MP denuncia 18 dos 159 presos suspeitos de integrar milícia no Rio
A Promotoria afirma que os 18 denunciados integram a principal milícia do Rio que atua nos bairros de Santa Cruz e Paciência desde 2015
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de maio de 2018 às 13h49.
Rio - Dezoito pessoas foram denunciadas nesta segunda-feira, 21, pelo Ministério Público do Estado do Rio sob acusação de integrar a principal milícia do Rio de Janeiro . Eles estão entre os 159 presos em 7 de abril, durante uma festa promovida em um sítio em Santa Cruz (zona oeste). Atualmente restam 11 pessoas presas.
A 20ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos alega que, desde 2015, esses 18 denunciados integram a milícia que atua nos bairros de Santa Cruz e Paciência (também na zona oeste), com ramificações em outras regiões e municípios do Estado, para a prática de crimes como homicídios e extorsões contra moradores, comerciantes e motoristas de van, além de posse e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito.
Eles foram denunciados por integrar organização criminosa e portar ou deter arma ou munição de uso proibido ou restrito. Se condenados, podem ser punidos com até quatro anos de prisão.
Segundo a denúncia, protocolada na 2ª Vara Criminal Regional de Santa Cruz, o grupo agia sob o comando de Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko e já denunciado por organização criminosa, e Danilo, cuja identificação ainda não foi confirmada. Ambos estão foragidos. Grupos de milicianos atuam na zona oeste do Rio pelo menos desde 2006, afirma o Ministério Público.
O caso
Os 159 homens foram presos num sítio durante uma festa que, segundo a polícia, era realizada em homenagem a Ecko. Ele estava na festa, mas conseguiu fugir.
Durante a operação, quatro homens armados com fuzis foram mortos após troca de tiros com a polícia. Foram apreendidos 11 veículos, 24 armas de fogo (fuzis, pistolas e revólveres), granada, 76 carregadores, 1.265 munições de calibres variados, coletes balísticos, fardamentos e toucas ninjas.