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Operação de Cabral reuniu US$ 3,5 mi em ouro e diamantes na Suíça

As informações foram fornecidas pelos operadores financeiros Renato e Marcelo Chebar, em delações ao Ministério Público Federal

Cabral: os delatores também mencionaram a entrega de valores de 20 mil a 40 mil libras, em espécie, a Cabra (Daniel Munoz/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de fevereiro de 2017 às 22h14.

Rio - O patrimônio ilegal acumulado clandestinamente pelo ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) inclui diamantes e 4,5kg de ouro guardados em dois cofres alugados na Suíça .

Em um dos depósitos, delatores avaliaram haver US$ 2 milhões nesses ativos. Em outro, foram armazenados US$ 1,5 milhão convertidos nas pedras preciosas. Os dois cofres ficam em Genebra, em locais distintos.

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As informações foram fornecidas pelos operadores financeiros Renato e Marcelo Chebar, em delações ao Ministério Público Federal (MPF).

Os delatores também mencionaram a entrega de valores de 20 mil a 40 mil libras, em espécie, a Cabral. O repasse foi feito entre os dias 8 a 21 de outubro de 2011, em hotel em Londres.

Os colaboradores apresentaram aos procuradores um extrato do banco Hapoalim, onde os valores entregues a Cabral foram sacados.

Renato Chebar confessou que a conversão dos dólares em pedras preciosas foi sugerida por ele, "pois vislumbrava dificuldade em depositar o montante em espécie".

Segundo a delação, o operador de Cabral, Carlos Miranda, preso na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio, disse a Renato que um emissário (cujo nome diz não recordar) lhe entregaria US$ 250 mil dólares, em espécie.

Três meses depois, Renato diz ter se encontrado com esse homem em um hotel em Zurique, na Suíça, onde recebeu o valor.

Após a entrega, Renato se deslocou de trem com a quantia para Genebra, onde , em 23 de novembro de 2011, comprou o ouro no banco BNP Paribas,.

Renato afirmou que em julho do mesmo ano adquiriu mais US$ 1,5 milhão em diamantes, que foram depositados no mesmo cofre, onde, disseram, os ativos chegam a US$ 2 milhões.

A quantia veio de uma conta chamada Clawson, mantida no banco BSI Bahamas. Em 2016, Renato repetiu a operação, no mesmo valor. Desta vez diz ter depositado as pedras em um cofre perto do aeroporto de Genebra.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Cabral sobre as acusações.

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