EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h35.
A notícia de que o Paraguai pretende vender a empresas energia gerada na usina binacional de Itaipu a preços mais competitivos do que os praticados pelo Brasil foi recebida de forma positiva pela Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace).
Segundo o presidente da Abrace, Ricardo Lima, o preço prometido pelos paraguaios, que pode chegar a um terço do brasileiro, é um fator "bastante atraente para os consumidores livres". Ele diz que "esse mercado hoje tem necessidade de preços menores para garantir produção nacional". Lima cita como exemplo a produção de alumínio, que consome grandes quantidades de energia e seria amplamente beneficiada.
A promessa, ainda sem data para ser concretizada, condiciona os preços mais baixos à decisão das empresas consumidoras de implantarem instalações em território paraguaio. Este fato chamou a atenção da Abrace. "Esperaríamos atitudes assim do governo brasileiro, mas não temos visto isso", diz o presidente da entidade.
Entretanto, na visão de Lima, uma possível consequência caso os preços mais baixos sejam confirmados, tende a ser um risco de que as indústrias decidam expandir em território estrangeiro. "Não haveria necessariamente unidades desativadas aqui, mas existe o risco de que parte da expansão industrial seja levada para o Paraguai caso as condições sejam melhores", afirma.