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MP apura desvio de cocaína do Departamento de Narcóticos de SP

O desvio, que pode ter chegado a uma tonelada da droga, estaria sendo feito por um agente que também repassava informações a traficantes da Cracolândia

Drogas: em 2016, uma operação do Denarc resultou na prisão de 32 pessoas (Janine Costa/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de julho de 2017 às 09h08.

Última atualização em 3 de julho de 2017 às 09h09.

O Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo está investigando um esquema em que cocaína apreendida pelo Departamento Estadual de Prevenção e Combate ao Narcotráfico (Denarc), da Polícia Civil , estava sendo desviada de dentro do seu cofre, na sede localizada no Bom Retiro, região central. As informações são do Fantástico, da TV Globo.

O responsável pela troca, que pode ter atingido até uma tonelada da droga, seria o agente Bruno Luiz Soares Figueiredo, que foi preso e flagrado ainda repassando informações de operações do departamento a traficantes na Cracolândia, no centro.

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Em 5 de agosto de 2016, uma operação do Denarc resultou na prisão de 32 pessoas. Para o MPE, a ação poderia ter sido melhor desempenhada não fosse o vazamento. Ao Fantástico, a defesa de Figueiredo negou o crime.

Um outro policial, cuja identificação não foi revelada, atuava para auxiliar no suposto esquema. O Ministério Público realizou operação na semana passada - que incluiu a inspeção no cofre do Denarc.

Interceptações telefônicas mostraram que Figueiredo usava produtos de limpeza de piscinas para substituir a cocaína apreendida e encomendava lacres falsos para substituir os verdadeiros, que deveriam ser mantidos até a ordem de destruição do material.

Posicionamento

O Estado não conseguiu contato com o MPE ontem à noite. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) disse não tolerar "desvios de conduta e todo agente que comprovadamente se envolve com ilícitos é exemplarmente punido".

De acordo com a secretaria, o Denarc tem adotado "medidas visando a dar transparência em suas atividades, como a instalação de 10 câmeras de monitoramento".

A pasta disse ainda que a "pretensa substituição" não foi comprovada depois de análise das câmeras de monitoramento instaladas no cofre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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