Não está decidido ainda, tudo pode acontecer, diz Bolsonaro sobre Vélez
Presidente comparou relação com ministro com "noivado" e disse que vai decidir se "casa ou separa"
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de abril de 2019 às 17h50.
Última atualização em 5 de abril de 2019 às 18h13.
Brasília - O presidente da República, Jair Bolsonaro , voltou a afirmar que vai se reunir com o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez , na próxima segunda-feira, 8, mas ponderou que ainda não decidiu se vai efetivamente demiti-lo e não pensa em eventuais substitutos. "Não está decidido ainda, tudo pode acontecer, disse. Ele destacou que a Educação é um dos ministérios mais importantes e, por isso, "tem que funcionar redondinho".
Em analogia ao casamento, disse que ainda está "noivo" do ministro e na próxima segunda pode decidir manter a aliança na mão direita, passá-la para a mão esquerda ou colocá-la na gaveta. Sobre um eventual substituto para Vélez, disse que ainda não pode pensar nisso porque é "fiel".
"Eu não posso pensar nisso... É a mesma coisa que ficar viúvo hoje, e já vou ter outra namorada", disse Bolsonaro, em tom de brincadeira.
Indagado se, mesmo assim, poderia ter outra opção, respondeu que ele é "diferente da maioria dos homens". "Eu sou quase igual à maioria das mulheres, eu sou fiel. Não tem esse papo de reserva", declarou a jornalistas nesta sexta-feira, dia no qual participou de inauguração do Espaço de Atendimento de Ouvidoria da Presidência da República.
Após o evento, durante coletiva de imprensa, Bolsonaro foi indagado se, mesmo sem a definição de um substituto para o ministro, Vélez deve deixar a função. Diante do questionamento, o presidente ficou em silêncio por alguns segundos e começou a rir.
Ele fez uma brincadeira com o chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Floriano Amorim, que estava ao seu lado. "Você também deve sair, né, Floriano?", provocou Bolsonaro em tom bem humorado.
Mais cedo, Bolsonaro confirmou que Floriano será substituído por Fábio Wajngarten.
Questionado se o MEC pode funcionar mesmo se Vélez continuar no comando, Bolsonaro respondeu que "só a morte não tem conserto".