Pezão diz que acatará decisão sobre rio Paraíba do Sul
Governador disse que irá acatar a decisão se os órgãos federais decidirem por desvio da água do rio Paraíba do Sul para São Paulo
Da Redação
Publicado em 5 de novembro de 2014 às 17h24.
Brasília - O governador eleito do Rio de Janeiro , Luiz Fernando Pezão, disse nesta quarta-feira que irá acatar a decisão se os órgãos federais decidirem por desvio da água do rio Paraíba do Sul para São Paulo, a fim de atender ao abastecimento dos paulistas que sofrem com a seca.
"Vou aguardar o posicionamento disso (pelos órgãos federais). Ali é um rio federal, que atende a três Estados, Rio, São Paulo e Minas Gerais. Se os técnicos chegarem a esta conclusão, só tenho a acatar", conformou-se Pezão ao sair do Palácio do Planalto, onde se reuniu com a presidente Dilma Rousseff.
O posicionamento do governador Pezão se contrapõe ao do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que deixou o cargo em abril deste ano, embora não fosse concorrer a nenhum cargo eleitoral.
Em março deste ano, também ao deixar reunião no Planalto, Sérgio Cabral avisou que não ia aceitar nenhuma ação liderada pela União para desviar água do curso de rios que cortam o Estado para destinar a São Paulo e exigiu estudos de impacto ambiental para iniciar quaisquer debates sobre o tema, ressaltando que a segurança hídrica do Rio de Janeiro era "inegociável".
A expectativa é que governo federal apresente a conclusão dos estudos que estão sendo realizados sobre o tema até esta quinta-feira.
Em entrevista hoje, o governador Pezão afirmou que "não está brigando" com o governador de são Paulo, Geraldo Alckmin.
"Não estou brigando com ninguém. Me relaciono otimamente com o governador Geraldo Alckmin. Aquele é um rio com regulação federal. Então, é seguir o que determinam os órgãos de controle federal, como a ANA (Agência Nacional de Águas), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Ministério das Minas e Energia", afirmou o governador do Rio
. Embora adote um tom mais ameno do que Cabral, Pezão ressaltou: "É claro que eu não vou deixar nunca o Estado do Rio de janeiro ser prejudicado".
O governador do Rio rebateu ainda a defesa de Alckmin de que a água do Paraíba do Sul é mais importante para São Paulo porque ali se trata de abastecer a população da cidade e não apenas geração de energia.
"Aquele complexo não é só para geração de energia. É importantíssimo. Já foi importante para geração de energia. Mas ele é fundamental para o abastecimento de água da cidade do Rio e da região metropolitana porque, quando as turbinas giram, mandam água", justificou o governador, explicando que aguarda o posicionamento dos órgãos federais sobre o caso.
Questionado se pediu à presidente Dilma que fizesse uma intervenção em favor do Rio em relação à questão da água, o governador respondeu que não, alegando que estava ali para tratar de outros temas e não este. Estava ali para parabenizá-la pela vitória e agradecer o apoio dado ao Estado.
Dívida
Pezão disse que estava indo para o Congresso a fim de acompanhar a votação da proposta de alteração do indexador da dívida dos Estados e municípios.
O governo federal aceita trocar o indexador da dívida, que hoje é de 6% a 9% de juros mais IGP-DI, para 4% de juros, mais Selic ou IPCA, o índice que for menor.
Mas rejeita a proposta do retroatividade da renegociação da dívida, que o governo considera oneroso para os cofres públicos. Os governadores e prefeitos querem esta retroatividade para poderem respirar aliviados com suas contas.
O governador do Rio disse que "mudar o indexador já ajuda muito". E emendou: "quem tem dívida corrigida pelo IGP-DI, mudar já ajuda". Para ele, no entanto, se puder haver retroatividade, "melhor ainda".
Brasília - O governador eleito do Rio de Janeiro , Luiz Fernando Pezão, disse nesta quarta-feira que irá acatar a decisão se os órgãos federais decidirem por desvio da água do rio Paraíba do Sul para São Paulo, a fim de atender ao abastecimento dos paulistas que sofrem com a seca.
"Vou aguardar o posicionamento disso (pelos órgãos federais). Ali é um rio federal, que atende a três Estados, Rio, São Paulo e Minas Gerais. Se os técnicos chegarem a esta conclusão, só tenho a acatar", conformou-se Pezão ao sair do Palácio do Planalto, onde se reuniu com a presidente Dilma Rousseff.
O posicionamento do governador Pezão se contrapõe ao do ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que deixou o cargo em abril deste ano, embora não fosse concorrer a nenhum cargo eleitoral.
Em março deste ano, também ao deixar reunião no Planalto, Sérgio Cabral avisou que não ia aceitar nenhuma ação liderada pela União para desviar água do curso de rios que cortam o Estado para destinar a São Paulo e exigiu estudos de impacto ambiental para iniciar quaisquer debates sobre o tema, ressaltando que a segurança hídrica do Rio de Janeiro era "inegociável".
A expectativa é que governo federal apresente a conclusão dos estudos que estão sendo realizados sobre o tema até esta quinta-feira.
Em entrevista hoje, o governador Pezão afirmou que "não está brigando" com o governador de são Paulo, Geraldo Alckmin.
"Não estou brigando com ninguém. Me relaciono otimamente com o governador Geraldo Alckmin. Aquele é um rio com regulação federal. Então, é seguir o que determinam os órgãos de controle federal, como a ANA (Agência Nacional de Águas), a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e o Ministério das Minas e Energia", afirmou o governador do Rio
. Embora adote um tom mais ameno do que Cabral, Pezão ressaltou: "É claro que eu não vou deixar nunca o Estado do Rio de janeiro ser prejudicado".
O governador do Rio rebateu ainda a defesa de Alckmin de que a água do Paraíba do Sul é mais importante para São Paulo porque ali se trata de abastecer a população da cidade e não apenas geração de energia.
"Aquele complexo não é só para geração de energia. É importantíssimo. Já foi importante para geração de energia. Mas ele é fundamental para o abastecimento de água da cidade do Rio e da região metropolitana porque, quando as turbinas giram, mandam água", justificou o governador, explicando que aguarda o posicionamento dos órgãos federais sobre o caso.
Questionado se pediu à presidente Dilma que fizesse uma intervenção em favor do Rio em relação à questão da água, o governador respondeu que não, alegando que estava ali para tratar de outros temas e não este. Estava ali para parabenizá-la pela vitória e agradecer o apoio dado ao Estado.
Dívida
Pezão disse que estava indo para o Congresso a fim de acompanhar a votação da proposta de alteração do indexador da dívida dos Estados e municípios.
O governo federal aceita trocar o indexador da dívida, que hoje é de 6% a 9% de juros mais IGP-DI, para 4% de juros, mais Selic ou IPCA, o índice que for menor.
Mas rejeita a proposta do retroatividade da renegociação da dívida, que o governo considera oneroso para os cofres públicos. Os governadores e prefeitos querem esta retroatividade para poderem respirar aliviados com suas contas.
O governador do Rio disse que "mudar o indexador já ajuda muito". E emendou: "quem tem dívida corrigida pelo IGP-DI, mudar já ajuda". Para ele, no entanto, se puder haver retroatividade, "melhor ainda".