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MPE ajuda Prefeitura a pegar "pequeno corrupto"

Agentes de investigação do Gaeco vão combater delitos de até R$ 3 mil cometidos por servidores públicos

Corrupção: o trabalho dos agentes consistirá em seguir suspeitos, mapear e levantar as ações ilegais (enzodebernardo/Thinkstock)
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Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2015 às 08h16.

São Paulo - Agentes de investigação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, estão sendo cedidos para a Prefeitura de São Paulo para combater a chamada "pequena corrupção " - delitos menores, de até R$ 3 mil, cometidos por servidores públicos.

Sob supervisão da Controladoria-Geral do Município (CGM), eles deverão atuar contra corruptos das subprefeituras e das autarquias municipais, principalmente.

Esses agentes são policiais militares que, há mais de uma década, foram cedidos ao MPE para auxiliar promotores de Justiça com investigações de campo, de vigilância e coleta de provas contra criminosos integrantes de quadrilhas organizadas.

Na bagagem, trazem treinamentos específicos de investigação, um deles feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do governo federal, e experiência em investigações contra o Primeiro Comando da Capital (PCC) e homens da máfia chinesa que atuam no Estado.

O trabalho dos agentes consistirá em seguir suspeitos, mapear e levantar as ações ilegais cometidas por servidores e, também, levantar provas que facilitem a condenação de empresas que atuam como corruptoras.

"É uma determinação do prefeito autuar também as empresas na Lei Anticorrupção", afirmou o controlador-geral do Município, Roberto Porto.

O foco das ações serão servidores que atuam nas 32 subprefeituras da cidade e nas sete autarquias públicas, incluindo a São Paulo Transporte (SPTrans), a Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo (Prodam) e a São Paulo Turismo (SPTuris).

"Eles vão acompanhar suspeitos e até fazer prisões em flagrante", planeja Porto. "Muitas vezes, a dinâmica das investigações é mais rápida do que a ação com as entidades parceiras", disse o controlador.

Tolerância zero

A proposta é criar uma cultura de "tolerância zero" para a corrupção na cidade. "Coibindo o pequeno delito, aquela propina de menor valor, você impede também o grande esquema de corrupção", disse Porto.

Os primeiros dez agentes devem começar a trabalhar assim que a burocracia relacionada à transferência dos agentes seja resolvida. Eles serão cedidos do MPE para a Controladoria.

Grande parte do órgão é composta por servidores públicos de outros locais, como a Controladoria-Geral da União (CGU), especializados no cruzamento de dados de renda e de patrimônio dos servidores, principal ferramenta da Prefeitura para identificar servidores corruptos.

A cidade de São Paulo foi a primeira, e ainda é uma das únicas, a regulamentar a Lei Anticorrupção, que estabelece multas pesadas para empresas envolvidas nesse crime - com base no faturamento - e prevê até a dissolução de sociedades empresariais.

Segundo interlocutores, o prefeito Fernando Haddad (PT) quer ter casos concretos da aplicação da lei antes do fim de sua gestão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

São Paulo – Todos os anos, a organização não governamental ( ONG ) Transparency International realiza um abrangente estudo sobre a corrupção mundo afora. Divulgada nesta manhã, a edição 2014 do Corruption Perpception Inde x (Índice de Percepção da Corrupção) avaliou 174 países. A partir da opinião de diversos especialistas no tema, são conferidas aos países notas que variam de 0 a 100. Quanto mais próxima de zero for a pontuação, mais corrupto é o setor público daquele lugar. Nesta galeria, foram considerados apenas os países mais problemáticos, de acordo com a sua classificação geral no índice, e os destaques são a Somália e a Coreia do Norte . Ambos registraram a nota 8, considerada muito ruim. Juntos, os países ocupam a última posição no ranking, a 174ª. Para a entidade, os resultados mostram que a corrupção é uma realidade global e nenhum país conseguiu atingir a nota máxima. A Dinamarca, por exemplo, que ocupa a 1ª posição da classificação geral, obteve 92 pontos. Já o Brasil ficou em 69º, com nota 43.  Veja nas imagens quais são os países mais corruptos do planeta, segundo a Transparency International.
  • 2. Somália

    2 /40(John Moore/Getty Images)

  • Veja também

    Classificação geral: 174
    Pontuação (2014): 8
    Pontuação (2013): 8
  • 3. Coreia do Norte

    3 /40(AFP)

  • Classificação geral: 174
    Pontuação (2014): 8
    Pontuação (2013): 8
  • 4. Sudão

    4 /40(Getty Images)

    Classificação geral: 173
    Pontuação (2014): 11
    Pontuação (2013): 11
  • 5. Afeganistão

    5 /40(Omar Sobhani/Arquivo/Reuters)

    Classificação geral: 172
    Pontuação (2014): 12
    Pontuação (2013): 8
  • 6. Sudão do Sul

    6 /40(REUTERS/Andreea Campeanu)

    Classificação geral: 171
    Pontuação (2014): 15
    Pontuação (2013): 14
  • 7. Iraque

    7 /40(Getty Images)

    Classificação geral: 170
    Pontuação (2014): 16
    Pontuação (2013): 16
  • 8. Turcomenistão

    8 /40(STR/AFP/Getty Images)

    Classificação geral: 169
    Pontuação (2014): 17
    Pontuação (2013): 17
  • 9. Uzbequistão

