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Papa viaja para se reunir com 2 milhões de jovens no RJ

Papa Francisco vai atravessar o Atlântico na primeira viagem para um país em seu continente de origem, para presidir a Jornada Mundial da Juventude

O papa Francisco celebra uma missa durante visita à ilha de Lampedusa: Francisco tem muita vontade de se reunir com os jovens, especialmente os latino-americanos, e já os convidou a "apostarem nos grandes ideais" (Alessandro BianchiReuters)
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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2013 às 10h14.

Cidade do Vaticano - A viagem do papa Francisco ao Rio de Janeiro entre os dias 22 e 29 de julho, para presidir a XXVIII Jornada Mundial da Juventude (JMJ), é a segunda de seu pontificado e a primeira para um país no seu continente de origem, a América do Sul, após ter sido eleito o 266º Sucessor de Pedro no último dia 13 de março.

O papa viajou em 8 de julho à ilha italiana de Lampedusa, a cerca de 100 quilômetros do litoral africano, onde se reuniu com os imigrantes ilegais que chegam ali com o objetivo de entrar na Europa e lançou uma coroa de flores ao mar em memória dos que morreram nas travessias.

Agora, vai atravessar o Atlântico para se reunir com mais de dois milhões de jovens de todo o mundo no Rio de Janeiro.

Francisco tem muita vontade de se reunir com os jovens, especialmente os latino-americanos, e já os convidou em várias ocasiões a "apostarem nos grandes ideais" e a "não terem medo de sonhar com coisas grandes".

"Não fomos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas, mas grandes", disse Francisco no dia 28 de abril durante a cerimônia de crisma de 44 jovens no Vaticano.

Em sua primeira encíclica - Lumen Fidei (A luz do mundo) - escreveu que os jovens desejam uma vida "grande" e que a fé não é um refúgio para gente sem valor, mas o "prolongamento da vida".

Francisco também lhes disse que "a novidade de Deus" não se assemelha às novidades mundanas, "que são todas provisórias, passam e sempre se procura algo mais".


"A novidade que Deus oferece a nossa vida é definitiva", assegurou recentemente, e defendeu que a ação contínua de Deus "nos torna novos homens e mulheres".

Nas várias ocasiões que nestes quatro meses de pontificado se referiu aos jovens também disse que o caminho do cristão não é sempre fácil, que existem dificuldades e angústias, mas que as dificuldades e as angústias "fazem parte do caminho para se atingir a glória de Deus".

Assim como o papa Bento XVI, Francisco convidou os jovens a caminharem contra a corrente, e acrescentou: "Sobretudo, se nos sentimos pobres, fracos, pecadores, pois Deus fortalece nossa fraqueza, enriquece nossa pobreza, transforma nosso pecado. Confiemos na ação de Deus".

Francisco afirmou que em tempos de crise as pessoas não podem se fechar em si mesmas e não ajudar aos demais, mas têm que ser solidárias com os necessitados.

O pontífice acrescentou que Cristo pede que os fiéis estejam "atentos e que não durmam". "Não queremos cristãos desacordados", afirmou com veemência.

"Vocês pensam nos talentos que Deus lhes deu? Pensem em como utilizá-los para o serviço dos demais. Não se escondam. Apostem nos grandes ideais, esses ideais que enobrecem o coração", afirmou durante uma audiência pública.


"A vida - acrescentou - nos foi dada não para que a conservemos ciosamente para nós mesmos, mas nos foi dada para que doemos. Queridos jovens, não tenham medo de sonhar com coisas grandes".

A visita de Francisco acontece em um momento de turbulência no Brasil devido aos protestos sociais que vêm acontecendo nas principais cidades do país desde o mês passado, em que centenas de milhares de pessoas se manifestaram exigindo melhorias na saúde, educação, infraestrutura, etc. e criticaram as despesas com os grandes eventos esportivos.

O governo expressou sua preocupação diante da possibilidade de que essa situação possa comprometer a visita do papa argentino e, segundo o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Laicos, o dicastério responsável pela JMJ, o Executivo Federal e do Estado do Rio de Janeiro deram garantias de que a visita ocorrerá de maneira "serena e sem transtornos".

Francisco, segundo palavras recentes do cardeal brasileiro Raymundo Damasceno Assis, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), não está preocupado.

