Para Lula, Bolsa Família e Minha Casa justificam pedaladas
A declaração de Lula foi dada na abertura oficial do 1.º Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em São Bernardo do Campo
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2015 às 15h53.
São Bernardo do Campo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 13, que a presidente Dilma Rousseff fez as pedaladas fiscais para pagar dois dos maiores programas sociais de sua gestão, o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida .
Ele argumentou que o governo deveria utilizar esta justificativa para explicar à população a adoção das pedaladas, mesmo que tenha admitido não conhecer bem o assunto.
A declaração de Lula foi dada na abertura oficial do 1.º Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em São Bernardo do Campo.
"Estou vendo a Dilma ser atacada por conta de umas pedaladas. Eu não conheço o processo, mas uma coisa, Patrus (Ananias, ministro do Desenvolvimento Agrário, que estava no evento), que vocês têm que falar é que talvez a Dilma, em algum momento, tenha deixado de repassar o Orçamento para a Caixa, porque tinha que pagar coisas que não tinha dinheiro. Ela fez as pedaladas para pagar o Bolsa Família, ela fez as pedaladas para pagar o Minha Casa Minha Vida", disse Lula.
O ex-presidente disse que "todo mundo sabe" que o Minha Casa Minha Vida subsidia trabalhadores que ganham até três salários mínimos.
"Tem um forte subsídio do governo, o dado concreto é que custa caro ao governo, é investimento que o governo faz". E continuou: "Se o governo não subsidiar, não acontece."
E fez um paralelo com a crise de 2008, dizendo que ela já consumiu mais de US$ 10 trilhões para salvar o sistema financeiro.
"Imagina se isso fosse colocado nas fábricas para ajudar os trabalhadores e se fosse colocado para combater a fome no mundo?"
Ao ser chamado para compor o palco, ao lado de dirigentes sindicais, representantes de movimentos sociais e de políticos, como o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), e o ex-senador e atual secretário de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Eduardo Suplicy, entre outros, Lula foi recebido em pé sob aplausos e palavras de ordem dos participantes do congresso.
O I Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) ocorre até o dia 16 e reúne 4 mil camponeses de 20 Estados brasileiros, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, com o tema "Plano camponês, aliança camponesa e operária por soberania alimentar".
Marinho
O prefeito de São Bernardo do Campo disse, em rápida saudação às lideranças camponesas presentes ao evento, que as elites desejam "com a tentativa de golpe" derrubar o governo Dilma e atingir Lula, maior liderança de seu partido.
"Sei o momento político que estamos enfrentando no nosso País e sei das dificuldades do governo da presidente Dilma Rousseff e das críticas que recebemos, mas sei que ninguém deseja um golpe contra a presidente. O que a elite deseja é um golpe contra os trabalhadores e inviabilizar a liderança de Lula", disse Marinho.
O prefeito citou ainda que nos estúdios da Vera Cruz, local em que foram gravados os filmes de Mazzaroppi e onde está sendo realizado o congresso do MPA, ocorreu também o primeiro congresso do PT e a fundação da CUT.
Em breve discurso, o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Paulo Cayres, o Paulão, conclamou os presentes a defenderem o legado do ex-presidente Lula, pedindo que todos se levantassem e cerrassem os punhos, com os mesmos braços que plantam nos campos, em defesa do petista.
Patrus Ananias voltou a dizer que o Brasil não está à beira do precipício e que a atual crise está sendo inflada.
"Vemos no nosso País os resultados positivos das políticas do governo (petista, de Lula e de Dilma)", emendou. Mas reconheceu que ainda há muito a fazer. "Temos de fazer os acertos econômicos, mas não vamos perder o rumo", exemplificou.
O presidente da Federação Única dos Petroleiros, José Maria, disse no evento que a luta em defesa da Petrobras não é corporativa.
"Este congresso e o da CUT tem que mandar um recado a quem quer dar um golpe no País. Vamos lutar para que a democracia no País continue em pé, só estamos há 13 anos no poder e tem uma longa estrada pela frente."
