Mortes por coronavírus aumentam seis vezes em 20 dias em São Paulo
Entre as pessoas que morreram com covid-19, 78,2% tinham 60 anos ou mais e 614 eram homens
Agência Brasil
Publicado em 20 de abril de 2020 às 19h47.
Em 20 dias, o número de mortes por covid-19 em São Paulo cresceu mais de seis vezes. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo, no dia 1º de abril o estado tinha 164 mortes provocadas pela doença causada pelo novo coronavírus. Hoje (20), o estado soma 1.037 óbitos.
Entre as pessoas que morreram, 78,2% tinham 60 anos ou mais e 614 eram homens. A mortalidade tem sido maior entre quem tem de 70 a 79 anos (272mortes), seguida pelas faixas de 60 a 69 anos (231) e de 80 a 89 (221). Também faleceram 87 pessoas que tinham mais de 90 anos.
Fora desse grupo de idosos, há também alta mortalidade entre pessoas de 50 a 59 anos (120 casos). Também foram registrados óbitos de pessoas mais novas, de 40 a 49 (60 mortes), de 30 a 39 (35), de jovens de 20 a 29 (8) e inclusive de adolescentes 10 a 19 (3).
Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (61,8% dos óbitos), diabetes mellitus (42,9%), pneumopatia (14,5%), doença neurológica (11,9%) e doença renal (10,7%). Outros fatores identificados são imunodepressão, obesidade, asma e doenças hematológica e doença hepática.
Segundo a secretaria, esses fatores de risco foram identificados em 876 pessoas que faleceram por covid-19 (84,4% do total), sendo que 712 delas eram idosas. Houve também 161 vítimas nas quais não foram identificados fatores de risco. Entre elas, 99 tinham mais de 60 anos; 45 estavam na faixa de 40 a 59 anos e 17 tinham entre 20 e 39 anos.
Infectados
O número de infectados aumentou cerca de cinco vezes, passando de 2.981 no dia 1º de abril para 14.580 hoje. Também cresceu o número de municípios que registraram mortes por covid-19: eram apenas 16 em todo o estado de São Paulo no início de abril, passando para 95 cidades nesta segunda-feira.
Internações
Segundo a secretaria, há 6.032 pacientes internados nos hospitais do estado, entre casos suspeitos e confirmados da doença, seja em unidades de terapia intensiva (UTI) seja em enfermarias.