Ministro descarta estender prazo para atualização de cadastros e 214 mil devem perder Auxílio Brasil
O grupo que precisa atualizar os dados até hoje é formado por beneficiários que já estavam inscritos no Bolsa Família, antigo nome do Auxílio Brasil, em 2016 e 2017
Agência O Globo
Publicado em 11 de novembro de 2022 às 16h41.
O ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, rechaça a possibilidade de ampliar o prazo para que beneficiários do Auxílio Brasil atualizem seus dados do Cadastro Único, condição para que continuem aptos a permanecer no programa. Ao todo, 600 mil brasileiros têm até hoje para prestar as informações exigidas pelo governo e, até agora, 214 mil não o fizeram.
Caso não regularizem suas situações, essas pessoas terão seus benefícios suspensos no primeiro momento e cancelados definitivamente posteriormente. O grupo que precisa atualizar os dados até hoje é formado por beneficiários que já estavam inscritos no Bolsa Família, antigo nome do Auxílio Brasil, em 2016 e 2017.
O ministro argumenta que esse universo de pessoas já teve duas oportunidades para comparecer aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), nos municípios, onde devem informar os dados exigidos. Esses 214 mil brasileiros correm o risco de perder a renda imediatamente.
"O prazo termina nesta sexta-feira e não será renovado", reitera Bento.
Segundo o ministro, os beneficiários não compareceram por diversos motivos. Entre eles, a perda das condições de exigibilidade ao benefício, como critérios de renda e número de filhos em idade escolar ou falecimento do titular do auxílio.
Ao ser indagado sobre as filas nos CRAS, ele afirmou que as pessoas não precisam correr para os postos. Basta acessar o aplicativo e consultar a situação, se é necessário ou não comparecer para atualizar os dados.
O programa de transferência de renda do governo foi usado por Jair Bolsonaro como plataforma na campanha eleitoral. De olho a reeleição, ele elevou o valor mínimo do auxílio de R$ 400 para R$ 600.
O prazo para atualização dos dados dos beneficiários foi renovado duas vezes. A última foi de 30 dias, para 11 de novembro, pouco antes do segundo turno das eleições presidenciais.
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