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Henrique Eduardo Alves é preso pela Polícia Federal

O mandado de prisão contra o ex-ministro do Turismo faz parte de um desdobramento das delações da Odebrecht

Henrique Eduardo Alves: o ex-ministro foi preso pela PF (Ueslei Marcelino/Reuters)
CC

Clara Cerioni

Publicado em 6 de junho de 2017 às 10h11.

Última atualização em 6 de junho de 2017 às 10h11.

São Paulo - A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira Henrique Eduardo Alves , ex-ministro do Turismo e ex-presidente da Câmara dos Deputados.

O mandado de prisão foi expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte e faz parte de um desdobramento das delações da Odebrecht . O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já preso em Curitiba, no Paraná, também teve pedido de prisão decretado.

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A operação "Manus" investiga corrupção e lavagem de R$ 77 milhões na construção da Arena das Dunas, em Natal, de acordo com comunicado emitido pela PF.  Cerca de 80 policiais cumprem 33 mandados, sendo 5 mandados de prisão preventiva (sem prazo), 6 de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e do Paraná.

A investigação se baseia em provas da Lava Jato , em especial às delações da Odebrecht, que apontam o pagamento de propina a Cunha e Alves, em troca de favorecimento a duas grandes empreiteiras envolvidas na construção do estádio, ainda segundo a PF.

"A partir das delações premiadas em inquéritos que tramitam no STF, e por meio de afastamento de sigilos fiscal, bancário e telefônico dos envolvidos, foram identificados diversos valores recebidos como doação eleitoral oficial, entre os anos de 2012 e 2014, que na verdade consistiram em pagamento de propina. Identificou-se também que os valores supostamente doados para a campanha eleitoral em 2014 de um dos investigados foram desviados em benefício pessoal", afirma o comunicado da PF.

A operação "Manus" é uma referência ao provérbio latino "Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat", que significa uma mão lava a outra.

Henrique Eduardo Alves foi ministro do Turismo nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer. Deixou o ministério em junho do ano passado depois que foi acusado pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado de receber R$ 1,55 milhão em propina maquiada de doações eleitorais.

 

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