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Morre morador de rua que teve corpo queimado em SP

Vítima foi socorrida na madrugada de domingo, mas não resistiu aos ferimentos; polícia investiga tentativa de homicídio

Morador de rua: Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos, dormia em uma via no bairro da Moóca, na Zona Leste (Paul Bradbury/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 6 de janeiro de 2020 às 13h05.

Última atualização em 6 de janeiro de 2020 às 13h16.

São Paulo — O morador em situação de rua que teve o corpo queimado na madrugada de domingo em São Paulo morreu na manhã desta segunda-feira.

Carlos Roberto Vieira da Silva, de 39 anos, dormia em uma via no bairro da Moóca, na Zona Leste. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros com queimaduras de segundo e terceiro graus nas pernas, costas, tórax e rosto. A polícia investiga o caso como tentativa de homicídio.

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"A vítima foi socorrida, mas faleceu na manhã desta segunda-feira", confirmou, em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Policias buscam informações sobre um homem, ainda não identificado, que apareceria em imagens de câmera de segurança perto da vítima, pouco antes de acontecer uma explosão.

Um inquérito foi aberto para investigar o caso. Equipes ainda buscam testemunhas e novas imagens que ajudem a esclarecer o caso. No domingo, autoridades informaram que "um recipiente encontrado no local foi apreendido e encaminhado para perícia". Segundo os bombeiros, ele poderia conter combustível.

A Moóca possui um Centro Temporário de Acolhimento (CTA), que abriga e oferece comida e banho a pessoas em situação de rua. Em outubro do ano passado, moradores fizeram um abaixo-assinado pedindo a retirada do CTA do local. Segundo afirmaram na época, desde a instalação do albergue no bairro, há dois anos, houve um aumento em casos de roubos e furtos na região. A informação não é confirmada pela Polícia Civil.

Há pouco mais de um mês, outro caso envolvendo pessoas em situação de rua chamou a atenção em São Paulo. Na ocasião, um laudo do Instituto de Criminalística de São Paulo mostrou que a garrafa de bebida consumida por moradores em Barueri continha altas doses de cocaína. Quatro pessoas morreram e outras quatro foram hospitalizadas depois de ingerirem o líquido, numa praça da cidade da Grande São Paulo.

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