    9 /40(DENIS SINYAKOV/AFP/Getty Images)

    Classificação geral: 166
    Pontuação (2014): 18
    Pontuação (2013): 17
  • 10. Líbia

    10 /40(Mahmud Turkia/AFP)

    Classificação geral: 166
    Pontuação (2014): 18
    Pontuação (2013): 15
  • 11. Eritreia

    11 /40(Wikimedia Commons)

    Classificação geral: 166
    Pontuação (2014): 18
    Pontuação (2013): 20
  • 12. Iêmen

    12 /40(Mohammed Huwais/AFP)

    Classificação geral: 161
    Pontuação (2014): 19
    Pontuação (2013): 18
  • 13. Venezuela

    13 /40(Getty Images)

    Classificação geral: 161
    Pontuação (2014): 19
    Pontuação (2013): 20
  • 14. Haiti

    14 /40(Héctor Retamal/AFP)

    Classificação geral: 161
    Pontuação (2014): 19
    Pontuação (2013): 19
  • 15. Guiné-Bissau

    15 /40(STR/AFP/Getty Images)

    Classificação geral: 161
    Pontuação (2014): 19
    Pontuação (2013): 19
  • 16. Angola

    16 /40(Simon Dawson/Bloomberg)

    Classificação geral: 161
    Pontuação (2014): 19
    Pontuação (2013): 23
  • 17. Síria

    17 /40(Reuters)

    Classificação geral: 159
    Pontuação (2014): 20
    Pontuação (2013): 17
  • 18. Burundi

    18 /40(Wikimedia Commons/Andreas31)

    Classificação geral: 159
    Pontuação (2014): 20
    Pontuação (2013): 21
  • 19. Mianmar

    19 /40(Soe Than WIN/AFP/Getty Images)

    Classificação geral: 156
    Pontuação (2014): 21
    Pontuação (2013): 21
  • 20. Zimbábue

    20 /40(Kate Holt/Bloomberg News/Bloomberg)

    Classificação geral: 156
    Pontuação (2014): 21
    Pontuação (2013): 21
  • 21. Camboja

    21 /40(Getty Images)

    Classificação: 156
    Pontuação (2014): 21
    Pontuação (2013): 20
  • 22. República Democrática do Congo

    22 /40(©afp.com / Phil Moore)

    Classificação geral: 154
    Pontuação (2014): 22
    Pontuação (2013): 22
  • 23. Chade

    23 /40(Getty Images)

    Classificação geral: 154
    Pontuação (2014): 22
    Pontuação (2013): 19
  • 24. Congo

    24 /40(Kenny Katombe/Reuters)

    Classificação geral: 152
    Pontuação (2014): 23
    Pontuação (2013): 22
  • 25. Paraguai

    25 /40(Motorway065/Wikimedia Commons)

    Classificação geral: 150
    Pontuação (2014): 24
    Pontuação (2013): 24
  • 26. República Centro Africana

    26 /40(Daniel Flynn/Reuters)

    Classificação geral: 150
    Pontuação (2014): 24
    Pontuação (2013): 25
  • 27. Papua Nova Guiné

    27 /40(Chris Hyde/Getty Images)

    Classificação geral: 145
    Pontuação (2014): 25
    Pontuação (2013): 25
  • 28. Quênia

    28 /40(Getty Images)

    Classificação geral: 145
    Pontuação (2014): 25
    Pontuação (2013): 27
  • 29. Guiné

    29 /40(AFP)

    Classificação geral: 145
    Pontuação (2014): 25
    Pontuação (2013): 24
  • 30. Bangladesh

    30 /40(REUTERS/Andrew Biraj)

    Classificação geral: 145
    Pontuação (2014): 25
    Pontuação (2013): 27
  • 31. Laos

    31 /40(Andy Wright/ WikimediaCommons)

    Classificação geral: 145
    Pontuação (2014): 25
    Pontuação (2013): 26
  • 32. União das Comores

    32 /40(Sascha Grabow / Wikipedia)

    Classificação geral: 142
    Pontuação (2014): 26
    Pontuação (2013): 28
  • 33. Uganda

    33 /40(Getty Images)

    Classificação geral: 142
    Pontuação (2014): 26
    Pontuação (2013): 26
  • 34. Nigéria

    34 /40(Afolabi Sotunde/Reuters)

    Classificação geral: 136
    Pontuação (2014): 27
    Pontuação (2013): 25
  • 35. Líbano

    35 /40(Getty Images)

    Classificação geral: 136
    Pontuação (2014): 27
    Pontuação (2013): 28
  • 36. Quirguistão

    36 /40(Wikimedia Commons / alexeya)

    Classificação geral: 136
    Pontuação (2014): 27
    Pontuação (2013): 24
  • 37. Rússia

    37 /40(Getty Images/Andreas Rentz)

    Classificação geral: 136
    Pontuação (2014): 27
    Pontuação (2013): 28
  • 38. Irã

    38 /40(AFP)

    Classificação geral: 136
    Pontuação (2014): 27
    Pontuação (2013): 25
  • 39. Camarões

    39 /40(foto/Wikimedia Commons)

    Classificação: 136
    Pontuação (2014): 27
    Pontuação (2013): 25
  • 40. Agora veja os países mais impactados por atos terroristas

    40 /40(Getty Images)

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