Planalto escala Levy para a defesa de pacote fiscal
Ministro da Fazenda conversa com partidos para impedir mudanças no teor do projeto no Congresso
Da Redação
Publicado em 21 de fevereiro de 2015 às 09h42.
Brasília - Na tentativa de driblar negociadores que querem "suavizar" seu plano de ajuste fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy , está assumindo pessoalmente a articulação com o Congresso para emplacar seu projeto de corte de gastos e aumento de receitas.
Na segunda-feira, ele terá um jantar com a cúpula do PMDB no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer .
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , que completam a equipe econômica do governo, não foram convidados para a reunião.
Além de Temer, participarão do encontro pelo PMDB os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL), além dos líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e no Senado, Eunício Oliveira (CE).
Por ora, Levy tem agenda apenas com os peemedebistas, mas negociará com outros partidos. Cunha reconheceu que será "mais fácil" discutir o ajuste fiscal com Levy, autor do plano.
O PMDB quer perguntar ao ministro qual será o verdadeiro impacto das medidas nas contas públicas, o cenário para os próximos meses se o Congresso não aprovar as medidas e a margem de negociação com a qual o governo trabalha.
Para o Planalto, no entanto, não há margem de negociação em discussão, pois as medidas já estariam no limite do absolutamente necessário.
Um ministro, sob anonimato, explicou que, sem a aprovação do pacote e a subsequente economia de quase R$ 20 bilhões necessária aos cofres públicos, o governo teria de endurecer o contingenciamento de recursos do Orçamento de 2015, afetando outros programas oficiais.
O ministro lembrou que, desde que começou a trabalhar com o governo, Levy tem dito que é preciso cortar pelo menos R$ 66 bilhões nos gastos públicos deste ano - ou seja, as medidas provisórias representam parte do ajuste necessário para equilibrar os números fiscais.
Preocupações
As preocupações com o PMDB, que já mandou recado ao Planalto de que vai derrubar o veto de Dilma ao reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda , foram discutidas nesta sexta-feira (20) em uma reunião da coordenação política do governo.
Um dos ministros que integram o núcleo político aposta que Cunha vai chegar a um bom termo com o Planalto, embora reconheça que o presidente da Câmara também criará muitas dificuldades para o governo.
O Planalto também está preocupado com a articulação política no Senado. O PMDB resiste a indicar um líder para o governo na Casa. Por ora, o líder do PT, Humberto Costa (PE), ficará à frente dessa tarefa.
Brasília - Na tentativa de driblar negociadores que querem "suavizar" seu plano de ajuste fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy , está assumindo pessoalmente a articulação com o Congresso para emplacar seu projeto de corte de gastos e aumento de receitas.
Na segunda-feira, ele terá um jantar com a cúpula do PMDB no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer .
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini , que completam a equipe econômica do governo, não foram convidados para a reunião.
Além de Temer, participarão do encontro pelo PMDB os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e do Senado, Renan Calheiros (AL), além dos líder do partido na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e no Senado, Eunício Oliveira (CE).
Por ora, Levy tem agenda apenas com os peemedebistas, mas negociará com outros partidos. Cunha reconheceu que será "mais fácil" discutir o ajuste fiscal com Levy, autor do plano.
O PMDB quer perguntar ao ministro qual será o verdadeiro impacto das medidas nas contas públicas, o cenário para os próximos meses se o Congresso não aprovar as medidas e a margem de negociação com a qual o governo trabalha.
Para o Planalto, no entanto, não há margem de negociação em discussão, pois as medidas já estariam no limite do absolutamente necessário.
Um ministro, sob anonimato, explicou que, sem a aprovação do pacote e a subsequente economia de quase R$ 20 bilhões necessária aos cofres públicos, o governo teria de endurecer o contingenciamento de recursos do Orçamento de 2015, afetando outros programas oficiais.
O ministro lembrou que, desde que começou a trabalhar com o governo, Levy tem dito que é preciso cortar pelo menos R$ 66 bilhões nos gastos públicos deste ano - ou seja, as medidas provisórias representam parte do ajuste necessário para equilibrar os números fiscais.
Preocupações
As preocupações com o PMDB, que já mandou recado ao Planalto de que vai derrubar o veto de Dilma ao reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda , foram discutidas nesta sexta-feira (20) em uma reunião da coordenação política do governo.
Um dos ministros que integram o núcleo político aposta que Cunha vai chegar a um bom termo com o Planalto, embora reconheça que o presidente da Câmara também criará muitas dificuldades para o governo.
O Planalto também está preocupado com a articulação política no Senado. O PMDB resiste a indicar um líder para o governo na Casa. Por ora, o líder do PT, Humberto Costa (PE), ficará à frente dessa tarefa.