Reunião do PMDB sobre apoio ao governo é mantida, diz fonte
Temer havia chamado uma reunião com lideranças peemedebistas para discutir o adiamento da reunião sobre a permanência ou não no governo Dilma
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2016 às 22h52.
Brasília - A reunião do diretório nacional do PMDB que discutirá o desembarque do partido do governo da presidente Dilma Rousseff foi mantida para o dia 29, terça-feira da próxima semana, após reunião do vice-presidente Michel Temer com deputados federais da legenda, disse à Reuters uma fonte do partido.
Temer havia chamado uma reunião com lideranças peemedebistas para discutir o adiamento da reunião sobre a permanência ou não no governo Dilma, mas no encontro com cerca de 30 deputados do PMDB, os parlamentares insistiram na manutenção da data, afirmou a fonte, que falou sob condição de anonimato.
Essa fonte disse que a expectativa é de que o PMDB decida pelo desembarque na próxima semana, mas que a decisão não deve ser unânime. Além disso, os sete peemedebistas que ocupam ministérios no governo Dilma devem receber prazo até meados de abril para deixarem seus postos.
Temer se reunirá ainda nesta noite com os ministros do PMDB para informá-los da manutenção da data da reunião.
Mais cedo, outras duas fontes ligadas ao partido disseram que Temer havia convocado as bancadas do PMDB no Congresso, os ministros do partido e parte da executiva nacional da legenda para tentar um acordo que poderia levar a um adiamento da decisão.
No entanto, de acordo com a primeira fonte, que conversou com a Reuters após o encontro do vice-presidente com os deputados, nessa reunião chegou-se à conclusão de que o adiamento poderia passar a ideia de que o partido estava atendendo a um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu de Dilma a missão de reaproximar o governo do PMDB.
Mesmo com a nomeação para o comando da Casa Civil de Dilma suspensa pela Justiça, Lula tem trabalhado nessa reaproximação e nesta terça se reuniu com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o ex-presidente José Sarney.
Os deputados fizeram a avaliação de que passar a ideia de que o PMDB cedeu a um pedido de Lula enfraqueceria o partido. A avaliação, de acordo com a fonte, foi a de que a entrada de Lula no circuito acabou por atrapalhar as intenções do governo.
O adiamento da reunião era um desejo da ala mais governista do PMDB --especialmente os sete ministros peemedebistas. A proposta de decidir pelo desembarque em até 30 dias foi aprovada na convenção do PMDB, há 10 dias, em Brasília.
Na semana passada, a executiva do partido anunciou que a reunião seria na próxima semana, mas os ministros peemedebistas resistem a uma decisão definitiva. A decisão do PMDB de manter a data da reunião do diretório e, caso confirmada nesse encontro, a saída do partido do governo, são novos reveses para Dilma, que é alvo de um pedido de abertura de impeachment na Câmara dos Deputados.
Na reunião de coordenação política, na última segunda-feira, a presidente avaliou que a principal estratégia do governo teria que ser segurar o PMDB na base aliada, assegurar os votos no Congresso e reconquistar a ajuda de Temer.
Brasília - A reunião do diretório nacional do PMDB que discutirá o desembarque do partido do governo da presidente Dilma Rousseff foi mantida para o dia 29, terça-feira da próxima semana, após reunião do vice-presidente Michel Temer com deputados federais da legenda, disse à Reuters uma fonte do partido.
Temer havia chamado uma reunião com lideranças peemedebistas para discutir o adiamento da reunião sobre a permanência ou não no governo Dilma, mas no encontro com cerca de 30 deputados do PMDB, os parlamentares insistiram na manutenção da data, afirmou a fonte, que falou sob condição de anonimato.
Essa fonte disse que a expectativa é de que o PMDB decida pelo desembarque na próxima semana, mas que a decisão não deve ser unânime. Além disso, os sete peemedebistas que ocupam ministérios no governo Dilma devem receber prazo até meados de abril para deixarem seus postos.
Temer se reunirá ainda nesta noite com os ministros do PMDB para informá-los da manutenção da data da reunião.
Mais cedo, outras duas fontes ligadas ao partido disseram que Temer havia convocado as bancadas do PMDB no Congresso, os ministros do partido e parte da executiva nacional da legenda para tentar um acordo que poderia levar a um adiamento da decisão.
No entanto, de acordo com a primeira fonte, que conversou com a Reuters após o encontro do vice-presidente com os deputados, nessa reunião chegou-se à conclusão de que o adiamento poderia passar a ideia de que o partido estava atendendo a um pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recebeu de Dilma a missão de reaproximar o governo do PMDB.
Mesmo com a nomeação para o comando da Casa Civil de Dilma suspensa pela Justiça, Lula tem trabalhado nessa reaproximação e nesta terça se reuniu com o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e com o ex-presidente José Sarney.
Os deputados fizeram a avaliação de que passar a ideia de que o PMDB cedeu a um pedido de Lula enfraqueceria o partido. A avaliação, de acordo com a fonte, foi a de que a entrada de Lula no circuito acabou por atrapalhar as intenções do governo.
O adiamento da reunião era um desejo da ala mais governista do PMDB --especialmente os sete ministros peemedebistas. A proposta de decidir pelo desembarque em até 30 dias foi aprovada na convenção do PMDB, há 10 dias, em Brasília.
Na semana passada, a executiva do partido anunciou que a reunião seria na próxima semana, mas os ministros peemedebistas resistem a uma decisão definitiva. A decisão do PMDB de manter a data da reunião do diretório e, caso confirmada nesse encontro, a saída do partido do governo, são novos reveses para Dilma, que é alvo de um pedido de abertura de impeachment na Câmara dos Deputados.
Na reunião de coordenação política, na última segunda-feira, a presidente avaliou que a principal estratégia do governo teria que ser segurar o PMDB na base aliada, assegurar os votos no Congresso e reconquistar a ajuda de Temer.