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Passageiros de cidades menores gastam mais tempo em voos

Enquanto um passageiro que sai de SP para Teresina gasta em média 3 horas em um voo; de Tabatinga para Teresina, a média é de 35 horas

Avião chega em aeroporto: o estudo Ligações Aéreas 2010 divulgado hoje (21) pelo IBGE revela os problemas que passageiros enfrentam nos aeroportos brasileiros  (Justin Sullivan/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2013 às 10h52.

Rio de Janeiro – As dificuldades enfrentadas por passageiros nos aeroportos brasileiros estão comprovadas em números. O estudo Ligações Aéreas 2010 divulgado hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela os problemas que passageiros enfrentam nos aeroportos brasileiros como longas esperas em saguões superlotados, nas grandes cidades ou ainda conexões absurdas e preços altos, para quem parte de cidades menores ou do Norte e Nordeste do país.

O estudo aponta, por exemplo, a concentração de voos nos aeroportos. Das 877 rotas aéreas registradas no país em 2010, praticamente 50% do tráfego de passageiros se concentrava em somente 24 pares de cidades.

Os trechos que ligam São Paulo com as seis principais metrópoles do país (Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba) foi responsável por 25% do total de passageiros transportados - 71.750.986 pessoas, em 2010.

De acordo como coordenador da pesquisa, Marcelo Paiva Motta, a concentração das ligações não é ruim para a empresa aérea, pois gera economia. Por outro lado, representa prejuízo para o passageiro de algumas regiões do país.

"A concentração pode cortar os custos das viagens, mas implica em que cidades menores tenham maior número de conexões, o que diminui a acessibilidade do passageiro, porque o tempo de viagem passa a ser maior”, explicou.


Sobre o tempo de viagem, o estudo aponta a dificuldade e a demora que passageiros de cidades menores enfrentam. Enquanto um passageiro que sai de Brasília ou de São Paulo para Teresina gasta em média de 2 horas a 3 horas em um voo direto; de Tabatinga para Teresina, a média é de 35 horas de viagem, devido às conexões.

O estudo do IBGE calculou o custo médio de viagens no país, conforme a origem do passageiro. Passageiros que saem de Brasília ou de São Paulo gastam em média R$ 200 por trecho de viagem. Já quem sai de Tabatinga, no Amazonas, gasta em média R$ 1.300 por trecho, e quem sai de Joaçaba, em Santa Catarina, gasta R$ 1.250.

Em 2010, 135 dos 5.565 municípios brasileiros possuíam aeroporto. A importância demográfica e econômica fazem de São Paulo o concentrador de fluxos em escala nacional, seguido do Rio de Janeiro e Brasília. Apesar da concentração, em termos espaciais, o território está bem coberto, segundo Mota.

O estudo mostra também que o transporte de carga via aérea é ainda mais concentrado, devido aos custos elevados. Mais da metade do tráfego acontecia em 10 pares de ligação. A ligação São Paulo-Manaus liderou o movimento aéreo de carga, com volume total de 99.344 mil kg, mais de 20% do total da carga transportada em 2010.

Para Marcelo Paiva Motta os dados podem auxiliar na criação de políticas públicas para melhorar a acessibilidade das cidades menos favorecidas com ligações aéreas e resolver o problema de locais onde a distância dos aeroportos é muito grande ou de difícil acesso.

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Rio de Janeiro – As dificuldades enfrentadas por passageiros nos aeroportos brasileiros estão comprovadas em números. O estudo Ligações Aéreas 2010 divulgado hoje (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela os problemas que passageiros enfrentam nos aeroportos brasileiros como longas esperas em saguões superlotados, nas grandes cidades ou ainda conexões absurdas e preços altos, para quem parte de cidades menores ou do Norte e Nordeste do país.

O estudo aponta, por exemplo, a concentração de voos nos aeroportos. Das 877 rotas aéreas registradas no país em 2010, praticamente 50% do tráfego de passageiros se concentrava em somente 24 pares de cidades.

Os trechos que ligam São Paulo com as seis principais metrópoles do país (Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador, Belo Horizonte e Curitiba) foi responsável por 25% do total de passageiros transportados - 71.750.986 pessoas, em 2010.

De acordo como coordenador da pesquisa, Marcelo Paiva Motta, a concentração das ligações não é ruim para a empresa aérea, pois gera economia. Por outro lado, representa prejuízo para o passageiro de algumas regiões do país.

"A concentração pode cortar os custos das viagens, mas implica em que cidades menores tenham maior número de conexões, o que diminui a acessibilidade do passageiro, porque o tempo de viagem passa a ser maior”, explicou.


Sobre o tempo de viagem, o estudo aponta a dificuldade e a demora que passageiros de cidades menores enfrentam. Enquanto um passageiro que sai de Brasília ou de São Paulo para Teresina gasta em média de 2 horas a 3 horas em um voo direto; de Tabatinga para Teresina, a média é de 35 horas de viagem, devido às conexões.

O estudo do IBGE calculou o custo médio de viagens no país, conforme a origem do passageiro. Passageiros que saem de Brasília ou de São Paulo gastam em média R$ 200 por trecho de viagem. Já quem sai de Tabatinga, no Amazonas, gasta em média R$ 1.300 por trecho, e quem sai de Joaçaba, em Santa Catarina, gasta R$ 1.250.

Em 2010, 135 dos 5.565 municípios brasileiros possuíam aeroporto. A importância demográfica e econômica fazem de São Paulo o concentrador de fluxos em escala nacional, seguido do Rio de Janeiro e Brasília. Apesar da concentração, em termos espaciais, o território está bem coberto, segundo Mota.

O estudo mostra também que o transporte de carga via aérea é ainda mais concentrado, devido aos custos elevados. Mais da metade do tráfego acontecia em 10 pares de ligação. A ligação São Paulo-Manaus liderou o movimento aéreo de carga, com volume total de 99.344 mil kg, mais de 20% do total da carga transportada em 2010.

Para Marcelo Paiva Motta os dados podem auxiliar na criação de políticas públicas para melhorar a acessibilidade das cidades menos favorecidas com ligações aéreas e resolver o problema de locais onde a distância dos aeroportos é muito grande ou de difícil acesso.

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