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ONU denuncia casos de assassinatos de jornalistas no Brasil

A alta comissária da ONU manifestou alarme pelo que "parece ser uma preocupante tendência ao assassinato de jornalistas" no Brasil

A alta comissária da ONU pediu as autoridades tratar o caso de Sá, assim como os anteriores assassinatos de jornalistas, como prioridade, de modo que os responsáveis não se sintam desafiantes pela atual falta de sanção (Reprodução/Blog do Décio)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2012 às 08h51.

Genebra - A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, manifestou nesta sexta-feira seu alarme pelo que "parece ser uma preocupante tendência ao assassinato de jornalistas" no Brasil, após a violenta morte de um conhecido jornalista político no estado do Maranhão.

Décio Sá, repórter do jornal "O Estado do Maranhão" e um dos blogueiros mais lidos naquele estado, investigava questões da política local, corrupção e crime organizado, e é o quarto jornalista assassinado no Brasil desde o início do ano por motivos relacionados a sua atividade profissional.

"Condenamos seu assassinato (...). Estamos preocupados há tempos com a necessidade de que os defensores dos direitos humanos brasileiros, incluindo os jornalistas, possam fazer seu trabalho sem temer a intimidação ou algo pior", comentou Pillay.

Sá foi assassinado a tiros na segunda-feira em um bar em São Luís, na capital, em um crime com características de ter sido encomendado, revelou a Polícia.

Este crime praticamente coincidiu com a advertência da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) de que a imprensa brasileira está ameaçada, o que se reflete em que à parte dos comunicadores assassinados, são registrados ao menos oito casos de agressões, seis de censura judicial, seis atentados, seis ameaças diretas e uma detenção injustificada.

A alta comissária da ONU pediu as autoridades tratar o caso de Sá, assim como os anteriores assassinatos de jornalistas, como prioridade, de modo que os responsáveis não se sintam desafiantes pela atual falta de sanção.

Ao mesmo tempo, pediu ao Governo "iniciar de maneira imediata medidas de proteção para evitar mais incidentes deste tipo".

Conforme a máxima responsável da ONU para questões de direitos humanos, um projeto de lei apresentado no ano passado ao Congresso do Brasil, o que obrigaria as investigações policiais sobre crimes envolvendo jornalistas ocorressem em âmbito federal, "seria um passo na direção correta". Pillay pediu aprovação urgente dessa lei.

Questionada se os autores dos quatro crimes de jornalistas brasileiros seriam os mesmos, o porta-voz de Pillay, Rupert Colville, declinou a fazer uma especulação e mencionou que os crimes ocorreram em diferentes partes do país.

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Genebra - A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, manifestou nesta sexta-feira seu alarme pelo que "parece ser uma preocupante tendência ao assassinato de jornalistas" no Brasil, após a violenta morte de um conhecido jornalista político no estado do Maranhão.

Décio Sá, repórter do jornal "O Estado do Maranhão" e um dos blogueiros mais lidos naquele estado, investigava questões da política local, corrupção e crime organizado, e é o quarto jornalista assassinado no Brasil desde o início do ano por motivos relacionados a sua atividade profissional.

"Condenamos seu assassinato (...). Estamos preocupados há tempos com a necessidade de que os defensores dos direitos humanos brasileiros, incluindo os jornalistas, possam fazer seu trabalho sem temer a intimidação ou algo pior", comentou Pillay.

Sá foi assassinado a tiros na segunda-feira em um bar em São Luís, na capital, em um crime com características de ter sido encomendado, revelou a Polícia.

Este crime praticamente coincidiu com a advertência da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) de que a imprensa brasileira está ameaçada, o que se reflete em que à parte dos comunicadores assassinados, são registrados ao menos oito casos de agressões, seis de censura judicial, seis atentados, seis ameaças diretas e uma detenção injustificada.

A alta comissária da ONU pediu as autoridades tratar o caso de Sá, assim como os anteriores assassinatos de jornalistas, como prioridade, de modo que os responsáveis não se sintam desafiantes pela atual falta de sanção.

Ao mesmo tempo, pediu ao Governo "iniciar de maneira imediata medidas de proteção para evitar mais incidentes deste tipo".

Conforme a máxima responsável da ONU para questões de direitos humanos, um projeto de lei apresentado no ano passado ao Congresso do Brasil, o que obrigaria as investigações policiais sobre crimes envolvendo jornalistas ocorressem em âmbito federal, "seria um passo na direção correta". Pillay pediu aprovação urgente dessa lei.

Questionada se os autores dos quatro crimes de jornalistas brasileiros seriam os mesmos, o porta-voz de Pillay, Rupert Colville, declinou a fazer uma especulação e mencionou que os crimes ocorreram em diferentes partes do país.

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