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Não há mais espaço para concessões na Previdência, diz Padilha

Ministro da Casa Civil disse esperar que a reforma seja votada na Câmara ainda este ano

Eliseu Padilha: "já fizemos concessões muito grandes que representam cerca de 40% daquilo que era a proposta original" (Evaristo Sa/Getty Images)
AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de novembro de 2017 às 14h35.

Última atualização em 29 de novembro de 2017 às 16h08.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (29) que não há mais espaço para concessões no texto da reforma da Previdência além das que já foram feitas em relação à proposta original enviada pelo governo ao Congresso.

"Já fizemos concessões muito grandes que representam cerca de 40% daquilo que era a proposta original. Para preservar a reforma, para que ela tenha o efeito necessário, entendemos que deveria ter guardado a corporificação inicial. Não foi possível. Chegamos no que é possível. Agora, novas concessões, além das que já foram feitas, o governo não vê como possibilidade de fazer nesse momento", afirmou a jornalistas, no Palácio do Planalto.

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"As concessões do governo chegaram no limite. Chegamos no osso. Já não temos mais condições de fazer concessões. Não haverá concordância do governo com qualquer tipo de nova concessão."

O ministro disse esperar que a reforma seja votada na Câmara ainda este ano. Segundo ele, a reforma é "indispensável". "Se não houver reforma da Previdência, no ano de 2024 todo o Orçamento da República só paga folha de pagamento, previdência, saúde e educação", afirmou.

Com o novo texto da reforma da Previdência, definido na semana passada, pelo Palácio do Planalto e pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), o governo estima que deve deixar de economizar cerca de R$ 320 bilhões no período de dez anos, ou cerca de 40% da economia estimada na comparação com a proposta inicial enviada no ano passado ao Congresso.

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