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ONU segue sem acordo sobre crise política no Iêmen

O Conselho de Segurança da ONU não entrou em acordo sobre o tema, depois que as delegações da Alemanha e do Líbano prepararam comunicado sem aprovação de todas as delegações

Ali Abdullah Saleh, presidente do Iêmen: "nascemos livres e somos livres de decidir" (Mohammed Huwais/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2011 às 22h33.

Nações Unidas - Os países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas concluíram sem consenso nesta terça-feira as primeiras negociações sobre a atual crise político-social que atinge o Iêmen.

Os membros do órgão máximo de segurança da ONU foram incapazes de entrarem em acordo sobre o tema, depois que as delegações da Alemanha e do Líbano prepararam um comunicado que não recebeu a aprovação de todas as delegações.

Mais cedo, o Conselho tinha sido informado sobre os últimos eventos no Iêmen pelo subsecretário da ONU para Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, e pelo enviado especial da organização ao país árabe, Jamal Benomar. Ambos indicaram que a situação humanitária "se deteriora", destacou à imprensa o embaixador alemão na ONU, Peter Wittig.

Wittig afirmou que a Alemanha, assim como a maioria dos demais integrantes do Conselho, está "muito preocupada" com o curso dos acontecimentos no Iêmen e pede "moderação no uso da força".

O embaixador alemão evitou falar mais sobre o conteúdo do comunicado que sua delegação preparou com o Líbano, mas fontes diplomáticas ocidentais indicaram que a falta de acordo sobre o texto ocorreu porque algumas delegações consideram que "a situação no país é complexa demais e necessita uma análise detalhada por parte de seus Governos".

O Iêmen é palco de protestos contra o regime de Ali Abdullah Saleh desde 27 de janeiro, mas se intensificaram em meados de fevereiro passado, em meio à onda de protestos que se vive no Oriente Médio e no norte da África. EFE

Os últimos incidentes no país deixaram nesta terça-feira pelo menos três pessoas mortas e outras 33 feridas em manifestações contra o regime de Saleh nas cidades de Sana e Taiz, no sul do Iêmen, informaram à Agência Efe fontes médicas no país árabe. EFE

Além disso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou nesta terça-feira que o Iêmen tem o maior número confirmado de crianças assassinadas ou feridas entre os países onde recentemente se registraram rebeliões populares contra os regimes autoritários.

Segundo o Unicef, entre 18 de fevereiro e 28 de março, pelo menos 26 crianças morreram, 36 ficaram feridas, 47 sofreram violência física durante os protestos e 663 foram expostas a gás lacrimogêneo.

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Mais cedo, o Conselho tinha sido informado sobre os últimos eventos no Iêmen pelo subsecretário da ONU para Assuntos Políticos, Lynn Pascoe, e pelo enviado especial da organização ao país árabe, Jamal Benomar. Ambos indicaram que a situação humanitária "se deteriora", destacou à imprensa o embaixador alemão na ONU, Peter Wittig.

Wittig afirmou que a Alemanha, assim como a maioria dos demais integrantes do Conselho, está "muito preocupada" com o curso dos acontecimentos no Iêmen e pede "moderação no uso da força".

O embaixador alemão evitou falar mais sobre o conteúdo do comunicado que sua delegação preparou com o Líbano, mas fontes diplomáticas ocidentais indicaram que a falta de acordo sobre o texto ocorreu porque algumas delegações consideram que "a situação no país é complexa demais e necessita uma análise detalhada por parte de seus Governos".

O Iêmen é palco de protestos contra o regime de Ali Abdullah Saleh desde 27 de janeiro, mas se intensificaram em meados de fevereiro passado, em meio à onda de protestos que se vive no Oriente Médio e no norte da África. EFE

Os últimos incidentes no país deixaram nesta terça-feira pelo menos três pessoas mortas e outras 33 feridas em manifestações contra o regime de Saleh nas cidades de Sana e Taiz, no sul do Iêmen, informaram à Agência Efe fontes médicas no país árabe. EFE

Além disso, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) denunciou nesta terça-feira que o Iêmen tem o maior número confirmado de crianças assassinadas ou feridas entre os países onde recentemente se registraram rebeliões populares contra os regimes autoritários.

Segundo o Unicef, entre 18 de fevereiro e 28 de março, pelo menos 26 crianças morreram, 36 ficaram feridas, 47 sofreram violência física durante os protestos e 663 foram expostas a gás lacrimogêneo.

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