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PM negocia e estudantes saem de escola ocupada em São Paulo

Cerca de 30 PMs da Força Tática do Batalhão do centro da capital trabalharam na ação para que os 40 estudantes desocupassem o colégio

PM fez uma operação, na noite deste sábado (8), para desocupar a Escola Estadual Caetano de Campos, na Praça Roosevelt, centro de São Paulo (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2016 às 22h18.

São Paulo - A Polícia Militar fez uma operação, na noite deste sábado (8), para desocupar a Escola Estadual Caetano de Campos, na Praça Roosevelt, centro de São Paulo , ocupada por estudantes contrários à Medida Provisória que reforma o ensino médio no País e a Proposta de Emenda à Constituição que cria um teto de crescimento para os gastos públicos, propostas pelo governo Michel Temer. Era a primeira escola ocupada no Estado de São Paulo.

Cerca de 30 PMs da Força Tática do Batalhão do centro da capital estão na ação. Segundo a PM, o colégio foi ocupado por 40 estudantes. A ocupação - a primeira de São Paulo - ocorreu na noite de sexta-feira (7).

De acordo com o coronel Gasparian, da 2ª Companhia do 7º Batalhão da PM, a polícia e a diretora da escola estiveram em conversa com os alunos para negociar a saída do prédio. Os estudantes deixaram a escola depois de uma conversa de cerca de 30 minutos com um coronel da Polícia Militar, a diretora e uma representante do Conselho Tutelar. Saíram com punhos erguidos, enquanto gritavam "não tem arrego".

Antes da negociação, o coronel havia informado que, mesmo que não houvesse colaboração dos manifestantes, a PM faria a desocupação. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) se valia de um parecer, da Procuradoria-Geral do Estado, que garantia a autotutela das escolas - o que dispensa, nessa versão, mandado de reintegração de posse emitido pelo Poder Judiciário.

Estudantes, que não quiseram se identificar, disseram que a polícia não deixou alternativas a eles. "As opções da negociação eram que saíssemos voluntariamente ou então, à força", disse um estudante. Assim, optaram por sair. O coronel afirmou que os estudantes tentaram negociar outra data para a desocupação, mas o pedido não foi aceito.

Em jogral, os jovens disseram que a mobilização não termina com a desocupação da escola e que a luta contra a MP do Ensino médio e a PEC 241 continua, prometendo novas ocupações de escolas.

A PM entrou na escola após a desocupação, para garantir que não havia mais nenhuma pessoa dentro e para a vistoria do prédio. "Eu não conhecia a escola antes, mas a princípio a diretora disse que não houve danos", declarou o coronel. A PM informou ainda que deve permanecer no entorno da Praça Roosevelt durante a noite para evitar novas ocupações.

De acordo com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), há 62 colégios tomados no Paraná, Minas Gerais, Goiás, Brasília, Rio Grande do Norte e Mato Grosso. Procurado, o ministro da Educação, Mendonça Filho, não quis se pronunciar sobre a ocupação de escolas.

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São Paulo - A Polícia Militar fez uma operação, na noite deste sábado (8), para desocupar a Escola Estadual Caetano de Campos, na Praça Roosevelt, centro de São Paulo , ocupada por estudantes contrários à Medida Provisória que reforma o ensino médio no País e a Proposta de Emenda à Constituição que cria um teto de crescimento para os gastos públicos, propostas pelo governo Michel Temer. Era a primeira escola ocupada no Estado de São Paulo.

Cerca de 30 PMs da Força Tática do Batalhão do centro da capital estão na ação. Segundo a PM, o colégio foi ocupado por 40 estudantes. A ocupação - a primeira de São Paulo - ocorreu na noite de sexta-feira (7).

De acordo com o coronel Gasparian, da 2ª Companhia do 7º Batalhão da PM, a polícia e a diretora da escola estiveram em conversa com os alunos para negociar a saída do prédio. Os estudantes deixaram a escola depois de uma conversa de cerca de 30 minutos com um coronel da Polícia Militar, a diretora e uma representante do Conselho Tutelar. Saíram com punhos erguidos, enquanto gritavam "não tem arrego".

Antes da negociação, o coronel havia informado que, mesmo que não houvesse colaboração dos manifestantes, a PM faria a desocupação. A gestão Geraldo Alckmin (PSDB) se valia de um parecer, da Procuradoria-Geral do Estado, que garantia a autotutela das escolas - o que dispensa, nessa versão, mandado de reintegração de posse emitido pelo Poder Judiciário.

Estudantes, que não quiseram se identificar, disseram que a polícia não deixou alternativas a eles. "As opções da negociação eram que saíssemos voluntariamente ou então, à força", disse um estudante. Assim, optaram por sair. O coronel afirmou que os estudantes tentaram negociar outra data para a desocupação, mas o pedido não foi aceito.

Em jogral, os jovens disseram que a mobilização não termina com a desocupação da escola e que a luta contra a MP do Ensino médio e a PEC 241 continua, prometendo novas ocupações de escolas.

A PM entrou na escola após a desocupação, para garantir que não havia mais nenhuma pessoa dentro e para a vistoria do prédio. "Eu não conhecia a escola antes, mas a princípio a diretora disse que não houve danos", declarou o coronel. A PM informou ainda que deve permanecer no entorno da Praça Roosevelt durante a noite para evitar novas ocupações.

De acordo com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), há 62 colégios tomados no Paraná, Minas Gerais, Goiás, Brasília, Rio Grande do Norte e Mato Grosso. Procurado, o ministro da Educação, Mendonça Filho, não quis se pronunciar sobre a ocupação de escolas.

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