Na CPI, feirante diz que nunca foi sócia de Cachoeira
Roseli Pantoja da Silva negou nesta quarta qualquer envolvimento com o esquema ilegal do contraventor Carlos Augusto Ramos
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2012 às 23h48.
Brasília - Única depoente a comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira sem advogado, Roseli Pantoja da Silva negou nesta quarta qualquer envolvimento com o esquema ilegal do contraventor Carlos Augusto Ramos. Roseli é apontada pela Polícia Federal como sócia de uma das 16 empresas de fachada usadas pelo grupo de Cachoeira e pela empreiteira Delta Construções. A Alberto e Pantoja, empresa em que Roseli aparece como sócia, recebeu R$ 27,9 milhões da Delta, em apenas um ano (entre maio de 2010 e maio de 2011).
Segundo Roseli, seu nome foi usado sem seu conhecimento para a abertura da empresa. No depoimento de duas horas, ela informou que passou uma procuração, há cerca de um ano, para o ex-marido Gilmar Carvalho de Morais. A suspeita é que Gilmar tenha usado indevidamente o nome de Roseli para abrir a Alberto e Pantoja e mais três outras empresas (a Gráfica Relevo, Pantoja Comercial de Confecções e Utilidades e RV Distribuidora de Produtos de Informática e Papelaria). Nestas últimas três empresas, Roseli aparece como sócia do ex-marido, de quem se separou há dez meses. Todas as empresas foram abertas há mais de um ano.
Por alguns minutos, a CPI viveu nesta quarta um momento saia justa. Mal o depoimento de Roseli começou e os integrantes da comissão acharam que haviam convocado uma homônima para depor. O CPF de Roseli não era igual ao do registrado na empresa Alberto e Pantoja. Além do CPF, a grafia de seu nome no registro da empresa também é diferente, uma vez que o Roseli da empresa é escrito com "Y" e não com "I". "Só sei que meu nome foi usado. Só sei o que está na internet. Não tenho conhecimento de nada", afirmou Roseli.
Aos integrantes da CPI, Roseli Pantoja deixou claro que tem uma vida simples. Aluga um box numa feira popular com produtos importados, conhecida por "Feira do Paraguai", onde vende bijuterias e produtos de rock, mora numa cidade satélite de Brasília com os pais e, como não tem carro, foi de ônibus para depor na CPI. Contou que o ex-marido, com quem foi casada durante 13 anos, paga a escola dos dois filhos, cerca de R$ 300 por cada um, e que tem um cartão de crédito com limite de R$ 500. Roseli não se separou legalmente do marido até hoje. "O depoimento dela (Roseli) reforma a ideia de que montaram um esquema de empresas fantasmas sem a conivência das pessoas", disse o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Antes de Roseli, o ex-presidente do Detran de Goiás Edivaldo Cardoso de Paula seguiu o script da maioria dos depoentes da CPI: obteve um "salvo conduto" na Justiça e permaneceu em silêncio. Edivaldo é apontado como elo entre Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O último depoente de ontem Hillner Braga Ananias também ficou calado. Ananias foi segurança do ex-senador Demóstenes Torres.
Brasília - Única depoente a comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira sem advogado, Roseli Pantoja da Silva negou nesta quarta qualquer envolvimento com o esquema ilegal do contraventor Carlos Augusto Ramos. Roseli é apontada pela Polícia Federal como sócia de uma das 16 empresas de fachada usadas pelo grupo de Cachoeira e pela empreiteira Delta Construções. A Alberto e Pantoja, empresa em que Roseli aparece como sócia, recebeu R$ 27,9 milhões da Delta, em apenas um ano (entre maio de 2010 e maio de 2011).
Segundo Roseli, seu nome foi usado sem seu conhecimento para a abertura da empresa. No depoimento de duas horas, ela informou que passou uma procuração, há cerca de um ano, para o ex-marido Gilmar Carvalho de Morais. A suspeita é que Gilmar tenha usado indevidamente o nome de Roseli para abrir a Alberto e Pantoja e mais três outras empresas (a Gráfica Relevo, Pantoja Comercial de Confecções e Utilidades e RV Distribuidora de Produtos de Informática e Papelaria). Nestas últimas três empresas, Roseli aparece como sócia do ex-marido, de quem se separou há dez meses. Todas as empresas foram abertas há mais de um ano.
Por alguns minutos, a CPI viveu nesta quarta um momento saia justa. Mal o depoimento de Roseli começou e os integrantes da comissão acharam que haviam convocado uma homônima para depor. O CPF de Roseli não era igual ao do registrado na empresa Alberto e Pantoja. Além do CPF, a grafia de seu nome no registro da empresa também é diferente, uma vez que o Roseli da empresa é escrito com "Y" e não com "I". "Só sei que meu nome foi usado. Só sei o que está na internet. Não tenho conhecimento de nada", afirmou Roseli.
Aos integrantes da CPI, Roseli Pantoja deixou claro que tem uma vida simples. Aluga um box numa feira popular com produtos importados, conhecida por "Feira do Paraguai", onde vende bijuterias e produtos de rock, mora numa cidade satélite de Brasília com os pais e, como não tem carro, foi de ônibus para depor na CPI. Contou que o ex-marido, com quem foi casada durante 13 anos, paga a escola dos dois filhos, cerca de R$ 300 por cada um, e que tem um cartão de crédito com limite de R$ 500. Roseli não se separou legalmente do marido até hoje. "O depoimento dela (Roseli) reforma a ideia de que montaram um esquema de empresas fantasmas sem a conivência das pessoas", disse o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).
Antes de Roseli, o ex-presidente do Detran de Goiás Edivaldo Cardoso de Paula seguiu o script da maioria dos depoentes da CPI: obteve um "salvo conduto" na Justiça e permaneceu em silêncio. Edivaldo é apontado como elo entre Cachoeira e o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). O último depoente de ontem Hillner Braga Ananias também ficou calado. Ananias foi segurança do ex-senador Demóstenes Torres.