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Pedágio no Brexit; Via Varejo à venda?…

Um pedágio no Brexit O Supremo Tribunal de Londres decretou nesta quinta-feira que o governo do Reino Unido não tem o direito de iniciar o Brexit, processo de saída da União Europeia, sem consultar antes o Parlamento. Para a Justiça, deixar a União Europeia implica mudar as próprias leis britânicas, e o Executivo não pode […]

THERESA MAY: a premiê desejava iniciar o processo de saída da União Europeia em março / Kirsty Wigglesworth/ Reuters
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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 06h10.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h40.

Um pedágio no Brexit

O Supremo Tribunal de Londres decretou nesta quinta-feira que o governo do Reino Unido não tem o direito de iniciar o Brexit, processo de saída da União Europeia, sem consultar antes o Parlamento. Para a Justiça, deixar a União Europeia implica mudar as próprias leis britânicas, e o Executivo não pode fazê-lo sozinho, pois isso contraria as regras do sistema parlamentarista. Para o governo, no entanto, não há necessidade de aval dos parlamentares, pois a decisão já foi tomada pelo próprio povo no referendo realizado no dia 23 de junho, quando 53,4% da população optou por deixar o bloco. A decisão da Justiça joga um balde de água fria nos planos da premiê Theresa May, que desejava iniciar o processo de saída em março do ano que vem.

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Decisão adiada

Mesmo depois da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal terem votado contra a possibilidade de réus em processos judiciais que estão na linha sucessória da Presidência assumirem o cargo, o julgamento foi adiado. O ministro Dias Toffoli pediu vistas do processo para analisar melhor o caso. A ação impacta diretamente o presidente do Senado, Renan Calheiros, que poderia assumir a Presidência caso Michel Temer e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não ficassem possibilitados. O senador tem 12 processos correndo no STF, mas ainda não é réu em nenhum deles.

Palocci vira réu

O ex-ministro Antônio Palocci se tornou réu na Operação Lava-Jato. O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia feita pelo Ministério Público contra o político, contra o empreiteiro Marcelo Odebrecht e outras 13 pessoas. Os crimes são corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Palocci está preso desde o dia 26 de setembro, quando foi realizada a Omertà, 35ª fase da operação. Também foi pedido o bloqueio de mais de 280 milhões de reais.

Via Varejo à venda

O Grupo Pão de Açúcar contratou o banco Santander para estudar “alternativas estratégicas” para a Via Varejo, dona das varejistas Casas Bahia e Ponto Frio. Em bom português: o grupo começou a procurar um comprador para o negócio. O GPA tem 43% da Via Varejo, mas o negócio nunca foi prioridade para o grupo Casino, seu controlador. A Via Varejo vale estimados 4 bilhões de reais e teve prejuízo de 90 milhões de reais no terceiro trimestre.

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Natura vs. Avon

A fabricante de cosméticos Avon teve um crescimento de 14% em sua receita no Brasil no terceiro trimestre deste ano, na comparação anual. Segundo a companhia americana, a melhora no desempenho veio de sua base de consultoras e médias de pedidos. Segundo analistas do banco UBS, “este é o terceiro trimestre seguido que a Avon apresenta um desempenho superior ao da Natura no segmento de vendas diretas”. Enquanto isso, a Natura divulgou na semana passada uma queda de 44,6% no lucro (73,1 milhões de reais) e de 4,7% na receita (1,9 bilhão de reais) no terceiro trimestre. “A diferença das vendas no terceiro trimestre é uma das maiores da história”, ressaltou o UBS. As ações da Natura caíram 5,3% nesta quinta-feira.

US$ 120 bi no Brasil

O fluxo capital estrangeiro aplicado no Brasil deve chegar 120 bilhões de dólares em 2017, um aumento de 9,1% em relação aos 110 bilhões de reais neste ano, segundo relatório do Instituto de Finanças Internacionais (IIF), divulgado nesta quinta-feira. Segundo o IIF, o Brasil responderá por mais da metade dos 237 bilhões de dólares que devem chegar à América Latina no próximo ano. O valor deve ser alocado principalmente no mercado de ações. A melhora, segundo o relatório, deve vir da aprovação de reformas fiscais e do aumento da coordenação das políticas monetárias e fiscais.

Por enquanto, Hillary lidera

A cinco dias das eleições presidenciais americanas em 8 de novembro, o vai e vem das pesquisas continua. Um levantamento divulgado pelo jornal The New York Times nesta quinta-feira mostra a candidata democrata Hillary Clinton 3 pontos percentuais à frente do republicano Donald Trump nas intenções de voto — Hillary tem 45%, ante 42% de Trump. Enquanto isso, uma pesquisa da Reuters divulgada na quarta-feira mostra Hillary com 6 pontos de vantagem. Na média entre os vários levantamentos, a ex-secretária de Estado tem 1,7 ponto a mais que o rival, segundo o site Real Clear Politics. A margem já chegou a ser maior de 7 pontos, mas diminuiu desde que o FBI reabriu as investigações sobre o uso feito por Hillary de seu servidor pessoal de e-mails. Mais de 22 milhões de americanos já votaram em estados que permitem a abertura antecipada das urnas.
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Califa do EI: “Não recuem”

O grupo terrorista Estado Islâmico divulgou na internet um áudio de seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, pedindo que seus seguidores “não recuem” ante os ataques à cidade iraquiana de Mossul, capital do califado proclamado pelo EI. O local vem sendo atacado desde 17 de outubro por uma coalizão entre o Iraque e de forças curdas, apoiadas por países como Estados Unidos, Turquia e Arábia. O “califa” do EI disse ainda que o grupo é o “único remédio” para proteger a maioria sunita no Iraque. A última mensagem de al-Baghdadi havia sido divulgada há quase um ano.

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