Oposição organiza série de atos por impeachment de Temer
Bandeira do "Fora, Temer" reascendeu na esquerda com as acusações feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra o presidente
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de novembro de 2016 às 10h31.
Última atualização em 27 de novembro de 2016 às 10h58.
São Paulo - Apagada desde a derrota histórica do PT nas eleições municipais de outubro, a bandeira do "Fora, Temer" reascendeu na esquerda com as acusações feitas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero contra Geddel Vieira Lima, que deixou a Secretaria de Governo, e o presidente Michel Temer.
Grupos como as frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular, a União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), além de movimentos de moradia, organizam uma série de manifestações pedindo o impeachment de Temer. Setores do PT e aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçam as articulações.
A primeira manifestação está marcada para este domingo, 27, na Avenida Paulista, convocada pela Frente Povo Sem Medo.
Inicialmente, o ato tinha como pauta o repúdio à PEC do Teto e contaria com as participações de Lula, do ex-presidente do Uruguai José Pepe Mujica e do cantor Chico Buarque, mas eles desistiram. Agora, a pauta é o "Fora, Temer".
"Com os últimos acontecimentos, ganha força a pauta da derrubada do governo. Entendemos que este governo perdeu a condição de continuar", disse Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e coordenador da Frente Povo Sem Medo.
A Frente Brasil Popular, que havia desistido de participar, agora está revendo sua posição. Representantes da frente vão se reunir com o senador Lindbergh Farias no domingo de manhã. "Vamos avaliar a conjuntura e traçar uma estratégia com relação à possibilidade de impeachment de Temer", disse Raimundo Bonfim, um dos coordenadores do grupo.
No dia 29, a UNE e a UBES pretendem reunir 25 mil estudantes nas ruas de Brasília. "A pauta central é a PEC do Teto, mas, sem dúvida, o �Fora, Temer� renasceu", disse Marianna Dias de Souza, da UNE.
(Ricardo Galhardo)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.