Moraes aprovado; Ternium e CSA…
Moraes aprovado Em sessão que durou mais de onze horas, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou por 19 votos a 7 a indicação do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada por Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no início deste ano. Agora, […]
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 06h28.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h39.
Moraes aprovado
Em sessão que durou mais de onze horas, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou por 19 votos a 7 a indicação do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) deixada por Teori Zavascki, morto em um acidente aéreo no início deste ano. Agora, o seu nome deve ser aprovado no plenário por pelo menos 41 dos 81 senadores, o que está previsto para acontecer em sessão convocada para as 11 horas desta quarta-feira. Moraes declarou que atuará com “absoluta imparcialidade” nos processos relativos à operação Lava-Jato, da qual, se aprovado, será o revisor no STF.
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Ternium compra CSA
O grupo ítalo-argentino Ternium fechou ontem acordo para a compra de 100% da encrencada Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), do grupo alemão Thyssenkrupp, por 1,5 bilhão de euros, entre eles 300 milhões de euros em dívidas com o BNDES. A Ternium é sócia da siderúrgica Usiminas no Brasil, e agora passará a ter um robusta operação de placas de aço no Brasil, na Argentina e no México. O acordo depende da aprovação de órgãos reguladores na Alemanha, no Brasil e nos Estados Unidos. A construção da CSA, que exigiu investimentos de 8 bilhões de dólares da Thyssen e de sua então sócia, a mineradora Vale, foi uma das mais conturbadas do país, com atrasos e estouros de custos. A Vale deixou o negócio ano passado.
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Trump endurece
O governo dos Estados Unidos pôs em prática ontem a nova política de imigração, anunciada em janeiro por Donald Trump. A partir de agora, fica autorizada a expulsão imediata de quem não comprovar que vive no país por pelo menos dois anos, sem ter de passar por todo o processo legal – antes, a prática se limitava a quem estava perto da fronteira, e havia chegado há menos de duas semanas. Condenados por qualquer ato criminoso também serão incluídos na “remoção expressa”.
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Segundo turno no Equador
O Conselho Nacional Eleitoral do Equador informou, na tarde de ontem, que, com 97% das urnas apuradas, o segundo turno é “irreversível”. O candidato governista, Lenín Moreno, tem 39,32% do vostos, ante 28,24% do opositor Guillermo Lasso – se Moreno chegasse a 40% dos votos e abrisse uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado, a parada estaria liquidada no primeiro turno.
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O imparável Lemann
Apenas dois dias depois de a Kraft Heinz ter retirado sua oferta de 143 bilhões de dólares pela Unilever, seus controladores brasileiros, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, fecharam uma aquisição bilionária. A Restaurante Brands International (RBI), rede de fast-food controlada pelo 3G e pelo fundo Berkshire Hathaway, do megainvestidor Warren Buffett, comprou nesta terça-feira a rede Popeyes Louisiana Kitchen, especializada em frango frito. A companhia é pouco conhecida no Brasil, mas tem mais de 2.600 restaurantes em 25 países e custou 1,8 bilhão de dólares. Faz parte agora de um conglomerado que inclui a rede Burger King, comprada em 2010, e a rede Tim Hortons, adquirida em 2014. O grupo passa a ter 20.000 restaurantes em 100 países.
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Ajuda com contrapartidas
O presidente da República, Michel Temer, disse nesta terça-feira que a ajuda do governo federal aos estados em crise para a renegociação da dívida vai depender das contrapartidas. Pela proposta que será enviada ao Congresso, estados que firmarem acordo de reestruturação fiscal com o Ministério da Fazenda serão beneficiados com a suspensão durante 36 meses do pagamento das dívidas com a União. Como exemplo de contrapartidas, Temer citou as propostas que o governo do Rio de Janeiro está tentando aprovar na Assembleia Legislativa do estado. Uma das medidas mais polêmicas é a privatização da companhia de água e esgoto, a Cedae, uma exigência do governo federal.
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Macron visita May
O candidato centrista à Presidência da França, Emmanuel Macron, visitou a premiê britânica, Theresa May, e afirmou que vai lutar abertamente contra a extrema direita europeia. “No atual cenário, se você é tímido, está morto”, disse. Em casa, Macron terá de vencer a candidata ultranacionalista Marine Le Pen, da Frente Nacional — uma pesquisa divulgada nesta semana mostra Macron à frente de Le Pen num possível segundo turno, com 58% a 42%. Le Pen, por sua vez, foi ao Líbano nesta terça-feira, onde se encontrou com o presidente e com o premiê do país. Na visita, a candidata causou polêmica ao se recusar a usar um véu para conversar com um clérigo muçulmano. “Não vou me cobrir”, disse.