entorno, segundo a Polícia Militar do Distrito Federal. Três deles na BR-040 e dois na DF-290. Em todos, houve, por alguns momentos, interdição total das vias. Todas as estradas já estão liberadas.

No bairro Jardim Céu Azul, em Valparaíso 2, município goiano a 40 quilômetros de Brasília, cerca de 300 manifestantes e a Polícia Militar (PM) entraram em confronto no início da manhã na DF-290.

A situação foi controlada às 14h30. De acordo com o coronel Jaílson, que comandou a operação da PM, por volta das 8h30, ficou acertado que a DF-290 seria liberada em um sentido pelos manifestantes, após cinco deles serem encaminhados à prefeitura para apresentarem as reivindicações a representantes da empresa Viação Anapolina (Vian), do município, do governo do Distrito Federal e do DF Trans, autarquia responsável pelo transporte urbano.

“Levamos os cinco até a prefeitura. O acordado era que, com isso, a situação melhorasse, o que não ocorreu. Quando a Tropa de Choque chegou foi agredida e então começou novo confronto”, disse à Agência Brasil.

Estudante de Sociologia na Universidade de Brasília (UnB), Marcos Nogueira, que mora na cidade, foi um dos escolhidos para participar da reunião com as autoridades. Segundo ele, os problemas ocorridos se devem “à relação negativa entre policiais e moradores do Ceú Azul, decorrente dos abusos policiais comumente praticados” na região.

“O transporte é uma reclamação antiga aqui. Por exemplo, o fluxo de estudantes para a UnB é muito grande. Não conseguimos passe estudantil porque a empresa não é do DF. É uma situação muito chata para quem precisa ir a Brasília para estudar”, disse o estudante, escolhido como porta-voz dos manifestantes.


Até o início da tarde, pelo menos, 11 manifestantes na DF-290 tinham sido detidos e levados para a 33ª Delegacia de Polícia, em Santa Maria, cidade do Distrito Federal.

Os manifestantes atearam fogo a ônibus, fizeram barricadas, jogaram pedras e fogos de artifício. Os policiais revidaram com bombas de gás lacrimogêneo. Policiais de Goiás também participaram da operação.

Segundo o motorista da Viação Anapolina (Vian), empresa que atua no local, Manoel Bertozo Oliveira, 40 anos, o problema começou por volta das 4h, quando os funcionários da empresa, insatisfeitos por não receber salário, recusaram-se a sair da garagem, que está fechada desde sexta-feira.

“A população se revoltou com isso e porque os nossos ônibus não têm a menor condição de circular. Já dirigi veículos quase sem freio, com pneu liso, que depois até estourou, e com o banco escorado com madeira. A insatisfação é muito grande e se recusar a sair com ônibus desse jeito eles descontam três dias do pagamento”, disse o motorista à Agência Brasil.

Na reunião, segundo o universitário Marcos Nogueira, as autoridades informaram que, em 30 dias, duas empresas irão fazer a mesma rota da Vian para atender à demanda e que serão feitos estudos de viabilidade para melhorar o transporte público e a implantação do passe estudantil.

De acordo com ele, mais de 20 pessoas foram detidas acusadas de depredação do patrimônio público. Algumas delas, disse o estudante, não estavam envolvidas na manifestação. "Identificamos casos de violação de direitos humanos e pessoas agredidas".

A Agência Brasil tentou contato com a prefeitura de Valparaíso de Goiás e com a administração de Ceú Azul, mas não obteve retorno até a publicação do texto.

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