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Ministro garante que não faltará vacina contra febre amarela

O ministro também defendeu a eficácia das doses fracionadas da vacina que passarão a serem utilizadas para imunização

Vacinas: "Nós temos um estoque estratégico e não vai faltar vacina" (foto/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de janeiro de 2018 às 21h54.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, garantiu que não haverá falta de vacina contra a febre amarela no País, durante visita a um hospital público de Itapetininga, no interior de São Paulo, nesta quinta-feira, 11. Durante o dia, foram registradas filas para vacinação em várias cidades do interior e algumas unidades ficaram sem doses.

Barros também defendeu a eficácia das doses fracionadas da vacina que passarão a serem utilizadas para imunização.

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"Nós temos um estoque estratégico e não vai faltar vacina, mas fazemos o fracionamento em função da circulação do vírus em áreas de grande densidade demográfica. Temos que ter reserva no caso de haver mais alguma emergência", disse.

Segundo ele, a prioridade é vacinar de forma mais ampla as áreas que foram consideradas como prioritárias, entre elas, algumas regiões de São Paulo. Na terça-feira, 9, o ministério anunciou que os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia vão adotar a dose fracionada. A técnica já foi utilizada na África pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

"Há oito anos nossos pesquisadores acompanham os resultados em pessoas que receberam a dose fracionada, e a imunização é a mesma das que receberam a dose padrão", disse.

O ministro lembrou que será mantida a vacinação com a dose completa para crianças de nove meses a dois anos, pessoas em condições clínicas especiais, gestantes em zonas de risco com autorização médica e viajantes internacionais, com apresentação do comprovante da viagem. No Estado, a vacinação será realizada em 52 municípios. A meta é imunizar 6,3 milhões de pessoas no período de 3 a 24 de fevereiro.

Tumulto

Em Sorocaba, a procura por vacinas causou um princípio de tumulto, de manhã, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Simus. A unidade recebeu apenas 90 doses e anunciou a distribuição de senhas somente para quem fosse viajar para regiões de risco. Desde as 3h30, no entanto, já havia pessoas à espera das senhas, que seriam distribuídas apenas às 13 horas, quando se iniciou a vacinação. Quando as senhas acabaram, centenas de pessoas que estavam no local começaram a protestar, mas não houve incidentes.

De acordo com a prefeitura, as quotas de vacina são estabelecidas pela Vigilância Epidemiológica Regional, mas a vacinação vai prosseguir.

Em Taubaté, no Vale do Paraíba, as doses de vacina se esgotaram na tarde de quarta-feira, quando ainda havia muita procura. Durante o dia, tinham sido vacinadas 350 pessoas. A vacinação foi interrompida e só foi retomada nesta quinta, depois da chegada de um reforço de 500 doses.

Em São José dos Campos, na mesma região, houve filas em todos os postos e várias unidades pediram reforço na quantidade de vacinas.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que tem vacinas em estoque para fazer frente ao aumento na demanda, causada pelas mortes de duas pessoas com a doença em Atibaia, cidade da região. São José não registrou casos da doença.

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