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Mudança facilita aprovação de reforma da Previdência, diz Temer

Em entrevista à Globonews, presidente afirmou que a retirada de servidores de Estados e municípios da propostanão terá impacto no ajuste fiscal

Michel Temer: presidente anunciou na terça-feira que somente os servidores públicos federais serão atingidos pela reforma da Previdência (Ueslei Marcelino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 23 de março de 2017 às 09h02.

O presidente Michel Temer afirmou em entrevista à emissora de TV Globonews, exibida na noite de quarta-feira, que a retirada de servidores de Estados e municípios da proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo facilita a aprovação da matéria no Congresso Nacional e não terá impacto no ajuste fiscal.

"Percebi que os deputados e senadores, com quem eu tenho mantido muitas reuniões para aprovar a Previdência, me diziam que a pressão vem dos servidores locais, e isso é matéria do governo local. Então declarei que esta matéria fica por conta dos Estados... Isso facilita muito a aprovação da reforma previdenciária no plano federal, porque a nossa questão é federal", disse Temer em entrevista ao jornalista Roberto D'Ávila.

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Temer anunciou na terça-feira que somente os servidores públicos federais serão atingidos pelas mudanças na proposta de reforma da Previdência, deixando de fora servidores estaduais e municipais, na primeira concessão feita por seu governo na tentativa de facilitar a tramitação da reforma no Congresso.

Segundo o presidente, a medida foi tomada em respeito ao sistema federativo e para evitar o que chamou de invasão de competência, e não terá qualquer impacto sobre o ajuste fiscal promovido pelo governo federal para equilibrar as contas.

"Eu perguntei ao Meirelles antes e à área econômica: 'Isso embaraça o ajuste fiscal'? Zero, não tem embaraço nenhum", afirmou Temer na entrevista, citando consulta feita ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre a mudança na proposta de reforma.

O presidente também afirmou na entrevista à Globonews que tem visto muita resistência à possibilidade de se adotar um sistema eleitoral com lista fechada de candidatos a deputados, e voltou a defender o voto majoritário para o Congresso.

Temer defende há tempos o chamado "distritão" para a eleição de deputados, sistema no qual são eleitos os candidatos mais votados.

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