São Bernardo do Campo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, 13, que a presidente Dilma Rousseff fez as pedaladas fiscais para pagar dois dos maiores programas sociais de sua gestão, o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida .
Ele argumentou que o governo deveria utilizar esta justificativa para explicar à população a adoção das pedaladas, mesmo que tenha admitido não conhecer bem o assunto.
A declaração de Lula foi dada na abertura oficial do 1.º Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), em São Bernardo do Campo.
"Estou vendo a Dilma ser atacada por conta de umas pedaladas. Eu não conheço o processo, mas uma coisa, Patrus (Ananias, ministro do Desenvolvimento Agrário, que estava no evento), que vocês têm que falar é que talvez a Dilma, em algum momento, tenha deixado de repassar o Orçamento para a Caixa, porque tinha que pagar coisas que não tinha dinheiro. Ela fez as pedaladas para pagar o Bolsa Família, ela fez as pedaladas para pagar o Minha Casa Minha Vida", disse Lula.
O ex-presidente disse que "todo mundo sabe" que o Minha Casa Minha Vida subsidia trabalhadores que ganham até três salários mínimos.
"Tem um forte subsídio do governo, o dado concreto é que custa caro ao governo, é investimento que o governo faz". E continuou: "Se o governo não subsidiar, não acontece."
E fez um paralelo com a crise de 2008, dizendo que ela já consumiu mais de US$ 10 trilhões para salvar o sistema financeiro.
"Imagina se isso fosse colocado nas fábricas para ajudar os trabalhadores e se fosse colocado para combater a fome no mundo?"
Ao ser chamado para compor o palco, ao lado de dirigentes sindicais, representantes de movimentos sociais e de políticos, como o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), e o ex-senador e atual secretário de Direitos Humanos da Prefeitura de São Paulo, Eduardo Suplicy, entre outros, Lula foi recebido em pé sob aplausos e palavras de ordem dos participantes do congresso.
O I Congresso Nacional do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) ocorre até o dia 16 e reúne 4 mil camponeses de 20 Estados brasileiros, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, com o tema "Plano camponês, aliança camponesa e operária por soberania alimentar".
Marinho
O prefeito de São Bernardo do Campo disse, em rápida saudação às lideranças camponesas presentes ao evento, que as elites desejam "com a tentativa de golpe" derrubar o governo Dilma e atingir Lula, maior liderança de seu partido.
"Sei o momento político que estamos enfrentando no nosso País e sei das dificuldades do governo da presidente Dilma Rousseff e das críticas que recebemos, mas sei que ninguém deseja um golpe contra a presidente. O que a elite deseja é um golpe contra os trabalhadores e inviabilizar a liderança de Lula", disse Marinho.
O prefeito citou ainda que nos estúdios da Vera Cruz, local em que foram gravados os filmes de Mazzaroppi e onde está sendo realizado o congresso do MPA, ocorreu também o primeiro congresso do PT e a fundação da CUT.
Em breve discurso, o presidente da Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM), Paulo Cayres, o Paulão, conclamou os presentes a defenderem o legado do ex-presidente Lula, pedindo que todos se levantassem e cerrassem os punhos, com os mesmos braços que plantam nos campos, em defesa do petista.
Patrus Ananias voltou a dizer que o Brasil não está à beira do precipício e que a atual crise está sendo inflada.
"Vemos no nosso País os resultados positivos das políticas do governo (petista, de Lula e de Dilma)", emendou. Mas reconheceu que ainda há muito a fazer. "Temos de fazer os acertos econômicos, mas não vamos perder o rumo", exemplificou.
O presidente da Federação Única dos Petroleiros, José Maria, disse no evento que a luta em defesa da Petrobras não é corporativa.
"Este congresso e o da CUT tem que mandar um recado a quem quer dar um golpe no País. Vamos lutar para que a democracia no País continue em pé, só estamos há 13 anos no poder e tem uma longa estrada pela frente."