O papa mostrará durante a viagem sua predileção pelos pobres, necessitados e marginalizados com a visita à comunidade Varginha, uma das favelas do complexo de Manguinhos, local que até o final do ano passado era controlado por grupos de narcotraficantes.

Também se reunirá com um grupo de detidos no Palácio São Joaquim, o Palácio da Mitra Arquiepiscopal no Rio de Janeiro.

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O papa viajou em 8 de julho à ilha italiana de Lampedusa, a cerca de 100 quilômetros do litoral africano, onde se reuniu com os imigrantes ilegais que chegam ali com o objetivo de entrar na Europa e lançou uma coroa de flores ao mar em memória dos que morreram nas travessias.

Agora, vai atravessar o Atlântico para se reunir com mais de dois milhões de jovens de todo o mundo no Rio de Janeiro.

Francisco tem muita vontade de se reunir com os jovens, especialmente os latino-americanos, e já os convidou em várias ocasiões a "apostarem nos grandes ideais" e a "não terem medo de sonhar com coisas grandes".

"Não fomos escolhidos pelo Senhor para coisas pequenas, mas grandes", disse Francisco no dia 28 de abril durante a cerimônia de crisma de 44 jovens no Vaticano.

Em sua primeira encíclica - Lumen Fidei (A luz do mundo) - escreveu que os jovens desejam uma vida "grande" e que a fé não é um refúgio para gente sem valor, mas o "prolongamento da vida".

Francisco também lhes disse que "a novidade de Deus" não se assemelha às novidades mundanas, "que são todas provisórias, passam e sempre se procura algo mais".


"A novidade que Deus oferece a nossa vida é definitiva", assegurou recentemente, e defendeu que a ação contínua de Deus "nos torna novos homens e mulheres".

Nas várias ocasiões que nestes quatro meses de pontificado se referiu aos jovens também disse que o caminho do cristão não é sempre fácil, que existem dificuldades e angústias, mas que as dificuldades e as angústias "fazem parte do caminho para se atingir a glória de Deus".

Assim como o papa Bento XVI, Francisco convidou os jovens a caminharem contra a corrente, e acrescentou: "Sobretudo, se nos sentimos pobres, fracos, pecadores, pois Deus fortalece nossa fraqueza, enriquece nossa pobreza, transforma nosso pecado. Confiemos na ação de Deus".

Francisco afirmou que em tempos de crise as pessoas não podem se fechar em si mesmas e não ajudar aos demais, mas têm que ser solidárias com os necessitados.

O pontífice acrescentou que Cristo pede que os fiéis estejam "atentos e que não durmam". "Não queremos cristãos desacordados", afirmou com veemência.

"Vocês pensam nos talentos que Deus lhes deu? Pensem em como utilizá-los para o serviço dos demais. Não se escondam. Apostem nos grandes ideais, esses ideais que enobrecem o coração", afirmou durante uma audiência pública.


"A vida - acrescentou - nos foi dada não para que a conservemos ciosamente para nós mesmos, mas nos foi dada para que doemos. Queridos jovens, não tenham medo de sonhar com coisas grandes".

A visita de Francisco acontece em um momento de turbulência no Brasil devido aos protestos sociais que vêm acontecendo nas principais cidades do país desde o mês passado, em que centenas de milhares de pessoas se manifestaram exigindo melhorias na saúde, educação, infraestrutura, etc. e criticaram as despesas com os grandes eventos esportivos.

O governo expressou sua preocupação diante da possibilidade de que essa situação possa comprometer a visita do papa argentino e, segundo o cardeal Stanislaw Rylko, presidente do Conselho Pontifício para os Laicos, o dicastério responsável pela JMJ, o Executivo Federal e do Estado do Rio de Janeiro deram garantias de que a visita ocorrerá de maneira "serena e sem transtornos".

Francisco, segundo palavras recentes do cardeal brasileiro Raymundo Damasceno Assis, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), não está preocupado.

O papa mostrará durante a viagem sua predileção pelos pobres, necessitados e marginalizados com a visita à comunidade Varginha, uma das favelas do complexo de Manguinhos, local que até o final do ano passado era controlado por grupos de narcotraficantes.

Também se reunirá com um grupo de detidos no Palácio São Joaquim, o Palácio da Mitra Arquiepiscopal no Rio de Janeiro.

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